Domingo, 19.08.18

A Senhora Doutora Maria do Carmos Raminhas Mendes envia-nos este comentário:

 

carmo raminho

 

ver aqui

 

Nós é que temos de agradecer estas simpáticas palavras e voltar a recomendar a leitura do seu trabalho sobre História da nossa região.

 

ma 

 



publicado por porabrantes às 13:42 | link do post | comentar

Terça-feira, 17.04.18
A palavra da imagem : ideologias, funções e percepções na linguagem pictórica barroca em Portugal : a diocese da Guarda 1668-1750
Autor:  Mendes, Maria do Carmo Raminhas
Orientador:  Grilo, Fernando Jorge Artur
Reis, Vítor Manuel Guerra dos
Palavras-chave:  Igreja Católica. Diocese (Guarda, Portugal) - História - séc.17-18
Pintura barroca - Portugal
Arte cristã - Portugal - séc.17-18
Simbolismo cristão - séc.17-18
Percepção visual
Teses de doutoramento - 2016

 

devida vénia F.Letras Lisboa

 

Nesta tese a Doutora Maria do Carmo Raminhas faz o que ainda ninguém fizera, estudar o papel dos Bispos da Guarda (diocese que abarcava a região abrantina), o seu papel na arte e na cultura no século dezoito, tudo com base em investigação sobre fontes primárias ( uma grande surpresa para mim é o ter encontrado e trabalhado sobre os arquivos quase inéditos da Igreja de S.Pedro de Abrantes).

 

Uma brilhantíssima tese e certamente a melhor obra de investigação sobre a nossa região nos últimos anos.

 

mn     



publicado por porabrantes às 19:00 | link do post | comentar

Quarta-feira, 28.12.16

O excelente blogue ''Covilhã, subsidios para a sua história'', editado por Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias e Maria do Céu Jordão Morais Carvalho Dias, publicou parte dos Capítulos dos procuradores abrantinos às Cortes de Lisboa de 1641, onde os representantes da vila pedem a D.João IV que Abrantes e o seu termo sejam anexados à Diocese de Lisboa por a Guarda (Sé episcopal a que pertencia Abrantes) estar muito longe. Reproduz-se com a devida vénia o que disserem ao Rei os porta-vozes da vila:

(,,,) ''

[…] 8º e a dita vila de Abrantes com as mais da dita vigararia ficam mais perto das cabeças dos mais Bispados deste Reino que da sua que é o bispado da Guarda porque são 28 leguas a ela de Abrantes, e a Lisboa são de Abrantes vinte e tres, e a Portalegre 12, a Coimbra 14, a Leiria 12, a Elvas 18, a Evora 18; e afora esta notavel distancia que há de Abrantes e terra de sua vigararia à cidade da Guarda, cabeça do dito bispado, se acrescentam os inconvenientes e molestia dos ditos vassalos de Vossa Mag.e com a aspereza dos caminhos e riscos deles, por serem os mais de serras com muitas neves, no Inverno, e perigosas Ribeiras de passar, em que se afoga de ordinario muita gente, e por este respeito padecem os moradores destas vilas, em especial a de Abrantes, grandes danos porquanto lhes é forçado irem seguir à dita cidade da Guarda suas causas e as cazas das Misericordias, grandes gastos com os prezos que livram e sustentam que teem culpas no juizo Eclesiastico, e muita gente pobre, e ainda os que não são, deixam perder muitas vezes suas causas por não poderem ir nem mandar tratá-las à dita cidade da Guarda, nem outros muitos despachos e negocios que de pessoas casadas e de muita idade por crismar.

E tomando-se informação deste caso se quiz prover nele com o remedio necessario. Separando a dita vila de Abrantes e as mais da sua ouvidoria do dito Bispado, ajuntando-as em outro, que para isso de novo se tratou de fazer, em tanto que quando foi eleito o Bispo D. Nuno de Noronha que Deus tem em Bispo da Guarda foi não poria a isso duvida alguma, e esta boa tenção e determinação tanto em prol e bem destes vassalos de V. Mag.e não teve efeito por se ordenar fazer-se com criar novo Bispado com as ditas vilas e algumas do Arcebispado de Lisboa no que se acharam grandes inconvenientes e por razão deles e da dificuldade de fazer nova Sé, para o que havia mister ter grandes rendas e parecer não ser lícito diminuir o Arcebispado de Lisboa não teve efeito, não se advertindo por então tão facil meio como há, para este bem ajuntando sem mais cabedal as ditas vilas da Ouvidoria de Abrantes ao Arcebispado de Lisboa, com a qual parte com a qual (sic) cidade fica ainda com menos leguas de distancia que da Guarda e com facilimo caminho, e por razão do rio, mui facil, e do comercio e trato que de continuo teem os moradores das ditas terras com Lisboa, que outrossim por ser metropole de Abrantes e sua Vigararia se excusam as apelações que da Guarda vem a ela ou lhe ajuntasse a dita vila de Abrantes e terras de sua vigararia ao Bispado de Portalegre com quem tambem parte, que são doze leguas de caminho, e de muito trato e meneio com as ditas vilas, e de grande comercio com ellas, que por ser Bispado de pouca renda ficarão tambem nela mais acrescentado, ficando ainda com muita o Bispado da Guarda…  pelo que

Pedem a V. Mag.e havendo respeito ao sobre dito de cuja verdade notoria podem informar a V. Mag.e os prelados que foram no dito bispado, e aos muitos proveitos espirituais e temporais que os ditos vassalos de V. Mag.e nisto ficam recebendo, lhe faça merçe anexar a dita vila e sua vigararia ao dito Arcebispado de Lisboa ou Bispado de Portalegre. […]

Resposta aos Capítulos particulares dos Procuradores de Cortes da Vila de Abrantes do ano de 641.

Fico advertido do que me dizeis neste capítulo, cuja cópia mandarei remeter ao Estado Eclesiástico para que os Prelados possam comunicar entre si o modo com que se acomodem, e companham estes lugares com menos opressão dos seus moradores; e conforme ao assento que tomarem no que for necessário mandarei ao meu Embaixador de Roma que peça confirmação a S. Santidade. '' (...)

 

Já agora, a pessoa que sabe mais de História medieval de Abrantes é a Professora Doutora Hermínia Vasconcelos Vilar, autora de ''Abrantes Medieval'', e neste estudo,

''Uma fronteira entre poderes: as dioceses de Évora e da Guarda no

nordeste alentejano'', publicado em 1996, traça a delimitação da fronteira em 1260, entre as dioceses da Guarda e Évora, através dum acordo entre  2 Bispos. É por este acordo, que D. Rodrigo Fernandes e D. Martinho Pires, Bispos respectivamente da Guarda e Évora,  colocam fim a uma querela antiga e Évora abdica das suas pretensões às terras a Sul do Tejo do termo de Abrantes.

'' (...)

De qualquer forma, o acordo de 1260 levou D. Martinho a alienar de

forma definitiva, a faixa nordeste do Alentejo e a região que

correspondia ao termo de Abrantes que se espraiava para Sul deste

rio. A Guarda obteve Portalegre e as localidades pertencentes ao

Templo, conservou a apresentação de Alter do Chão e o termo de

Abrantes, deixando a Évora a área controlada por Avis e a estreita

faixa do Hospital em torno da vila do Crato (ver mapa 2). (..)

 

mapa.png

 (gravura retirada da obra citada da Prof.Doutora Hermínia Vilar).

 

É um espanto ver gente escrever sobre História de Abrantes, sem ler o que escreveu a Doutora Hermínia Vasconcelos Vilar. Para quem se interessa sobre a delimitação das fronteiras entre as Ordens Militares que ocuparam estes territórios (Santiago, Templários, Avis, Hospital) o texto citado é fundamental.  

 

mn

 

 

 


publicado por porabrantes às 18:24 | link do post | comentar

Sexta-feira, 11.07.14

C.Manhã

 

 

O Rev.Padre Luís Mendes depois de apanhar 10 anos por pedófilo continua em prisão domiciliária. A justiça laica é lenta, mas condenou o santo homem. A pena foi confirmada pela Relação de Coimbra. Devem seguir-se os passos processuais habituais. Ou seja recurso e mais recurso.

A justiça da Igreja portuguesa nem sequer o suspendeu ''a divinis'' e ainda há poucos anos a Hierarquia garantia que não tinha conhecimento de casos destes em terra de Santa Maria, apesar dum caso de pedofilia e assassinato dum menor, na Madeira, por um padre brasileiro, intímo do Bispo local, que se pôs em fuga pró Brasil.

O celerado continua a cantar missa no Rio.

As conclusões são óbvias, não aprenderam nada da lição magistral de Bento XVI, nem do rigor que pede para estes casos o Papa Francisco.

 

 

 

Havia mais coisas para dizer?

 

Houve um tal Lucas, fundamentalista cristão, que atribuiu a um galileu o conselho de colocar uma mó ao pescoço, de  quem abusar de criancinhas, e que os atirassem ao mar.

 

Uma justiça dum país laico, onde a pena de morte foi abolida em parte graças ao maçon D.Luís I, não pratica o feroz fundamentalismo hebraico.

 

Um Bragança maçon não é um galileu filho dum carpinteiro, o Bragança maçon era neto dum Imperador que de espada na mão libertou este país de inquisidores e de frades.

 

Mas a justiça dum país laico devia exigir a responsabilidade cível da Diocese da Guarda. Devia a Diocese responder por todos os prejuízos físicos e morais dos miúdos e pela incúria dos sucessivos Bispos que alegadamente protegeram o Mendes.

 

E que não ouviram as queixas das vítimas.

 

Noutra República já faliram dioceses devido a terem de pagar indemnizações. É o caso dos USA.

 

Fico à espera que a República Portuguesa faça justiça.

 

Naturalmente o Mendes tem direito à presunção de inocência, mas eu também tenho direito a acreditar que os juízes da Relação de Coimbra fizeram justiça ao condená-lo. E a achar que as medidas de coacção deviam ditar o seu ingresso imediato numa penitenciária.  

 

MA    

 

  



publicado por porabrantes às 11:47 | link do post | comentar

ASSINE A PETIÇÃO

posts recentes

Deveres de Cortesia: Um g...

Um grande trabalho de his...

A Guarda está muito longe

As aventuras do Rev.Padre...

arquivos

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

tags

25 de abril

abrantaqua

abrantes

alferrarede

alvega

alves jana

ambiente

angola

antónio castel-branco

antónio colaço

antónio costa

aquapólis

armando fernandes

armindo silveira

arqueologia

assembleia municipal

bemposta

bibliografia abrantina

bloco

bloco de esquerda

bombeiros

brasil

cacique

candeias silva

carrilho da graça

cavaco

cdu

celeste simão

central do pego

chefa

chmt

ciganos

cimt

cma

cónego graça

constância

convento de s.domingos

coronavirús

cria

crime

duarte castel-branco

eucaliptos

eurico consciência

fátima

fogos

frança

grupo lena

hospital de abrantes

hotel turismo de abrantes

humberto lopes

igreja

insegurança

ipt

isilda jana

jorge dias

josé sócrates

jota pico

júlio bento

justiça

mação

maria do céu albuquerque

mário soares

mdf

miaa

miia

mirante

mouriscas

nelson carvalho

património

paulo falcão tavares

pcp

pego

pegop

pina da costa

ps

psd

psp

rocio de abrantes

rossio ao sul do tejo

rpp solar

rui serrano

salazar

santa casa

santana-maia leonardo

santarém

sardoal

saúde

segurança

smas

sócrates

solano de abreu

souto

teatro s.pedro

tejo

tomar

touros

tramagal

tribunais

tubucci

valamatos

todas as tags

favoritos

Passeio a pé pelo Adro de...

links
Novembro 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11

17

26
27

28
29


mais sobre mim
blogs SAPO
subscrever feeds