D.Afonso de Lencastre, Marquês de Porto Seguro, era um dos presumíveis herdeiros da Casa de Aveiro, que disputava a primazia da nobreza portuguesa aos Braganças, pelo menos desde o reinado de D.Sebastião.
Também era Alcaide-Mor de Abrantes e dispunha de várias rendas associadas à Casa de Abrantes. Comprara a Alcaidaria aos Áustrias, porque estes andavam a vender títulos e prebendas porque Espanha estava falida. A casa de Abrantes estava vaga, depois da morte de D.António de Almeida, em Madrid. Seria Duque de Abrantes em 3 de Março de 1642 e cabeça dos fidalgos portugueses exilados em Madrid, adversários da Restauração.
À data do processo, regia em Lisboa, a Casa da Suplicação, o mais alto tribunal do Reino.
Mas perdeu o processo e a sucessão da Casa de Aveiro, que vinha do Infante D.Jorge, bastardo de D. João II, nascido em Abrantes.
Por esta época também andava em pleitos com a Câmara abrantina acerca das rendas das barcas do Tejo.
Ou que o Estado de Direito (Feudal) podia ser desfavorável ao mais poderoso homem dos tribunais seiscentistas.
O Advogado que assina as alegações contra ele, Velasco de Gouveia, é dos maiores juristas que Portugal viu.
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bibliografia: Alfonso de Alencastro pelo Prof. Rafael Valladares, um dos grandes especialistas da Restauração
O Silva andou a estudar as maravilhas da administração filipina e concluiu extasiado, que os Filipes tinham sido excelentes.
A paz e prosperidade corriam no reino e naturalmente em Abrantes.
Nesse tempo magnífico, o marquês de Porto Seguro, D. Afonso de Lencastre queria ser Alcaide-Mor da vila de Abrantes, cargo que estava vago e que tradicionalmente andava na família Almeida, sendo o herdeiro mais lógico o velho D.Miguel, que o Restaurador faria Conde desta terra, depois do provecto ancião ter ajudado a executar um traidor chamado Miguel de Vasconcelos.
O Lencastre que fez para ser Alcaide?
Regia os negócios de Portugal, na Villa y Corte de Madrid, o Consejo de Portugal, onde Diogo Soares punha e dispunha e vendia ofícios.
Pagou o Lencastre a módica quantia de catorze mil cruzados ao Soares para ser Regedor da Justiça de Portugal e alcaide-mor da vila. E foi nomeado por uns anos autoridade militar da terra e rapidamente entrou em conflito com a câmara abrantina.
A vénia é devida a Monsieur Jean-Frédéric Schaub, Le Portugal au temps du comte-duc d’Olivares (1621-1640) : Le conflit de juridictions comme exercice de la politique. Madrid : Casa de Velázquez, 2001.
Que fez D.Miguel para recuperar que o era seu?
Uma revolução!
Tire-se pois o chapéu ao fidalgo que não teve pejo em matar, para se vingar da canalhada que lhe tinham feito. A ele e à sua linhagem.
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