Este blogue e a Petição homenageiam hoje o fidalgo de raízes abrantinas, apesar de ser de Tomar, D.Bernardo Mesquitella que foi Governador Civil de Santarém, desde meados dos anos 60 a 1974.
Há varias razões para a homenagem.
A primeira é a monumental obra jurídica do fidalgo que só nos atrevemos a dizer que é batida pelo manual ''A Posse'' do catedrático de Coimbra e Ministro da Ditadura (chegou a ser rival de Salazar) Manuel Rodrigues, um homem do Concelho..
A obra de Mesquitella é o ''Regulamento Policial do Distrito de Santarém (1966)'' que ainda há pouco estava em vigor e permitia à GNR e à PSP multar pacíficos cidadãos com os pretextos mais inverosímeis, naturalmente todos produto da fúria legislativa do Fidalgo.
E os Senhores Juízes da Democracia aplicaram o Regulamento com um zelo digno do antigamente....
Mesquitella foi surpreendido pelo 25 de Abril e não teve tempo de compor o ''Regulamento Policial para uso de Regedores das Freguesias Rurais do Distrito de Santarém'' e que seria o corolário lógico da sua carreira como jurista.
Foi certamente um político da Ditadura, mas pelo menos não virou a casaca nem aderiu ao PCP, ao MDP-CDE ou ao CDS-PP.
Por isso a homenagem vai a meias, porque para ser um político é necessário adaptar-se e ser flexível como o Prof. Veiga Simão que de Ministro de Caetano chegou a Ministro da Defesa de Guterres.
Mais flexível que o Simão foi o extraordinário malabarista Adriano Moreira que veio do MUD, tornou-se Ministro do Ultramar e salazarista ferrenho, apesar do Prof. Salazar o pôr andar por ter promovido os índigenas a pessoas, coisa que incomodou muito os interesses de certo Banco hoje de novo instalado em Angola, com pingues lucros segundo revela o relatório e contas.
O Moreira competiria com Caetano pela sucessão e depois desembarcou no CDS e transformou-o no partido do táxi. Mais o menos o que Jota Pico fez ao CDS de Abrantes, reerguido do nada por António Castel-Branco.
Uma caricatura da Net sintetiza a extraordinária conversão à democracia dos dois senhores e mais do Prof. Hermano Saraiva.
A razão principal da homenagem foi a recusa sempre mantida de D.Bernardo nomear Jota Pico como Regedor do Souto.
Tinha Pico 22 anos e aspirava a começar na política, quando em 1974 D. Gonçalo o mandou bugiar.
Era um homem sensato mas medíocre político como explicámos.
Pela nega que deu ao Pico que queria ser o mais jovem Regedor do País, como o Dr.Eurico foi o mais jovem Presidente da Câmara, vai a meia homenagem.
D.Gonçallo Mesquitela foto do Governo Civil de Santarém.
Miguel Abrantes com o Departamento de Estudos Históricos do Por Abrantes
Nota: Gostámos imenso de ver o Pico transformado em revolucionário de Abril, qualquer dia promovido a fundador da primeira célula do PCP do Souto. Em 1974 com 22 anos estava na plena posse dos seus direitos cívicos e políticos e naturalmente podia e queria ser Regedor.
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