Abrantes, Santarém, 20 ago (Lusa) - A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) disse hoje que os trabalhos de construção do novo centro de saúde de Abrantes, durante os quais morreram dois trabalhadores na segunda-feira, estão suspensos por tempo indeterminado no local do acidente.
Contactada pela Lusa, fonte do organismo explicou que os trabalhos nesta zona "vão continuar suspensos até a empresa cumprir com um conjunto de medidas determinadas pela ACT" (embora a construção se mantenha noutras partes da obra) e acrescentou que "o inquérito está a decorrer em segredo de justiça".
Ao final da tarde de segunda-feira, a queda de uma placa de betão de revestimento da fachada do edifício do novo centro de saúde de Abrantes, com um peso de cerca de duas toneladas, provocou a morte por esmagamento a dois trabalhadores, de 35 e 49 anos.''
Ou seja traduzindo:
a ACT descobre que a empresa não estava a cumprir as as medidas de segurança necessárias, porque manda implementar outras medidas e pára a obra até que a empresa as cumpra
a ACT já deve ter desencadeado um processo-crime (processo de inquérito) porque fala em segredo de justiça, que só se justifica em caso de processo-crime
o comunicado da CMA que falava em cumprimento total das medidas de segurança, parece ser assim desmentido pela ACT
mn
A CIP SA, adjudicatária das obras assassinas da USF dos Claras tinha introduzido um subempreiteiro, a KO-MAT,LDA sem cumprir as exigências legais estabelecidas no artigo 385° do CCP (Código dos Contratos Públicos) e sem que estivesse fundamentada a necessidade da subempreitada.
Quando a adjudicatária enviou a cópia do contrato para a CMA a 17 de Julho, não houve autorização, que só foi dada a 27 de Julho.
A CIP SA voltou a fazer coisa semelhante com outro subempreiteiro a Orona Portugal, Lda.
O Contrato só deu entrada a 20 de Julho, a autorização só foi dada a 27.Também tinha irregularidades.
A CIP SA usou pelo menos subempreiteiros para trabalhos no valor de
711.207,42€, que representavam mais de 65% da empreitada total.
A CIP SA também foi a adjudicatária das obras do sinistro bunker da Praça da Feira
Foto ânimo
Nas resoluções da CMA declara-se que para sanar as deficiências na contratação se devia comunicar as suas decisões ao Coordenador de Segurança em Obra, nos termos do Decreto-Lei n° 273/2003, de 29 de Outubro.
Este avisa no seu preâmbulo:
Foto do Correio da Manhã/Rui Miguel Pedrosa
A pergunta a fazer é, se havia irregularidades nos subempreiteiros, porque é que a CMA não parou as obras, até que as ditas estivessem sanadas??????
E ainda, houve trabalhadores dos subempreiteiros a trabalhar, sem que as subempreitadas estivessem autorizadas pela CMA?
ma
''O Sindicato dos Trabalhadores da Cerâmica e Construção do Sul (STCCS) quer ver apuradas as causas pela morte de dois operários na obra da nova unidade de saúde familiar em Abrantes -
RTP
Ouça aqui
Pedro Jorge denuncia que a generalidade dos patrões negligencia medidas de segurança
''Pouca vezes há punição para o crime de negligência''
mn
No 1º semestre de 2015 morreram 15 trabalhadores da construção civil em Portugal. A tendência é que esses números iam em crescendo, e que no final do ano Portugal bateria recordes de sinistralidade neste ramo.
Abrantes acaba de dar a sua contribuição com mais 2 mortos, tendo já no 1º semestre assistido a outra morte no Baralho.
''Albano Ribeiro culpa o Governo, o ministro da Segurança Social e a Autoridade para as Condições do Trabalho da escassez de apoio na promoção de segurança e saúde nos locais de trabalho. “Este Governo, e concretamente o doutor Mota Soares, é responsável. Por exemplo, em 2013 tivemos 33 acidentes de trabalho, em 2014, 41, se calhar, se não forem tomadas medidas, podemos chegar aos 50 trabalhadores”, preveniu o sindicalista, salientando que o sindicato “tudo fará para que não morram mais trabalhadores”.''. O Albano é dirigente do Sindicato e deviam-no convidar a vir a Abrantes, onde acabam de morrer 2 trabalhadores numa obra adjudicada à CIP.SA.
O contrato de empreitada está aqui.
A USF que a CMA adjudicou é uma obra desnecessária, despesista e absurda, porque o Centro de Saúde tinha instalações satisfatórias no Hospital e não era competência da CMA fazer essas obras, como bem salientou Avelino Manana.
Suponho que a CMA fiscalizaria as obras, digo isto, porque delegou na Junta do Rossio construir aí outra USF e é óbvio que a dita Junta não dispõe de meios humanos e técnicos para a fiscalizar.
Para director da USF dos Claras foi já indicado o simpatizante socialista e médico reformado José Falcão Tavares, sem que aparentemente tivesse havido concurso público, segundo se apura destas declarações da cacique.
Neste vídeo da Hertz podem ver alguma coisa da obra
Alguém explica como é uma obra que está quase a terminar, produz uma catástrofe destas?
Onde andava a fiscalização?
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