Calhou falarmos da EICA. Pois um portal imobiliário anuncia a venda da Casa que foi residência do histórico Director da EICA, Sr. Dr.Américo Santo.
É por trás da CMA, no coração da velha Abrantes e a casa tem as qualidades e defeitos das residências burguesas do século XIX da nossa terra.
O portal diz isto:
''Área Terreno: 170m² Ano de Construção: 2014 A 'Casa do Professor' datada de fins do século XIX, mantendo ainda alguns elementos da anterior edificação que remonta ao século VIII, com estilo senhorial tem uma área total de 960 m2, compreendendo em cada piso 230 m2 e quintal com uma área descoberta de 170 m2, fica localizada no centro histórico da cidade de Abrantes (Ribatejo) é constituída por casa com três pisos e sótão. O r/c compreende: um verdadeiro espaço e polivalente amplo adequado para garrafeira, salão de jogos, atelier, arrumos com 205 m2 com teto em vigas antiquíssimas de madeira, biblioteca com escritório com 25 m2 e pequeno hall de entrada guarnecido a azulejos da época e garagem com capacidade para três viaturas. O acesso ao primeiro andar faz-se por escada em madeira, sendo o mesmo constituído por 5 salas, 1 casa de banho, 1 cozinha, 1 despensa, 1 quarto e acesso direto ao quintal com um grande terraço, árvores de fruto, espaços ajardinados, cisterna e anexos para arrumos. No segundo piso: 7 quartos, 1 casa de banho e cozinha. #ref:1846''
Só um pormenor duma das velhas cisternas, impecavelmente conservada, típica dos quintais duma vila escassa em água.
A forma como os proprietários conservaram a casa é uma prova de amor à cidade, que dá lições ao poder público e ao cónego das seringas.
A casa andou ainda associada à família do militar Abel Malhou Zúniga, que acho que estava ligada à do director da EICA.
Preço 300.000 euros, um bocadinho caro.
mn.
fotos dum portal imobiliário
Foi a EICA um viveiro de poetas?
Foi Lacão, o melhor poeta da EICA, como sugeriu a poética e doce Maria do Céu, certamente embevecida pelas estrofes nacionais-militaristas, em que o precoce vate fulminava os turras e cantava em versos de pé quebrado a gesta colonialista?
http://mundophonographo.blogspot.com/2008/05/guerra-descolonizao-e-
(ler sobre a repressão colonial um artigo interessante aí. E recordar que a UPA/FNLA, UNITA e MPLA têm as mãos tão sujas de sangue como as Forças Armadas de Portugal. Tempo de guerra é tempo de crimes, coisa que não significa que a maior parte dos soldados de Portugal não sejam Homens de Honra e que se tenham batido com bravura, sem participarem em atrocidades.)
A resposta ao entusiasmo poético da carrilhista Céu Albuquerque pode ser esta, quem é capaz de destruir o tecido urbano com isto:
também é capaz de gostar de mau versos, que neste caso não passam de propaganda fascista.
E ao dizer o que disse, mostra desconhecer a história da cidade e em particular a da EICA.
Em 1 de Maio de 1959, os alunos finalistas do primeiro curso da EICA publicavam esta interessante revista ''visada'' pelo Director da Escola, o saudoso Dr.Américo Santo.
Na revista há imensos dados sobre o corpo docente e discente da EICA, artigos dos alunos sobre uma grande variedade de assuntos, publicidade comercial, colaboração literária e naturalmente fotos dos finalistas, onde encontramos nomes conhecidos da cidade e não só, tal como vimos os nomes de alguns professores ainda felizmente entre nós, como é o caso do eng.Bioucas e da Pintora Maria Margarida Castel-Branco, mãe do nosso amigo António Castel-Branco.
Esta revista é um testemunho imprescindível para a história da EICA que devia ser encomendada (aqui admitimos um ajuste directo) ao antigo aluno e peticionário Doutor Jorge Pessoa Santos Carvalho.
Na colaboração literária há muita poesia do finalista Luís Pereira Eduardo, melhor que a do Lacão e sem histerismos fascizantes.
Quem é o Luís Pereira Eduardo?
Ao lado de abrantinos muito conhecidos, entres eles o peticionário Doutor Jorge Pessoa Santos Carvalho, de que não farei o elogio para ele não se zangar, mas que era a pessoa indicada para fazer a história da Eica ou pelo menos dos seus Poetas.
Miguel Abrantes
(1) Peço desculpa de não reproduzir todas as fotos disponíveis. Questão de espaço...
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