Como prometido publica-se artigo histórico de D.O. sobre o Montepio Abrantino.
Refira-se que Oleiro diz que em 1941 já estava feito o catálogo e o inventário do Arquivo do Montepio por Joaquim Maria Correia.
É uma pena que um Inventário deste arquivo nunca tenha sido publicado e as edições municipais deviam tratar disso.
Oleiro salienta que até 1941 o Montepio foi das únicas instituições abrantinas donde foi escorraçada a ''porca'' da política e que por isso conseguiu sobreviver (bem a Santa Casa que sempre esteve dominada pela política e era nesta época feudo de henriquistas também sobreviveu.)
Oleiro não resiste em fazer humor negro acerca dos ''ginastas'' do Montepio.
Deve salientar-se que ele foi dos corpos sociais nos inícios do século XX e conhecia bem a casa.
No Jornal assinala-se com delicadeza a participação do seu director ,o saudoso dr.Armando Moura Neves, na qualidade de legionário, acompanhado pelo ''chefe'' do Terço, Manuel Lisboa e D.Luís de Albuquerque no funeral da filha do Tenente-Coronel Costa, comandante distrital da LP.
Assinala-se a formatura em Farmácia do futuro militante do MUD, Dr. Álvaro Passarinho, que depois seria do CDS e Presidente do Sardoal nos finais da ditadura.
Magnífica a local sobre a Travessa do Teatro, onde o cacique fascista Henrique Augusto da Silva Martins, tio do Inspector Rosa Casaco, tinha instalado um mictório que provocava escândalo.
Imagino a cara de gozo do Diogo Oleiro quando verificou que a censura não cortara a local do mictório e se dedicou a imaginar a fúria do França Machado e do capitão Andrade ao ler a notícia.
MN
nr- transcreve-se recorte do Jornal do Solano, de 1885, onde este acusa os regeneradores de só multarem os pobres que infringiam as posturas, poupando os ricos. Coisa habitual.
No dia em que o ''licenciado'' Pinto de Sousa inaugurou o açudezinho de Abrantes, o António Balbino Caldeira era notificado de que passava a arguido por ter posto em causa que o Zé Sócrates fosse engenheiro.
É a coincidência abrantina que este velho post da Esquerda Net revela.
O poder local prestava vassalagem ao cacique-mor que inaugurava uma obra inútil.
Sobre a forma como o MP, vassalo e obediente ao poder socrático, usou da pressão como arma dissuasória contra vozes discordantes, escreveu o prof. Adelino Maltez:
Estão a imaginar o falecido Bispo de Aveiro, metido numa sala esconsa dum Palácio da Justiça, porque qualquer animal revestido dos ouropéis fátuos do poder embirrara com uma crónica ácida do Bispo, no Correio do Vouga?
Quando era padre da Diocese de Portalegre, o padre Marcelino dirigia, entre muitas coisas, grupos de casais católicos, estranha forma de ''apostolado jantante ecuménico''.
Não era ele que dirigia o grupo onde estava o dr. Esteves Pereira, Presidente da CMA. Era outro.
Mas dirigiu o grupo onde estava o eng. Octávio Duarte Ferreira e a mulher, a Senhora D.Maria Helena Duarte Ferreira, que ainda hoje continua no Tramagal a aplicar o pecúlio da família, lá na Vila, a fazer boas obras.
Quando me vêm pedir esmola natalícia pró cónego, prá misericórdia (que anda a esmolar para meter 6 janelas numa casa dada pelo dr.Armando Moura Neves à Sopa dos Pobres, organização que nada tinha a ver com a santa casa, antes das aventuras do Capitão Horácio), pró cria, lembro-me da obra da Senhora D.Maria Helena Duarte Ferreira, que sem pedir massas a ninguém, faz o Bem.
Diocese de Aveiro
Ter-lhe-ão escrito os bombeiros de Constância, dizendo que que querem ma$$as para meter umas retretes femininas em Santa Margarida da Coutada?
Estava a falar de D. António Marcelino, que também dirigiu um grupo de casais católicos onde andava o dr. Consciência. Deve ter sido aí que o Bispo se contagiou no fabrico artesanal de crónicas ácidas.
Mas D.António tinha uma vantagem sobre o dr.Balbino, estava protegido por uma mitra, e o poder socrático não se atreveu a processá-lo, com medo de levar com o báculo nos cornos.
MA
in Abrupto do Sr.Dr. Pacheco Pereira.
A minha falecida amiga D.Maria Luísa de Almada Albuquerque Moura Neves, viúva do Dr. Armando Moura Neves (o benemérito que pagou 1/2 da massa que custou a residência do Cónego Graça e deu ao Patronato Santa Isabel o edifício onde se encontra ), ainda me contou a peregrinação dos católicos abrantinos à estação da CP de Abrantes para agradecerem a Sidónio Pais a restauração da liberdade religiosa em Portugal.
Da mesma forma contou-me os enxovalhos que sofreu, menina e moça, por ser católica na Abrantes republicana. Só havia uma Igreja aberta (a da Santa Casa, porque era particular) e quem queria ir à missa tinha o fazer suportando os enxovalhos da canalha (não confundo canalhas com o povo) à entrada e à saída.
Não ouvi da boca da Presidente uma palavra para os católicos ofendidos pela política liberticida de Afonso Costa.
O seu discurso a 5 de Outubro de 2010 foi tão desastroso, como o seria um sobre 25 de Abril em que não se falasse das vítimas da Ditadura.
Resgatámos esta manchete histórica em homenagem aos bisnetos de Sidónio subscritores da petição.
E recordamos que o assassinato de Sidónio, como o de Sá Carneiro, D.Carlos e Delgado continua em grande parte por explicar.
Aos nossos leitores aconselhamos o recente romance de Moita Flores.
Boa Leitura.
Marcello de Noronha
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