No dia em que o ''licenciado'' Pinto de Sousa inaugurou o açudezinho de Abrantes, o António Balbino Caldeira era notificado de que passava a arguido por ter posto em causa que o Zé Sócrates fosse engenheiro.
É a coincidência abrantina que este velho post da Esquerda Net revela.
O poder local prestava vassalagem ao cacique-mor que inaugurava uma obra inútil.
Sobre a forma como o MP, vassalo e obediente ao poder socrático, usou da pressão como arma dissuasória contra vozes discordantes, escreveu o prof. Adelino Maltez:
Estão a imaginar o falecido Bispo de Aveiro, metido numa sala esconsa dum Palácio da Justiça, porque qualquer animal revestido dos ouropéis fátuos do poder embirrara com uma crónica ácida do Bispo, no Correio do Vouga?
Quando era padre da Diocese de Portalegre, o padre Marcelino dirigia, entre muitas coisas, grupos de casais católicos, estranha forma de ''apostolado jantante ecuménico''.
Não era ele que dirigia o grupo onde estava o dr. Esteves Pereira, Presidente da CMA. Era outro.
Mas dirigiu o grupo onde estava o eng. Octávio Duarte Ferreira e a mulher, a Senhora D.Maria Helena Duarte Ferreira, que ainda hoje continua no Tramagal a aplicar o pecúlio da família, lá na Vila, a fazer boas obras.
Quando me vêm pedir esmola natalícia pró cónego, prá misericórdia (que anda a esmolar para meter 6 janelas numa casa dada pelo dr.Armando Moura Neves à Sopa dos Pobres, organização que nada tinha a ver com a santa casa, antes das aventuras do Capitão Horácio), pró cria, lembro-me da obra da Senhora D.Maria Helena Duarte Ferreira, que sem pedir massas a ninguém, faz o Bem.
Diocese de Aveiro
Ter-lhe-ão escrito os bombeiros de Constância, dizendo que que querem ma$$as para meter umas retretes femininas em Santa Margarida da Coutada?
Estava a falar de D. António Marcelino, que também dirigiu um grupo de casais católicos onde andava o dr. Consciência. Deve ter sido aí que o Bispo se contagiou no fabrico artesanal de crónicas ácidas.
Mas D.António tinha uma vantagem sobre o dr.Balbino, estava protegido por uma mitra, e o poder socrático não se atreveu a processá-lo, com medo de levar com o báculo nos cornos.
MA
Estava o São Pedro à cunha como raramente se vira e na tribuna o dr. Mário Soares fazia o primeiro comício do PS cá na terra.
Soares andava a tratar da descolonização e falou nisso. Disse mais ou menos isto (cito de memória): ''Estive reunido em Bruxelas com o meu amigo Agostinho Neto e ele,que é um amigo de Portugal, disse-me que tinha muitas saudades nossas, especialmente de tomar uma taça de verde e de comer um pastel de bacalhau''.
gamado a meu petiscos
Nisto o meu amigo Alcino, de origem africana,solidário com o Neto, e com os povos ''irmãos'', levantou-se da plateia e subia a escada de madeira que unia o palco ao balcão e foi abraçar o dr.Soares, exprimindo atabalhoadamente o seu entusiasmo pelas amizades africanas do líder socialista.
Soares, político de raça, lá lhe deu um grande abraço, mas foi o cabo dos trabalhos para o separar do tribuno e o conduzir disciplinadamente à plateia.
Ah grande Alcino, instalador de gás de primeira!
Era 27 de julho de 1974, recorda a cronologia do Eduardo Campos.
O Rui Ramos diz num artigo certeiro que Soares foi um grande político de Oposição. Foi. E decisivo. E ficará na História como o lider menchevique que derrotou os bolcheviques em 1975. Disse a Kissinguer que não seria um Kerenski e não foi. E por isso lhe devemos estar agradecidos. Mas o soarismo também foi isto:
ou seja a partidocracia, mal não do PS, mas de todos os partidos lusitanos.
ma
ps-há uma boa crónica do dr. Eurico Consciência (líder socialista da época) onde evoca Soares dançando num dos típicos arraiais abrantinos de Verão, nesta noite de 27 de Julho de 74.
créditos: documento da Fundação Mário Soares
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)