Por Paulo Falcão Tavares*
Esquecemo-nos de avisar apesar de constar do seu C.V. que o dr. Raul Castro, é do Sporting.
Coitado, este ano não tira a barriga de misérias
Só esperamos que não proponha a venda de Alvalade à República Popular de Angola
que podia ter o mau gosto de demolir Alvalade, sito em terrenos doados pelo primeiro Director e fundador do Jornal de Abrantes, para mandar construir um estádio ao
Carrilho da Graça
Ora, Alvalade é uma obra-prima do arquitecto Tomás Taveira
imagem forum scp
E deve ser declarado Monumento Nacional
E já agora porque é que Tomás Taveira não pode competir com Carrilho da Graça num Concurso Público para o MIIA?
Será por ser sportinguista?
Por Abrantes
Com a devida vénia inserimos um artigo do prestigiado arquitecto José Manuel Ferrandes:
SEMINÁRIO ENCOMENDA PÚBLICA E CONCURSOS DE ARQUITECTURA - REFLEXÃO SOBRE OS RESULTADOS JOSÉ MANUEL FERNANDES, IAC 18-08-2003 | |
Desde há quase um quarto de século que venho escrevendo e publicando textos sobre concursos públicos de arquitectura em Portugal - e também passei por jurís de concursos, concorri a alguns, também analisei exposições de trabalhos, participei em polémicas, critiquei e apreciei obras resultantes de concursos. Sem preocupação de sistematizar, aqui deixo alguma reflexão sobre as consequências da prática do concurso público ou para encomenda pública em Portugal. Sem extremar posições, diria à guisa de conclusão que nem o modelo concurso público e/ou para encomenda pública é um processo ideal de realizar arquitectura e de concretizar espaço urbano positivo - nem tãopouco é método antinatura, coisa a evitar, demónio de fugir. Apenas constituiu, e penso que constitui, desde pouco depois do 25 de Abril até hoje, mais um modo - num quadro democrático, plural e múltiplo da produção do espaço público - de o discutir, de o repensar, de polemizar e de consequentemente "construir saber", sobre a cidade, a arquitectura, a comunidade. Recordo, por exemplo, o valor polemizante e patrimonialista do modelo Concurso, afirmado na transição dos anos 1970-80 pelo concurso para o Mercado de Leiria, emérita obra local por Ernesto Korrodi, que alguns então queriam destruir. Contribuiu mesmo na altura para a reafirmação do sentido e objectivos da então Associação dos Arquitectos. Hoje, visitando o Mercado recuperado, vemos como foi positiva a luta de conceitos e de visões da cidade então encetada. Relembro também a importância de concursos como o de Ideias para a Zona Ribeirinha de Lisboa, nos meados da década de 1980 (promovido por Pedro Brandão com a AAP), no sentido de divulgar para o colectivo lisboeta as novas e vivificantes opções que, na relação com o rio Tejo, na "área de mais alma e significação" da capital portuguesa - e num tempo de claro obscurantismo municipal - poderiam surgir através da imaginação dos nossos colegas. Foi génese de debate, de programas de televisão, de posteriores projectos parciais (como o do Aterro da Boavista) - mas sobretudo ajudou a criar uma nova atitude cívica perante o território litoral da cidade, que veio a culminar noutra iniciativa notável (também objecto de um prévio concurso público de ideias) - a Expo 1998. Evoco finalmente a importância da fórmula Concurso, para a garantia de qualidade de acções com dimensão internacional, como a do concurso para o Centro Cultural de Belém, ou a do Pavilhão Português para a Expo de Sevilha, ambos na transição dos anos 1980-90. Ambos desencadearam polérnica, por diversas razões - mas o resultado de Belém acabou sendo essencial na qualificação de Lisboa, e o de Sevilha afirmou o sentido renovado e de dimensão experimentalista na nossa arquitectura contemporânea. Outros concursos terão tido resultados em obras públicas de valor e aceitação desigual, do bom ao aceitável, do medíocre ao negativo - ou mesmo, frustradamente, sem resultado em obra. A este propósito, lembro- me aqui de concursos como os da Torre do Tombo, do Martim Moniz em Lisboa, da nova sede da CGD, do Parque Urbano do Porto, da Palácio da Ajuda, da Assembleia da República - que, entre vários outros, povoaram as décadas de 80 a 90 com discussão pública e cívica, sempre útil e contributiva, sobre a cidade e a sua arquitectura. Devo confessar ter a sensação de que, nos últimos anos, se tem visto a "solução Concurso" arredada muitas vezes, preterida pelo convite a arquitectos famosos, a estrelas do "Grande Circo Internacional da Arquitectura". Se tal tem dado igualmente alguns resultados positivos (veja-se o Projecto da Reconstrução do Chiado, onde esta tendência de "Convite em vez de Concurso" parece ter-se iniciado em Portugal), por outro lado também "apagou" as possibilidades de discussão, como sucedeu no Caso Foster, ou no presente caso Ghery, ambos para o Parque Mayer. Efectivamente, sem projectos em disputa, perde-se um valor primacial para a discussão das ideias - que é o da possibilidade de comparar desenhos, desígnios, desejos, dos diferentes autores. E com os concursos apenas por convite, empobrece-se a potencialidade de revelar desconhecidos, de dar lugar aos não consagrados - base social e cultural de qualquer renovação de linguagens, de saberes, de práticas arquitecturais. Que o Concurso está, como modo de produção de arquitectura, de provocação de debate, e de renovação de linguagens, vivo e de boa saúde - sempre que o queiram utilizar - prova-o a obra da Casa da Música, da qual todos vamos gostando cada vez mais, e que gradualmente vai sendo filha querida da cidade. Lisboa, 12 de Julho de 2003 |
A reflexão do arquitecto e conhecido articulista é essencial e actual.
E deixa-nos clara a pergunta porque não um Concurso Público para o MIIA?
Porque há-de ser contra o espírito da Lei contratado por ajuste directo Carrilho da Graça?
E qual a opinião do núcleo local da Ordem dos Arquitectos sobre este assunto?
Finalmente anote-se que José Manuel Fernandes foi o Autor dum elogioso requien aquando da morte do arquitecto José Santa Rita Fernandes, autor duma das melhores monografias sobre urbanismo e arquitectura duma cidade portuguesa, Abrantes, exactamente. Ou seja esta:
Está na hora dos políticos locais a voltarem a ler e a pensarem.
Em 3 de Julho a D. Ana, nossa estimadíssima e admirada Musa (que recentemente mudou de visual) veio à Abrantes e escreveu isto:
''O museu é completamente contemporâneo e faz contraponto com o castelo do lado oposto. Inserido num antigo convento dominicano ele vai dialogar com os outros edifícios que fazem parte da linda cidade de Abrantes, dizendo «olhem eu estou aqui, sou do século XXI, tenho uma roupagem contemporânea, mas albergo um vasto espólio milenar».
A D. Ana tem um blogue que é um dos nossos preferidos e tem o nome romântico e intimista de Azul ao Longe .
A D.Ana fala dos netinhos, da missa, da cultura, porque é muito culta, das exposições dum tal Baptista Pereira e de coisas que nos encantam.
A escrita feminina tem o seu charme como se sabe pelo menos desde que Florbela Espanca (raio de nome para uma poetisa lírica !!!!) começou a uivar as suas angústias sentimentais.
Depois a D. Ana continua '' Esta colecção feita durante muitos anos por um amante da arte, nascido em Abrantes, faz parte de uma Fundação na qual a Câmara se integra e inclui ela própria objectos provenientes de artistas da própria cidade e da arqueologia local para que se compreenda a ocupação do território e a formação do concelho''.
Começamos a perceber que a D.Ana está muito confundida, como se sabe a Fundação Ernesto Lourenço Estrada é privada e a C.M.A não mete lá o nariz e o seu espólio só está cedido sob certas condições à C.M.A.
Depois a D. Ana diz que vai trabalhar aqui.
Perguntamos nós: quem a contratou?
Porque motivo?
Houve concurso público?
Não está a D.Ana perto do limite de idade?
Ou foi só porque o seu avô materno era de Abrantes, quem sabe se do Souto?
Terá sido recomendada pelo Chefe da Direita Rústica?
Depois a D.Ana comunga do entusiasmo do Baptista Pereira, do ex-Presidente e do especialista tribal e diz que a colecção é melhor que a do Museu Nacional de Arqueologia!!!!
A D. Ana que é moderada não diz que Lucília Moita é melhor que Cruzeiro Seixas e nós protestamos.
Há-que defender a pintora de Alcanena!!!!
Bolas, as mulheres são incapazes de se elogiarem umas às outras!
Antigo visual da D.Ana
Uns post depois a D.Ana diz que está a escrever um livro para criancinhas sobre o MIIA, não sabemos se do tipo ''Os Cinco no Minarete do Carrilho'' se uma coisa cheia de vampiros como agora está de moda.
Não seremos tão mal educados que perguntemos se em Abrantes não havia ninguém capaz de fazer o mesmo.
Também não sugerimos que as autoridades tivessem contactado a Isabel Alçada ou a D.Margarida Castel-Branco para escrever o romance.
Há que apoiar os inéditos e os desconhecidos!!!!
Isto é não cobrava nada à C.M.A.!!!!
Se Nelson Carvalho foi Comendador da Cultura Portuguesa, título outorgado por uma Fundação que ninguém ouviu falar, a D.Ana deve ser encavacada. Ou seja condecorada pelo Prof. Cavaco, Supremo Magistrado da Nação.
Também dará uma borla o Fernando Baptista Pereira?
Estamos esperançados que sim!!!!
Bem vamos ao importante. A D. Ana agora está mais jeitosa. Mais elegante e um gosto de ver. Fez uma dieta milagrosa dirigida pela Dr. Isabel da Carmo, aquela senhora bombista do PRP que agora é uma espécie de Dr.Talon das esquerdas.
A dieta resultou !!!!
Eis o novo visual da nossa querida D.Ana :
Vamos recomendar a D. Isabel do Carmo à Infanta Lurian
A Lurrian depois de ir à Dr. Isabel ficaria de certeza como a gata de branco....
(Não damos o nº de telefone).
Antes de terminar esta crónica social, lamentando não inserir uma foto de madame Lili Caneças, a companheira do Carrilho na cruzada Pro-Gay, vimos dar uma sugestão ao Pico.
Porque não encomenda uma biografia politicamente correcta do João Pimenta e mais uma monografia do Souto à D.Ana.?
Aproveite, que é à borla*......
Nota: O Pico deve verificar contudo se o Baptista da Dona Ana é parente do Batista do Sr.Traquina. Neste caso aceitamos que não faça a encomenda. Aqui pode haver motivo de objecção de consciência......
POR ABRANTES
O Dr. Carlos Batata, residente em Abrantes, merece que lhe tirem o chapéu.
E nós tiramos !!!!!
Feita a chapelada, passamos a divulgar a imagem dum arqueólogo imune a vedetismos, incapaz de se passear com filhas gordas de líderes bananeiros tropicais ou de caciques rupestres.....
A foto é do Mirante onde há uns anos inseriram um perfil do Dr.Batata (ler aqui)
Para além dum vasto conjunto de publicações científicas e muitas escavações no terreno, o Dr.Batata é arqueólogo profissional e com preparação académica coisa essencial para uma actividade cada vez mais necessitada de intervenções de carácter científico e multidisciplinar.
A arqueologia hoje não é para amadores, como dois dos senhores que assinaram a carta arqueológica de Abrantes, um dos quais nem sequer uma licenciatura tem....
Havendo profissionais como o Dr. Batata porque se contratam amadores?
Porque um está ligado ao partido no poder e porque o outro é funcionário público e assim se poupam umas massas?
A ligação dum deles à CMA é suficientemente ténue para que tenha sido cedido pela CMA para trabalhar numa fundação privada na mesma área de actividade e no mesmo concelho.....
E depois tenha reassumido o seu posto sem que ninguém tenha levantado problemas de
conflito de interesses.
Voltaremos a este assunto outro dia, porque hoje queremos elogiar a posição firme e corajosa do Dr. Batata frente a uma Câmara, neste caso a de Lagos que queria enterrar uns vestígios arqueológicos a toda a velocidade para apresentar obra pelos costumados motivos eleiçoeiros.
O Dr.Batata que através da sua empresa de prospecções arqueológicas era o responsável pelas escavações opôs-se frontalmente e comunicou as infracções a quem de direito. (Ver aqui)
O Correio da Manhã de 16 de Março de 2009 dá conta da história:
''Vestígios arqueológicos romanos encontrados junto às torres da Porta de São Gonçalo, na muralha de Lagos, estão a causar polémica entre a empresa que fez as escavações e a Câmara de Lagos. A Ozecarus foi dispensada pelo empreiteiro (ACA Construções) após a autarquia entender que os achados "não constituíam uma mais-valia".
"Acompanhámos a obra de recuperação da frente ribeirinha desde Março de 2008 e até Janeiro. Não vejo a razão para nos terem afastado a não ser por termos insistido, ao longo de meses, na necessidade de aprofundar as investigações depois de detectados vestígios romanos do séc. I d.C.", segundo Carlos Batata, da Ozecarus. "Por motivos eleitorais, há alguma pressão para acabar a obra", acusa ainda o arqueólogo, que acrescenta que a descoberta não foi comunicada à tutela.
O presidente da autarquia argumenta que "a Ozecarus estava a agir para além das obrigações contratuais, alargando a pesquisa a áreas fora da zona de empreitada". Júlio Barroso garante que "os vestígios nunca foram confirmados, até porque a empresa nunca foi conclusiva". Ainda assim, "por duas vezes a Câmara permitiu o alargamento da área de sondagens, o que atrasou os trabalhos".
Por outro lado, Júlio Barroso diz ter alertado a Direcção Regional de Cultura e esta entidade referiu estar "adequadamente informada acerca dos vestígios" e considera como "não pertinentes" os trabalhos complementares propostos. ''''
Querem que a gente acredite que o tal Barroso, um político do mais vulgar do mapa autárquico algarvio, sabe mais de arqueologia que o gerente da Ozecarus, O Dr.Batata ?
Querem que acreditemos que o Barroso é capaz de distinguir uma cerâmica islâmica dum prato comprado numa loja de chineses?
Acreditamos, sim senhor.
Mas acreditamos mais no Dr. Batata.
E agora vem a pergunta, havendo no concelho de Abrantes, uma empresa de arqueologia como a Ozecarus, credível e profissional, era preciso ir contratar um tal Oosterbeck, naturalmente sem concurso público e numa situação
Por favor escutem a Voz do Povo, que é a voz da sensatez!!!
Continuamos hoje a fazer o que prometemos. Dar a voz ao Povo. Os comentários inseridos são todos de Amigos de Abrantes e naturalmente não olhamos a ideologias políticas, interesses pessoais, classes sociais ou coisas no género. Como todos os que assinaram a petição apenas se trata de defender o INTERESSE PÜBLICO e a paisagem e os Monumentos de Abantes.
Vamos divulgar uma série de interessantes reflexões do Arq. Pedro Machado Costa em amável troca de ideias com o seu colega Pedro Jordão, no blogue sobre arquitectura http://quando-as-catedrais-eram-brancas.blogspot.com/
Juntamos pelo seu interese alguns dos comentários realizados por outros intervenientes no diálogo. O resto desta interessante conversa pode ser seguido aqui .
Pedro Jordão:
um pormenor que quase sempre falta quando se fala nos atropelamentos constantes dos concursos, muitas vezes com a cumplicidade da nossa Ordem: é que a indecência não está apenas nos projectos atribuídos sem concurso, mas na desproporção gritante entre concursos abertos a todos e concursos por convite (e esses não faltam, só não são publicitados)
(....)
Pedro Machado Costa:
(....)Depois porque poucos são os arquitectos verdadeiramente interessados em fazer concursos; sobretudo aqueles cujo garante de trabalho passa exactamente pela sua inexistência: Siza (exemplo recente: Biblioteca de Viana), Souto de Moura (exemplo recente: Museu em Quarteira), Carrilho da Graça (exemplo recente: Museu Ibérico de Arqueologia de Abrantes), só para citar alguns dos autores a quem são habitualmente adjudicados projectos públicos sem que o processo passe pelo crivo de qualquer tipo. Ainda assim não é sem curioso espanto que assisto ao rejubilo, por parte de jovens e menos jovens arquitectos, perante tais adjudicações directas aos seus (e alguns meus também, admito) mestres; sem que percebam que uma dos factos que explica não terem trabalho é exactamente a simples inexistência de justiça social.
(....)
Observatório de Arquitectura disse:subscrevo... e acrescento;
sobre ajustes directo sem concurso:
. aeroporto de alcochete - joão leal + hok international limited, arup, bmm arquitectos e aviation solutions
. cerca de 400 escolas - vários (gonçalo byrne, bak gordon, ideias do futuro, vitor mestre, serralvarez, bernardo & bernardo, implenitus, pitágoras, carlos santos, mário martins, proengel, arquivisão, ribeiro torres, sérgio sousa, etc etc etc)
. piscinas da amareleja - souto moura
. edifícios da sanidade da APDL - adalberto dias
. estação coimbra-b - joan busquets
. centro de artes e espectáculos - filipe oliveira dias
. biblioteca municipal de guimarães - arqt.of
. centro de emprego e formação profissional - miguel saraiva
. cine-teatro de chaves - andré campos/joana mendes
. biblioteca municipal de vila nova de famalicão - joão eduardo marta
ficam estes a título de exemplo... mas posso-vos adiantar que deste 16.10.2008 contabilizei cerca de 70 deste tipo de processos, + as 400 escolas... impressionante não é ?
e para além destes temos outros, aqueles que até cumprem o requisito de se encontrarem abaixo do 25000€ do ccp; mas que os reprovo e considero eticamente inadmissíveis porque 24000,00€, 24500,00€, 24900,00€, 24915,00€, 24950,00€, 24960,00€, 24986,50€, 24990,00€, 24995,00€, 24998,00€, 24999,00€, etc etc, representam na práctica o mesmo valor que 25000,00€... e o alcino soutinho, a cpu, a proap, o frederico valssassina, o souza oliveira, o gonçalo byrne, o miguel saraiva, o fernando monteiro, a bernardo&bernardo, etc etc etc estão conscirnte disso. em ajuste destes, provincianos e (muito pouco) ingénuos já lá vão cerca de 100 desde 16.09.2008.
e a ordem nada diz, ou comenta... verdadeiros diplomatas diria... será que é porque alguns destes personagens tb eles são membros eleitos do cdn, srs ou srn ? onde já anda o vício... vergonha, profunda vergonha sinto. (...)
E que dizemos nós?
A mesma coisa que o Observatório de Arquitectura:
CONCURSOS PÚBLICOS DE CONCEPÇÃO / ADJUDICAÇÕES DIRECTAS Os concursos públicos de concepção deveriam ser o único instrumento que o Estado, as Regiões Autónomas, as Autarquias Locais, os Institutos e Empresas Públicas, e demais instituições públicas e/ou com participação pública têm ao seu dispor para a contratação de serviços de arquitectura e especialidades com vista à elaboração de estudos e projectos de construção, reconstrução, remodelação e planeamento urbano. Não é concebível que ainda haja recurso a concursos públicos viciados e/ou com condicionantes de quase impossível cumprimento (só entre meados de Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, já tive oportunidade de alertar os serviços de concursos das Secções Regionais Sul e Norte para 11 destes procedimentos suspeitos). Não é concebível que colegas nossos actuando como júri, o façam com displicência e sem o zelo e respeito necessários à função e acto de ajuizar. Não é concebível que ainda haja recurso a adjudicações directas de duvidosa legalidade e/ou justificação. Não é concebível que se convidem arquitectos nacionais e estrangeiros, ditos de referência e renome nacional e internacional, para servir única e exclusivamente objectivos políticos e operações de marketing político apresentadas como comemorações da república, projectos de interesse nacional, autárquico, etc. Não é concebível que se entreguem projectos a arquitectos com base nos seus compadrios ou meras afinidades de gosto dos responsáveis decisores. Não é concebível que importantes obras do Estado e das Autarquias, como por exemplo a renovação e aumento do parque escolar, os equipamentos de saúde, os museus e equipamentos culturais, a recuperação do nosso mais precioso património edificado ou até mesmo o futuro aeroporto, sejam projectados sem uma consulta pública e apreciação por um júri qualificado. Não é concebível que colegas nossos aceitem estas adjudicações directas tendo consciência absoluta que não o deveriam fazer, pelo óbvio desequilíbrio que provocam na normal regulação e livre concorrência da classe, consagrados aliás no Regulamento de Deontologia. Não é concebível que a Ordem dos Arquitectos apoie alguns destes procedimentos sendo ingenuamente instrumentalizada pelo sistema político. Não é concebível que a Ordem dos Arquitectos não se pronuncie desfavoravelmente sobre este tipo de procedimentos; não se distancie clara, objectiva e publicamente destas manobras de bastidores e não actue disciplinarmente sobre quem prevarica.
Mais reflexões do Observatório podem ser lidas aqui
Finalmente esperamos que a nova Presidente tenha tudo isto em conta e abra um concurso público para a instalação do MIIA, que é certamente uma mais-valia para a cidade de Abrantes.
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