Em 1779, foi julgado e condenado, Frei Joaquim de Nossa Senhora, da Ordem dos Pregadores, Convento de S.Domingos da vila de Abrantes, alegadamente por ter seduzido e raptado Teresa Inácia e ter fugido com ela para o Reino de Castela.
Estamos certos que a culpa era da voluptuosa Inácia que não podia ver um frade, sem começar a tecer imagens lúbricas no seu cérebro pecaminoso.
ma
( outro dia: Diabo seduz freira da Esperança...
Como é que vivia um frade de S.Domingos de Abrantes por volta de 1750?
O melhor é dar a palavra a um frade de lá
Frei Francisco de Oliveira, que lá esteve largo tempo, homem erudito, dá-nos o seu testemunho, numa carta, de como era a vida nestes conventos:
''(...) Mas que há-de ser, estou em huma religiam que nam só me vestio e calso à minha custa, mas vou mudado para hum convento, entregam-me huma cela nua, que até para sentar-me he precizo comprar huma cadeira, não falando das mais meudezas à semelhança de hum estudante que quando vay para Universidade compra todo o necessário para huma caza. ''(...)
Só lhe davam comida.
A carta é publicada pela Doutora Marta Cristina Relvas Janeiro Páscoa, na tese que dedica ao estudioso frade dominico, '' A escrita da História Regional e Local no no século XVIII, Faculdade de Letras, Lisboa, 2012
Uma grande tese de que já se falou .....
mn
Processada pela TPS – Teixeira Pinto Soares, S.A., por se recusar a indemnizar a empresa pelas sucessivas paragens nas Obras de S.Domingos, por não terem realizado as escavações prévias no velho Convento, exigidas pela tutela e não tendo argumentos para contestar a acção no TAF, a autarquia buscou desesperadamente um acordo com os empreiteiros.
Amanhã vão tentar impingir o acordo na sessão da CMA, que representa uma claudicação clara face aos demandantes.
A irresponsabilidade da cacique vai saldar-se muito cara.
Proposta de acordo de Pagamento no âmbito da Ação Administrativa Comum, interposta pela TPS – Teixeira Pinto Soares, S.A., através do Processo: 472/20.7BELRA, relativamente à Empreitada “Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes – Fase 1, Recuperação, Remodelação e Ampliação do Convento de S. Domingos – para
aprovação
Uma obra caríssima por culpa da cacique e da corte de apaniguados
O Caseiro Gomes, Vice da CMA e homem das obras, dá uma entrevista ao Médio Tejo, sobre S.Domingos.
Rotundo, diz, armado em estadista '' Falamos de dinheiro público. Temos de gerir esta casa e temos salvaguardar todas as situações que têm de ser devidamente fundamentadas”.
Refere-se às reclamações justas da construtora, que pede quase mais 500 mil euros, pelas paralisações na obra por culpa exclusiva da autarquia.
Diz que foram encontrados ''alguns achados arqueológicos'' (que chatice! cacos e ossos para complicar a vida à empreiteiragem) e que por isso a empresa teve de parar.
Já sabemos o que o Caseiro acha dos achados, foram encontradas pinturas medievais ''raríssimas'' em Santo Amaro e o homem despacha, célere, uma licença de construção para o edifício ao lado, que implica que a ermida passa a ser mera passagem para uma garagem.
Não avisa os colegas, nem o público que há lá pinturas, não vá o povo alarmar-se.
Se se tivessem feito as sondagens prévias em S.Domingos, a paralisação tinha sido menor.
Se fossem eficientes a contratar antropólogos para estudar as ossadas, a paragem tinha sido menor.
Vejamos o que dizem os técnicos:
'' Nesta altura iniciaram-se trabalhos que durarão até finais de maio de 2018, tendo-se identificado um conjunto significativo de sepulturas.
Infelizmente, os trabalhos terminaram antes do mês de junho, porque o contrato da antropóloga também terminou.
A sua segunda contratação também levaria muito tempo.
Foi entretanto feito contrato com empresa de serviços arqueológicos que contratou um desenhador e mais um antropólogo e permitirá, caso o trabalho assim obrigue, à contratação de mais arqueólogos.'' (..)(1)
Continuando, se o projecto de intervenção em S.Domingos tivesse traçado duma forma eficiente a história do monumento, isto não teria sucedido.
O ante-projecto de Duarte Castel-Branco para o ''Centro Cívico-Cultural no Convento de S.Domingos'' estudou a história do cenóbio duma forma exemplar, através da colaboração de Victor Pavão dos Santos.
O projecto do licenciado alentejano, um tal Carrilho da Graça, não fez isso, apesar de pago a peso de ouro.
Fala o Caseiro em '' dinheiro público'', como é que justifica que num projecto de 4 milhões, quase 25% da massa tenha ido ilegalmente para o arquitecto?
Já sabemos como é que a maioria do PS defende o dinheiro público, comprando oliveiras a 2 mil euros!
Continuamos, diz erudita, Filomena Gaspar: '' Relembramos que apesar dos trabalhos que se haviam já desenvolvido nas áreas limítrofes correspondentes à atual Biblioteca Municipal António Botto, curiosamente, não havia notícias de ocorrência de achados antropológicos.'' . Escrevia isto em 17 de Setembro de 2019, como desculpa para a descoberta inesperada das ossadas.
Em Dezembro de 2018, o valoroso Silva (2) tinha publicado na ''Zahara'', a lista, escrita por um frade seiscentista, dos abrantinos que lá estavam enterrados:(...)
''Simão Dias, da Rua dos Coelheiros, e seus herdeiros
Aqui jaz o Doutor Alvaro Ruiz -1575
Sepultura de Joseph Neto e herdeiros(....)''
Segue, porque são muitos mais
E a 17 de Setembro de 2019, aparentemente a sra Gaspar, ex-gerente da insolvente Ozecarus, não sabia de nada.
Qualquer pessoa que frequente arquivos sabia onde estava o manuscrito citado pelo Silva e que antes de escavar ou dar cabo do monumento era preciso lê-lo.
Mas pedir isto a esta gente, é demais.
ma
(1)-Relatório de Acompanhamento da Escavação de S.Domingos, 2019, da ex-gerente da Ozecarus
(2)- Joaquim Candeias Silva, ''Convento de S.Domingos de Abrantes (etc)'', Zahara, Dezembro de 2018....onde o ''académico'' publica obra de frade dominicano, sem dizer onde repousa o manuscrito, para impedir a concorrência de o estudar...
A arqueóloga Filomena Gaspar pede alterações ao projecto de Carrilho da Graça para S.Domingos para salvar a necrópole medieval encontrada no Claustro de S.Domingos.
Saliente-se que as obras arrancaram, segundo o Médio Tejo, em Janeiro de 2017 e segundo o relatório da escavação, a arqueóloga só submeteu, a 30 de Março desse ano, a autorização à DGPC para haver acompanhamento arqueológico.
Ou seja começaram obras num edifício do século XVI, imóvel classificado como de interesse público, num projecto de mais de 4 milhões de euros, em que o licenciado alentejano recebeu mais de 800 mil euros, sem acompanhamento arqueológico
Seria importante que as forças políticas da terra se pronunciassem sobre isto.
E é de extrema importância impedir mais ataques ao património desta terra, produto duns serviços arqueológicos municipais rudimentares e da falta de consciência cultural dos edis.
mn
Extracto do Relatório de Progresso do acompanhamento arqueológico do Convento de S.Domingos, autoria Filomena Gaspar, data 17 de Setembro de 2019, a que se teve acesso
O que diz a arqueóloga não é verdade, como se provará
Houve várias exigências prévias que constam de vários pareceres e ofícios da DGPC
Mas isto tem uma responsável, o gasto adicional de 500.000 € reclamados pela construtora.....esta tipa, abaixo representada, e os seus fiéis escudeiros....
mn
Depois de apanharem com um processo no valor de quase quinhentos mil euros da empreiteira de S.Domingos, aqui revelado em primeira mão, tentam pressionar a construtora com argumentos do arco-da-velha.
Assim o Caseiro Gomes, sem ouvir os outros Vereadores, exarou um despacho do qual consta:
''Despacho do Vereador e Vice-Presidente da Câmara, João Gomes, que aprovou solicitar à TPS – Teixeira Pinto Soares, S.A., adjudicatária da empreitada “Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes – Fase 1 – Recuperação, Remodelação e Ampliação do Convento de São omingos”, que, para efeitos, modificação do contrato da empreitada
nos termos do disposto na alínea a) do artigo 312.º e no n.º 2 do artigo 314.º do Códigos dos Contratos Públicos, em redação vigente anterior ao Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de 31 de agosto, aplicável por força do disposto no n.º 2 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de 31 de agosto, faça prova de que a pandemia da COVID-19 provocou falta de mão-de-obra ou de fornecimento de materiais necessários e imprescindíveis à execução dos trabalhos – ''
Sem entrar em preciosismos legais, exigem à empreiteira que prove que o famigerado COVID teve implicações nos atrasos em S.Domingos (quando os atrasos foram provocados pelo laxismo da cacique
que não fez, seguindo a escola de Nelson Carvalho, outro inculto, as escavações na cerca do mosteiro que a tutela exigia)....
Como é que querem que a Construtora não prove, uma coisa que é do conhecimento público?
E se as obras não estão prontas a 1 de Janeiro pode haver crise séria
A empreiteira adjudicatária das obras do convento de S.Domingos acaba de processar a autarquia na bonita soma de quase meio milhão de euros.
Reiteradamente a conceituada empresa TEIXEIRA PINTO & SOARES, S.A, que faz o restauro do Convento, numa empreitada de 3.124.398,26 € , apresentou reclamações junto da autarquia, por ter de parar a obra devido a achados arqueológicos.
Isto tinha-se evitado se tivessem sido feitas seriamente as escavações arqueológicas prévias sugeridas pela tutela.
A CMA indeferiu os pedidos da empresa e esta meteu-os no Tribunal no dia 2.
Pede mais 472 mil euros.
Pela sua gravidade estes assuntos deviam ser discutidos na sessão de câmara e não constavam das últimas ordens de trabalho.
Segue o documento da entrada em Tribunal da empresa
48358 |
Entrada: |
Réu: Municipio de Abrantes |
Unidade Orgânica 1 |
472/20.7BELRA |
Ação administrativa |
Com os nossos melhores cumprimentos aos caciques
ma
ver o folheto de António Manuel Silva que explica que uma capela de Cardigos e uma confraria tiveram origem no dominicano convento abrantino donde veio este cadeiral, hoje em S.Vicente.
Na ordem de trabalhos da próxima reunião da CMA (dia 31) consta isto:
''Pedido de reposição do equilíbrio financeiro do contrato por agravamento dos custos na realização da empreitada “Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes – Fase 1 – Recuperação, Remodelação e Ampliação do Convento de São Domingos”,
apresentado pelo adjudicatário da empreitada, a TPS – Teixeira Pinto Soares, S.A – para indeferimento.''
A primeira pergunta é esta:
Como é que se mete na Ordem de Trabalhos um pedido ''para indeferir''?
Teria de ser a discussão da questão na sessão que permitiria aquilatar da bondade do pedido e não haver um indeferimento liminar sem discussão.
Se a moda pega, as propostas da Oposição serão logo agendadas com a menção para indeferir.
Indo ao cerne da questão, a empreiteira TPS – Teixeira Pinto Soares, S.A pede mais ma$$a, porque teve as obras paradas por questões arqueológicas.
E teve-as em grande parte porque a cacique não mandou fazer as prospeções arqueológicas prévias, que a tutela exige.
Portanto as reclamações são justas, e o seu indeferimento levará a um desenlace judicial.
Ou a um paragem das obras.
ma
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)