Pode-se governar um país tropical sem roubar?
D.Pedro, o maçon, o Imperador, não roubou...
Mal nosso, Portugal teve de pagar o enterro do filho d'el- Rei D.Pedro IV, outro maçon.
Bondade de pedreiro-livre?
Não, honradez de um homem íntegro.
ma
Estamos em 1871 e os Imperadores do Brasil viajam pela Europa. Aportam a Lisboa, são recebidos com a pompa e circunstância habitual, embora D.Pedro seja avesso a grandes protocolos.
O Imperador tem 46 anos. Governa Portugal o seu sobrinho el-Rei D.Luís, que o recebe em Lisboa. É nesse ano que André Rebouças, um mulato, engenheiro, começa a privar com o monarca a propósito das vias férreas e acamarada com o Príncipe na causa abolicionista.
O eng. Rebouças, um cientista, é filho dum português e duma escrava liberta.
Não vou descrever a chegada a Lisboa em Junho desse ano. Nem a pompa, nem a recusa do Imperador em ficar num Palácio. Alojou-se no Hotel Bragança, tão citado nos livros do Eça. O Imperador queria fazer um inter-rail pela Europa para fazer turismo e colher ideias para modernizar os trópicos. Também estava abatido pelo luto, a sua filha D.Leopoldina morrera de doença contagiosa em Viena.
Em Lisboa, a única pessoa, com interesses abrantinos, que aparece mencionada como distinguida por ele, à chegada, é o Marquês da Valada, de que tenho alguma carta.
O Imperador apanhou o comboio em Santa Apolónia e vá de rumar à fronteira do Caia.
Naturalmente em cada estação as autoridades locais, as forças militares, o bom povo apresentam-se para desbarretar-se frente àquele senhor excêntrico que reinava nas Américas e que se fazia acompanhar por um escasso séquito de criados e intelectuais brasucas.
O Visconde de Abrançalha, foto do Dr.Paulo Falcão Tavares, pub. no livro Cronologia de Abrantes no século XIX do Eduardo Campos Por certo, nele só há uma breve referência à visita do monarca.
Na viagem até Badajoz, D.Pedro manifestou-se muito interessado pelos problemas da Linha do Leste e foi palestrando com os notáveis lusos e com os responsáveis da Companhia.
A viagem pela Europa durou 8 meses, podem segui-la aqui.
Em 1872, o comboio voltou a passar pela Estação de Abrantes e a cena descrita em 1871 deve ter voltado a repetir-se. Não tenho descrição. No Entroncamento, o comboio desviou-se para Coimbra. O Imperador queria conhecer o Norte do País e a Academia coimbrã. Inclui a célebre visita de D.Pedro a Camilo. Antes já se encontrara com Herculano, que lhe deu umas garrafinhas de azeite para ''mamãe''.
Quando está para regressar ao Rio, ainda em Lisboa, D.Pedro recebe uma visita abrantina. Uma velha senhora.
Manuel Martinini, um espanhol residente em Punhete, de profissão destilador de bagaço, organizara em 1833 o primeiro levantamento liberal na região. A mulher queria oferecer a espada do guerrilheiro, feito coronel depois da vitória liberal, ao filho do caudilho que libertara Portugal do reino da fradalhada e das forcas d'El Rei Miguel.
O Spectator de 20 de Agosto de 1833 retrata a actividade do Martini, vista de Londres,
Sobre essa actividade há na net informação, de maneira que fica para outro dia.
Só para terminar, faltava o Imperador saudar a maior glória abrantina dessa época
Foi vê-lo ao Teatro da Trindade
mn
as páginas reproduzidas são da obra citada, edição da Universidade de Coimbra
foto de D.Pedro e de Rebouças: página do Imperador no facebook
nota: D.Pedro deixou um profuso diário das suas Viagens. No Museu Imperial pode estar o diário referente a estas viagens.
Estamos em 1871 e os Imperadores do Brasil viajam pela Europa. Aportam a Lisboa, são recebidos com a pompa e circunstância habitual, embora D.Pedro seja avesso a grandes protocolos.
O Imperador tem 46 anos. Governa Portugal o seu sobrinho el-Rei D.Luís, que o recebe em Lisboa. É nesse ano que André Rebouças, um mulato, engenheiro, começa a privar com o monarca a propósito das vias férreas e acamarada com o Príncipe na causa abolicionista.
O eng. Rebouças, um cientista, é filho dum português e duma escrava liberta.
Não vou descrever a chegada a Lisboa em Junho desse ano. Nem a pompa, nem a recusa do Imperador em ficar num Palácio. Alojou-se no Hotel Bragança, tão citado nos livros do Eça. O Imperador queria fazer um inter-rail pela Europa para fazer turismo e colher ideias para modernizar os trópicos. Também estava abatido pelo luto, a sua filha D.Leopoldina morrera de doença contagiosa em Viena.
Em Lisboa, a única pessoa, com interesses abrantinos, que aparece mencionada como distinguida por ele, à chegada, é o Marquês da Valada, de que tenho alguma carta.
O Imperador apanhou o comboio em Santa Apolónia e vá de rumar à fronteira do Caia.
Naturalmente em cada estação as autoridades locais, as forças militares, o bom povo apresentam-se para desbarretar-se frente àquele senhor excêntrico que reinava nas Américas e que se fazia acompanhar por um escasso séquito de criados e intelectuais brasucas.
O Visconde de Abrançalha, foto do Dr.Paulo Falcão Tavares, pub. no livro Cronologia de Abrantes no século XIX do Eduardo Campos Por certo, nele só há uma breve nenhuma referência à visita do monarca.
Na viagem até Badajoz, D.Pedro manifestou-se muito interessado pelos problemas da Linha do Leste e foi palestrando com os notáveis lusos e com os responsáveis da Companhia.
A viagem pela Europa durou 8 meses, podem segui-la aqui.
Em 1872, o comboio voltou a passar pela Estação de Abrantes e a cena descrita em 1871 deve ter voltado a repetir-se. Não tenho descrição. No Entroncamento, o comboio desviou-se para Coimbra. O Imperador queria conhecer o Norte do País e a Academia coimbrã. Inclui a célebre visita de D.Pedro a Camilo. Antes já se encontrara com Herculano, que lhe deu umas garrafinhas de azeite para ''mamãe''.
Quando está para regressar ao Rio, ainda em Lisboa, D.Pedro recebe uma visita abrantina. Uma velha senhora.
Manuel Martinini, um espanhol residente em Punhete, de profissão destilador de bagaço, organizara em 1833 o primeiro levantamento liberal na região. A mulher queria oferecer a espada do guerrilheiro, feito coronel depois da vitória liberal, ao filho do caudilho que libertara Portugal do reino da fradalhada e das forcas d'El Rei Miguel.
O Spectator de 20 de Agosto de 1833 retrata a actividade do Martini, vista de Londres,
Sobre essa actividade há na net informação, de maneira que fica para outro dia.
Só para terminar, faltava o Imperador saudar a maior glória abrantina dessa época
Foi vê-lo ao Teatro da Trindade
mn
as páginas reproduzidas são da obra citada, edição da Universidade de Coimbra
foto de D.Pedro e de Rebouças: página do Imperador no facebook
nota: D.Pedro deixou um profuso diário das suas Viagens. No Museu Imperial pode estar o diário referente a estas viagens.
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