26 de Outubro de 1843, D.Maria II visita Abrantes e é festivamente recebida no Rocio de Abrantes, passa a margem para o outro lado e tem de esperar nas Barreiras, porque o Dr.Juiz e beleguins mais o Presidente (António Rodrigo de Almada C. Freire e Sousa) e os Vereadores (o Raimundo Soares Mendes e outros) tinham ido esperá-la por uma estrada que não era aquela, por onde vinha a filha de D.Pedro e os governantes, que eram Costa Cabral (Ministro do Reino) e o Duque da Terceira (Guerra).
De forma que os edis andaram 50 Km e puseram-se a esperar a Rainha e não aparecia. Quando os avisaram que já estava nas Barreiras, inverteram marcha e enquanto não chegaram, D.Maria II devia-se ter entretido com o ''valido'' (como chamava a oposição setembrista ao Conde de Tomar) a dizer cobras e lagartos, dessa gente.
Andar 50 Km, ao lombo de cavalos ou numa charrete, por más estradas, dava direito a 2 ou 3 horas de viagem.
De forma, que a Rainha esperou 3 horas, pela Vereação, nas Barreiras....
mn
Nem sempre as revoluções, nesta terra de brandos costumes, se fizeram pacatamente, como no 25 de Abril, houve bons tempos em que se tomaram as armas para defender a Liberdade e a Rainha, contra a padralhada (cujo mais ilustre vulto era o Rev. Luís Bairrão (1), do Tramagal, que tinha sido Procurador às Cortes onde jurara o Usurpador Dom Miguel) contra o absolutismo. Infelizmente para os liberais do Médio Tejo, foi um espanhol que tomou as armas.....
D.Manuel Martinini terminou Coronel
Gazeta de Lisboa, 20 de Julho de 1833
e a sua espada foi oferecida ao filho do homem que trouxera a Liberdade a Portugal, el-Rei D.Pedro IV
Tem de haver na Câmara um velho retrato de D.Maria II, que o Eduardo Campos reproduziu numa das suas obras.
Foi a Rainha D. Maria II, o primeiro Chefe de Estado que governou Portugal em regime representativo. Esse retrato é o símbolo da Liberdade, e mandava a decência que fosse reposto em lugar de honra.
Porque a Liberdade em Portugal foi conquistada em 24 de Julho de 1833. Como bem explicou Vasco Pulido Valente, em 2012, no Público, ''(..) Durante a Monarquia Constitucional o feriado que sobre todos comemorava o regime era o “24 de Julho” de 1833, dia em que as tropas do duque da Terceira atravessaram o Tejo e tomaram Lisboa a D. Miguel(...).
ma
O Rev.Bairrão chegou a montar uma ''guerillha'' ou ''quadrilha para aterrorizar os liberais. A coisa faliu, se bem me lembro, por falta de jagunços....
Abrantes é terra de cunhas mas nunca ninguém teve uma cunha como o Padre Joaquim Faustino Diniz Bitacolo. A cunha de D.Maria II para ser nomeado Vigário do Rossio ao Sul do Tejo aqui designado Rocio ao Sul de Abrantes, Era 27 de Julho de 1839.
Uma Senhora e Real Cunha.
Fazemos vénia ao presbítero.
M. de Noronha
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