Aqueles que quiseram transformar a excelentíssima milionária abrantina, D.Clemência Dupin de Seabra
numa anarco-republicana, defensora da emancipação feminina vão ter mais uma sonora desilusão, mas a verdade histórica é para ser respeitada.
Corria 1922 e o Exército de Espanha batia-se para impor a Civilização Ocidental no Rif, onde as tribos berberes e mouras não aceitavam a tutela de Castela.
No ano anterior, o caudilho Abdel-el-Krim, que rejeitava em simultâneo a autoridade do Sultão e das potências protectoras, a França e a Espanha, esmagou perto de Melilla, o exército colonial, no ''desastre de El Annual''. Caíram vários milhares de soldados espanhóis e o comandante da força, General Silvestre.
Boa parte dos mortos foram capados e muitos prisioneiros foram torturados.
O Governo de Afonso XIII planeou uma operação de castigo, com a colaboração dos franceses, capitaneados por Petain e resolveram usar a aviação para gasear civilizadamente os revoltosos.
A boa sociedade espanhola e os lusos que tinham amizades, interesses ou negócios relacionados com Espanha , caso da abrantina D.Clemência, com fortes investimentos em Badajoz, resolveram financiar a vingança.
O Heraldo dá notícia da contribuição dos sócios do aristocrático RACE-Real Automóvel Club de Espanha para financiar a vingança colonialista.
Ao lado da fina-flor dos Grandes de Espanha, com o Duque de Alba, como primeiro doador, e de alguns portugueses, como o Duque de Palmela, encontramos a milionária abrantina dando 100 pesetas para meter os ''mouros'' na ordem colonial.
Um pouco antes da D.Clemência, está outro doador luso, o Conde da Lousã, um Lencastre, compadre do Marquês de Viana, um aristocrata cordobês, alto cargo palatino e companheiro de idas às meninas do Rei em Deauville e Biarritz.
A filha do Lousã, seria 3º Marquesa de Viana.
Dando-se com gente desta, querem fazer-nos acreditar que a milionária abrantina, com raízes francesas e tramagalenses era uma anarco-republicana?
Ainda espero encontrar uma foto dela ao lado de Afonso XIII, o homem que criminosamente mandou executar um anarquista chamado Ferrer.
Em 1925 o Marechal Petain e o General Primo de Rivera esmagaram a revolta berbere de Abdel-el-Krim, num banho de sangue.
O caudilho do Rif morreu no Cairo, nos anos 60, sob protecção de Nasser
vai isto dedicado à Fátima Al-Glauí, sobrinha-neta do Paxá de Marraquexe e professora de Física Nuclear na Universidade de Rabat, distinta fundamentalista e minha amiga.
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foto da D.Clemência na Càmara Corporativa, ANTT com a devida vénia
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