Em 15-10-1957 o António Maria Paulouro, vice-presidente da CM do Fundão, informava a PIDE que D.Fernando de Almeida ''
Quem o diz é Joaquim Candeias Silva, que para variar faz a apologia dos Almeidas neste artigo, e de D.Francisco (apologia merecida), mas que se recusa a fazer a necessária condenação moral e cívica dum colaborador da temível polícia política nazi-fascista.
Estranhou-se depois o Candeias que o Jornal do Fundão não dê informações sobre as suas actividades no âmbito do Museu do Fundão.
Ora não sabe o Candeias que o Paulouro foi depois Director do Jornal do Fundão e se distanciou um bocadinho do regime?
Mas dar, seja em que circunstâncias for, informações à canalha do Barbieri é repugnante e para mim o Paulouro está definido.
Certamente que Delgado e Henrique Galvão fizeram o mesmo, mas redimiram-se de armas na mão, como cabe a heróis da lusitana gesta.
D.Fernando de Almeida foi o homem que primeiro se mexeu para salvar São Domingos de ser profanado por um barracão, o Palácio da Justiça. E para isso convenceu Antunes Varela, catedrático de Coimbra e Ministro da Justiça a salvar S.Domingos a meias com Duarte Castel-Branco e outros.
Por isso cabe aqui esta menção.
Mas a verdade deve ser dita toda, e não a meias, e o Candeias cita como bibliografia neste trabalho, este livro ou opúsculo:
Como se sabe o Candeias é Académico de História, e o Farinha dos Santos também o foi ou é.
Para começar a citação bibliográfica é incorrecta, porque a correcta é esta:
O Farinha dos Santos que em 1985 (!) elogia D.Fernando de Almeida e que escreveu algum manual de Arqueologia, foi de profissão subinspector da PIDE-DGS,
Desenho de Dias Coelho, amigo e colega de Duarte Castel-Branco, assassinado pela PIDE
e confirmou o uso da tortura sobre os presos políticos ( entre os quais esteve Duarte Castel-Branco).
Passo a citar Irene Flunser Pereira: '' o ex-sub-inspector Farinha dos Santos confirmou terem sido «usados interrogatórios prolongados para obrigar os detidos a confessar as suas actividades», «segundo questionários elaborados» por diversos investigadores, entre os quais Rosa Casaco.''
Foto retirada de Estudos Arqueológicos de Oeiras, artigo de João Cardoso, sobre o pide-arqueólogo.
Há mais para contar sobre o competente pide-arqueólogo?
''Referindo-se em Um Político Assume-se (Círculo de Leitores/Temas e Debates, 2011) a um período de prisão sofrido em 1949, Mário Soares
http://pt.electionsmeter.com/sondagens/mario-soares
escreve: “Numa fria madrugada fui interrogado na sede da PIDE por um tal Farinha Santos, meu antigo colega na Faculdade de Letras, que era então agente qualificado da polícia política. Brincando com uma pistola enquanto me interrogava, disse-me: “Se disparar e o matar, nada me acontecerá. Todos dirão que disparei em legítima defesa.” (…)” (p. 54). O “pide” a que Soares se refere era Manuel Luís de Macedo Farinha dos Santos (1923-2001), inscrito em 1942 na licenciatura de Ciências Histórico-Filosóficas da FLUL, que deixaria incompleta para só a terminar em 1958. A carreira de Farinha dos Santos na PIDE, onde atingiu a categoria de subinspector, terá terminado por volta de 1954, quando partiu para a Ásia ao serviço do Ministério do Ultramar. Depois de voltar à vida académica, dedicou-se à arqueologia e iniciou um percurso que o tornou um dos principais nomes da Pré-História portuguesa. Este artigo de João Luís Cardoso em O Arqueólogo Português resume a vida de Farinha dos Santos, professor, autor de Pré-História de Portugal (Verbo, 1972) e responsável pela descoberta e estudo da arte paleolítica da gruta do Escoural. ''
Escreveu Pedro Serra no blogue Tralha Útil
Resta acrescentar quem o convidou para reger as cadeiras de História na Universidade Livre, foi o Prof. Veríssimo Serrão, tinha de ser.
MA
agradecimentos a um ex-funcionário das Finanças de Alter do Chão, que depois (por mérito próprio) chegou a meritíssimo Juiz de Direito, o Dr. Abrantes que me esclareceu sobre o Farinha dos Santos e ainda a um prestigiado octogenário abrantino, muito elogiado por Jorge Sampaio nas suas memórias
Espero que alguma rivalidades intestinas clericais e locais não se resolvam assim, como contam na
A história da morte do Bispo Almeida é polémica, embora César Bórgia, filho dum Papa, fosse, enquanto artista renascentista dos sete-ofícios, capaz de despachar um adversário de qualquer maneira.
Um bom especialista de temas de quinhentos e da história dos Almeidas, talvez o maior em Portugal, Américo Costa Ramalho, diz que ele morreu de morte natural.
Que chatice, com veneno era mais renascentista!
Se fosse assim e tivesse havido veneno, quem sabe se a terna Rainha Dona Leonor não gostaria de antes do Bórgia, despachar o Almeida, para vingar o irmão, assassinado por D.João e garantir o trono ao outro, D.Manuel I.
Bom tema para romances e hipóteses históricas.
As devoções dos Almeidas a D.João II e a conspiração contra D.Manuel podem-lhes ter custado o Condado de Abrantes.
Quando a João II, morto em Alvor, entre Almeidas,a hipótese de o terem envenenado não está descartada, como aliás Paulo Drumond Braga, um estudioso de referência, admite nesta obra recente.
mn
Presta-se hoje homenagem ao museólogo D.Fernando de Almeida que se impôs ao Ministro da Justiça Prof. Antunes Varela (primo por afinidade do arquitecto Doutor António Castel-Branco) mostrando-lhe que era um crime urbanístico demolir São Domingos de Abrantes, para lá meter um Palácio da Justiça
O Prof. Antunes Varela compreendeu o valor do monumento e suspendeu a demolição. No Arquivo da CMA terá de haver carta dirigida a Agostinho Baptista por D.Fernando de Almeida, neste sentido.
Na Internet é fácil encontrar dados com a biografia destes homens cultos e civilizados. Qualquer elogio aqui deixado seria uma retundância, mas Abrantes ficou-lhes a dever a salvação dum convento.
MN
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