É um caso de corrupção em 1896, como tantos outros que ainda hoje por aí andam....
Alguém da administração recebeu dois contos de réis para que fosse adoptado um manual escolar.
Tanta massa significava que a edição do livro garantia vastos lucros.
Para comparar, a editora Lelo só pagava a Eça duzentos mil réis por um romance.(1)
Os outros editores protestam.
Quem levanta a lebre é um editor de sangue abrantino, Augusto Aníbal de Avelar Machado, cujo nome anda ligado a uma livraria ainda hoje aberta..
Fait-Divers?
Não uma prática contínua, estrutural e florescente nos centros de decisão da administração lusa.
Hoje, como em 1896.
PS-Extracto do Diário do Governo.
(1)- Rui Ramos, H. de Portugal, vol 6, p.43
mn
Diz o Sr.Presidente da República que há Justiça em Portugal.
Tem toda a razão, há Justiça (um bocadinho morosa), excelentes e íntegros magistrados, tecnicamente bem preparados e capazes de punirem os criminosos.
Assim foi no Tribunal de Santarém, no âmbito do processo, - JC Criminal - Juiz 3 - 940/12.4TAABT, de que eram réus um tal José da Graça, presbítero e que tem a ousadia de ainda ser Pároco desta terra, apesar de S.Exa Reverendíssima o ter querido remover, e o CSIA -Centro Social Interparoquial de Abrantes.
Ousou esta gente recorrer à Veneranda Relação, sustentando a inocência do burlão José da Graça e do CSIA.
o burlão ousava infiltrar-se entre as forças vivas
A Relação acaba de em 14-7-2020 recusar liminarmente a admissão do recurso por extemporâneo, tanto do CSIA, como do burlão e portanto a menos que vão inventar estratagemas processuais, tipo recurso ao Constitucional, o acórdão do Desembargador João Manuel Monteiro Amaro, transitará em julgado.
Acaba-se assim um capítulo de felonia e de vergonha nesta terra ou vão continuar a incomodar os abrantinos?
onferências (14/07/2020 14:30) | 940/12.4TAABT.E1 | Recorrente: Centro Social Interparoquial de Abrantes | Tribunal Judicial da Comarca de Santarém - Santarém - JC Criminal - Juiz 3 - 940/12.4TAABT | Relator: | Improcedência/Não decretamento |
ma
ps- com os nossos cumprimentos aos anacléticos
'' (...)A corrupção, tanto a ativa como a passiva, é pecado. À face da lei civil é crime. Ela trai os princípios da moral e as normas da justiça social. Distorce a verdade e a função das instituições. A solidariedade ético-social que deve reinar entre as pessoas e os povos é posta em causa. O desenvolvimento e o progresso do bem comum sofrem. Quando, porém, o pecador reconhece o mal feito, se não é corrupto, logo se arrepende e pede desculpa e perdão, repara o mal feito, sente vergonha e procura emendar-se, mesmo que tenha de responder civilmente e sofrer as consequências dos seus atos. Se é corrupto, não dá a mão, desculpa-se ou nega, sente-se cheio de razão e seguro de si mesmo. Tem dificuldade em reconhecer os caminhos por onde se meteu, quer seja no âmbito político ou religioso, quer no público ou privado, quer no mundo empresarial ou de negócios, quer onde quer que seja...(...)
Antonino Dias, Bispo de Portalegre (com a devida vénia)
título nosso
A cara de enterro do Marcelo é histórica.
mn
na Visão
O assalto à Caixa na Sábado
entretanto o Brasil manda Lula mais 12 anos para o xadrez e Bolsonaro defende extinção do PT
Declarou hoje a cacique que não há problemas de corrupção na CMA, porque não há muitos ajustes directos.
Há muitíssimos e incluindo foi feito um ajuste directo milionário proibido por lei e sem visto (imprescindível) do Tribunal de Contas.
Como o feito ao licenciado alentejano Carrilho da Graça.
Quanto à corrupção.
Houve votos contra, em executivos anteriores, contra as rituais declarações anuais apresentadas pelo Executivo, por exemplo de Elza Vitório.
E houve um Vereador socialista a enriquecer-se com depósitos bancários feitos na sua conta, enquanto pastoreava as obras, antes de saltar prá Lena.
(docs aqui publicados por Mário Semedo, jornalista, o melhor desta terra)
A recusa dos caciques em discutir isto, discussão proposta por Santana Maia, invalida qualquer outro discurso anti-corrupção em Abrantes.
mn
Em 1934, uma queixa enviada à tutela e ao Prof. Oliveira Salazar arrasava a gestão municipal de Henrique Augusto da Silva Martins/ França Machado e do seu grupo, que comandava todas as rédeas do poder abrantino, incluindo a Santa Casa donde tinham sido saneados Solano de Abreu e Manuel Fernandes.
A queixa acusa os visados de corrupção, abuso de poder, prisões ilegais, abusos sexuais ( praticados alegadamente pelo Administrador do Concelho, um fidalgote de Alvega), ilegalidades múltiplas, etc.
O principal visado é França Machado, mas o Provedor da Santa Casa, Dr.Henrique Martins de Carvalho não escapa.
Inclusive é posta em causa a sua probidade como Notário.
O poder salazarista demorou a digerir a coisa e só uma inspecção desencadeada pelo Ministério do Interior, realizada por militares, em particular pelo tenente-coronel Castel-Branco, levou à dissolução compulsiva da autarquia e à entrega da gestão a militares, chefiados pelo capitão Machado. (1945)
Trataremos disto com vagar, mas desde já a lista dos abrantinos que subscreveram a queixa:
D.Luiz Cândido do Amaral Cardoso
Dr.Raimundo Soares Mendes
Dr.Guilherme Henrique Moura Neves (Médico e Lavrador, ex-Provedor da Santa Casa;
Dr.António Correia de Campos (Médico militar, genro de Ramiro Guedes)
Ramiro Guedes de Campos (Eng e Licenciado em letras, poeta, Professor universitário (IST), futuro chefe de Gabinete de Duarte Pacheco, )
Dr.António Campos Melo, Advogado
Armando Ferreira Matafome,Lavrador
José dos Santos Ruivo
João Pimenta de Almeida Beja
Dr.José Serra da Mota (Advogado)
Dr.Alfredo Pimenta de Almeida Beja (Veterinário)
Dr.Armando Moura Neves, Advogado e Lavrador
José Rosa de Sousa Falcão, Lavrador e Industrial
António Ferreira, Industrial
D.Luiz do Amaral Cardoso
António Serrão Burguete
Manuel Serra da Mota Ferraz, farmacêutico
José Joaquim Bairrão de Oliveira
Joaquim Rosado Rico, comerciante e industrial
Eduardo Dias da Silva
Manuel José Coelho
José Moura Neves, Lavrador
Jaime Pintasilgo, Comerciante
António Augusto Salgueiro, o mais antigo jornalista e comerciante da cidade
Joaquim Cipriano dos Santos
Joaquim Maria de Almeida Beja.
Foram eles que começaram a limpar Abrantes em 1934.
Devia haver uma lápide com estes nomes, à beira do monumento a Manuel Fernandes
Foram eles que o levaram onde chegou, ajudando a limpar a cidade duma gestão corrupta.
mn
O MP lançou uma operação policial em Valência, onde foi preso o Presidente da ''Deputación''.
Em causa desvio de fundos públicos para fins eleitorais a favor do partido do PM Sanchez-Castejón e do ''Compromiss'', partido associado a Podemos nesta região.
Depois de ter caído o governo do PP por corrupção, do PSOE estar atolado em corrupção na Andaluzia, a coisa chega a Podemos.
Ou seja a corrupção ibérica assume-se sistémica.
Mas há consolação a Coreia do Sul arruma com os boches por 2-0.
Viva a Bola!
mn
O tenente-coronel Jorge Ferrão apanha 8 anos. Se a corrupção artesanal e regional ( com pagamentos em notas, bares de alterne e produtos alimentares) é assim tratada, aguardamos dureza similar para quem deu presentes de 14 milhões de euros (o amigalhaço do Cónego) e para quem alegadamente corrompeu um primeiro-ministro.
Ou só a corrupção rústica alentejana é que apanha?
A corrupção rústica da Cova da Beira (o 34 é um rústico) também merece sentenças destas.
mn
se bem me lembro o único abrantino condenado por corrupção tinha sido um cigano e nesse caso disse-se: '' Cá pra mim, o cigano aldrabão devia rapidamente ser escolhido para candidato às eleições.'' E o Ferrão quando sair também dará um excelente candidato, à moda do Isaltino.
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