Com a devida vénia ao Autor e à Barca a quem se felicita pelo 31º aniversário.
Segundo o Doutor Estevão de Moura há ''deslavados que tentam escrever a História d' Abrantes com apagões ao melhor estilo monopolista''
E ainda sobre aquela cronologia, que saiu no boletim publicitário Passos, aquando do centenário,em 2016 '' uma espécie de crónica do regime; coisas respigadas, sem critério, ou coerência de jornais (que não o esqueçamos eram censurados) e pouco mais'' .
Se bem me lembro, a Cronologia saiu anónima, mas as festas centenárias eram coordenadas por uma da comissão de faziam parte a Isilda, o Gaspar, o Candeias...
Mas há mais, parte dessa Cronologia é um claro plágio da obra de Eduardo Campos, como tive oportunidade de explicar por carta ao Dr.Luís Dias, para que o homem aprendesse....
‘’Existem no concelho 15 motos e 173 viaturas automóveis.’’ (página 40 do Boletim Municipal’’)
‘’Existem no concelho 15 motos e 173 viaturas automóveis.’’ (página 88 da Cronologia do século XX’’ de Eduardo Campos)
‘’João Alves Matias, ex-vereador da CMA,é preso por motivos políticos. A sua prisão origina o fim da publicação do jornal PRP,Baluarte’’ (página 40 do Boletim Municipal’’)
‘’João Alves Matias, antigo Vereador da CMA, é preso por motivos políticos. A sua prisão origina o fim da publicação do jornal PRP,Baluarte’’ ( página 89 da ’Cronologia do século XX’’ de Eduardo Campos)’’ (...).
Isto é mínima parte dos plágios ou seja clara violação dos direitos de propriedade intelectual do Eduardo Campos
ma
Em 1715, a CMA decidiu fazer obras nos Paços do Concelho e terminar com a imundície repugnante dos despejos, provenientes dos presos que estavam nos baixos do edifício e dos próprios edis.
Foi feito um contrato que previa ''finalmente fara um cano para as imundícias das cadeias que o encaminhará pela melhor parte que for da conveniência do povo e ruas dele'' e que foi publicado pelo Eduardo Campos, no artigo ''Nota sobre a Casa da Câmara'', que está a páginas 147-149 da monografia do Capitão Mourato. (1)
Isto, o cano, era uma novidade que muitas outras câmaras não tinham, despejando os dejectos na praça pública.
Para saber as vicissitudes dos Paços do Concelho, este texto do Campos é fundamental.
Para enquadrar a história deste edifício singular no panorama nacional, e verificar que a Praça do Concelho abrantina e o edifício filipino são monumentais para a sua época e mereciam melhor sorte (actualmente a torre do relógio está completamente desprezada, sinal da pouca importância que se dá nesta terra ao património e a escada de aparato (2) que existia foi destruída por edis incultos, ''in illo tempore'' )
convém ler a tese de Carlos Ferreira Caetano '' As casas da câmara dos concelhos portugueses e a monumentalizarão do poder local'' (Séculos XIV a XVIII)'', defendida na UNL em 2011. Que é excelente.
ma
(1) citação, com ortografia actualizada
(2) tese citada
Gosto muito de banda desenhada. A culpa é do Tintim e do Hergé, do Morris e do Lucky Luke, ainda do Gosciny e do Uderzo e do Astérix e assim por diante.
Imaginam uma tese sobre a História da II Guerra Mundial em que em vez dos livros de Churchill ou os documentos secretos de Staline se invocasse como ''fonte histórica'' as inolvidáveis aventuras do major James de Cook e Alvega, o às das RAF que matava nazis como se os bravos soldados do Reich (eram bons soldados e tinham bons generais, lembram-se de Rommel, a raposa do deserto????) fossem moscas?
Pois bem já há bastante tempo falámos aqui duma tese ....abrantina apresentada na Faculdade de Belas Artes, tese dirigida pelo Fernando Baptista Pereira e onde há agradecimentos para a nossa conhecida D.Ana Duarte Baptista Pereira e onde a banda desenhada é uma fonte histórica credível, além desse manancial erudito de informação que é a Wikipedia.
Pois bem a páginas do I Volume ) diz-se (...) ''Com esta carta surge a estabilização social, dando origem ao estabelecimento de igrejas e do núcleo a partir do qual Abrantes se viria a desenvolver (15)'' (....)
Refere-se a citação, a um texto extraído de '' in Campos, Eduardo; Morgado, Sara, História de Abrantes aos quadradinhos, 1ª edição, Porto, 1988, pag. 45
A carta a que se refere a Mestranda é o foral de 1179. E aí surge o erro.
Acontece que a tese de doutoramento do Prof. José Luis Martin, defendida em 1974 em Barcelona, se chama ''Origenes de la Orden Militar de Santiago 1170-1195'' e trata numas páginas de Abrantes.
O que defende está hoje largamente aceite pela historiografia lusa e já aqui foi mencionado. E foi aliás resumido em alguns artigos publicados no finado Primeira Linha (inclusive algum do malogrado Eduardo Campos que desconhecia o que revelava Martin quando começou a escrever sobre História de Abrantes, apesar de ter começado a escrever História de Abrantes muito depois do Martin se doutorar e de publicar o seu trabalho).
O que o Eduardo disse em 1988, corrigiu-o depois, mas a drª Chaleira não deu por isso e resolveu fundamentar a sua posição em história aos quadradinhos......
É uma posição inovadora, que deixará desconcertada a Academia, mas deve ser produto da orientação do.....orientador, que está a orientar o Cavaco
As teses devem ser feitas com documentos autênticos, consultados em primeira mão se possível (coisa que aproveitaria a algum ''especialista'' dos Almeidas como veremos quando houver pachorra) ou em colectâneas de confiança e não com coisas sacadas da wikipedia ou da BD
Parece-me que há na rede o original ou transcrição medieval da doação de Afonso I aos Cavaleiros de Santiago de Abrantes. Doa aos Cavaleiros mas na pessoa do seu sobrinho o galego Rodrigo Álvarez, galego mas de estirpe régia.......
Pedido de confirmação ao Papa Inocêncio III da posse de Abrantes pelos cavaleiros de Santiago (1180)
Se a cara drª Chaleira ou o erudito Orientador se derem ao trabalho de traduzirem o latim do tabelião verão que os Cavaleiros dizem que ao Papa que em Abrantes há várias Igrejas, algumas certamente fundadas por eles entre 1173 e 1180.
Portanto não surgiram do nada a partir da outorga do foral de 1179, documento aliás saído da disputa entre a Coroa e os Cavaleiros de Santiago pela posse da povoação e fortaleza de Abrantes
Todas????
Afonso Henriques diz em 1173 que doa o Castelo de Abrantes aos Cavaleiros. Um Castelo afonsino sem Igreja ou Capela, cheira-me a esturro. Tinha de haver templo religioso dentro das muralhas conquistadas pela espada de Afonso I
Ou se calhar havia antes, porque nada nos garante que não houvesse comunidade moçárabe dentro das muralhas abrantinas sob dominação sarracena.
Em Lisboa até havia um Bispo sob domínio mouro....quando D.Afonso a conquistou..
Poderia (e talvez o faça) voltar a este tese da Drª Charneca, mas o moral da história é clara.
Um orientador tem de saber orientar. E não se orienta uma tese transigindo com bibliografia aos quadradinhos ou com dados retirados da wikipedia, como é o caso do mapa do concelho, referido na página 18..
MN
documentos reproduzidos extraídos da tese de doutoramento do ilustre Historiador José Luís Martin
PS-O livro aos quadradinhos de Abrantes e a sua história é uma publicação estimável para divulgação e para miúdos e não para investigação universitária.....
A frase referente à greve, foi escrita ''ipsis verbis'' por Eduardo Campos, a páginas 51 da Cronologia de Abrantes, ed pela autarquia.
Os direitos de autor pertencem aos herdeiros de Eduardo Campos, como já explicou uma entidade oficial a um tipo chamado Luís Dias, que como os outros não tem o mínimo respeito pelo trabalho dum investigador sério que deu o melhor de si a Abrantes.
Esta gente rouba a propriedade intelectual, apropria-se do trabalho alheio, não respeita quem trabalhou por Abrantes.
É duro o que se escreve?
Não, é demasiado diplomático, porque a acção desta gente a favor do plágio é reiterada.
Um dos ignorantes escreve no seu curriculum que é ''investigador credenciado''.
Pode acrescentar chefe dos 'plagiadores encartados''.
ma
Neste artigo de 2008, chez ''Expresso'', o José Pedro Castanheira analisa os cuidados da censura com Francisco Pinto Balsemão, milionário, Advogado, deputado da ala liberal e director do semanário referido.
Entre o material capturado pela DGS figurava uma carta enviada pelo semanário abrantino, ''Correio de Abrantes'', dirigido pelo dr. Eurico Consciência, com um questionário para uma entrevista.
Em 1975, em plena euforia do PREC, o ''Correio'' adoptava uma linha sectária, sendo boa parte dos escritos saídos da pena do Eduardo Campos.
Segundo o estatuto editorial '' O C. de A. será um jornal socialista, eliminando por isso todos os textos, que do ponto de vista dos seus redactores, prejudiquem os rumos socialistas''.
Portanto Pinto Balsemão não podia ser nunca lá ouvido, primeiro por causa da polícia fascista, depois porque tendo fundado o PPD, não era um verdadeiro socialista.
ma
Este livro foi editado pela CMA por esforço de Eduardo Campos, que pediu ajuda ao saudoso Dr.José Vasco.
Neste estudo sobre Manuel Constâncio, Candeias Silva mete o livro na bibliografia e reproduz a capa, sem citar nem José Vasco, nem Eduardo Campos.
Não é novidade, é evolução na continuidade.
mn
imagem da Livraria Suméria, um bom alfarrabista
Eis o Doutor Candeias Silva, garboso, segurando a obra . ''Foral concedido a Abrantes por D.Manuel I em 10 de Abril de 1518, edição diplomática de Eduardo Manuel Tavares Campos,''
Tendo em conta que passou muito tempo a ocultar a obra do Eduardo....
nome que não podia figurar por exemplo nesta bibliografia inserida no opúsculo ''Abrantes na Expansão Ultramarina'' .........teremos de comentar que segurar a obra do Eduardo será para ele um pesado fardo....
ma
A maior procissão de Abrantes, pelo historiador Eduardo Campos desmedalhado pelo caciquismo.
Pub na Nova Aliança
ma
Diz o excelente jornalista que é o sr.José Gaio no Médio Tejo....
Ora o livro citado é da autoria do Eduardo Campos e da Sara Morgado...
E as teses do Eduardo Campos
que seguem Alexandre Herculano (numa má leitura) sustentam que Abrantes não foi conquistada, mas que foi fundada por Afonso Henriques (veja-se Notas sobre a Fundação de Abrantes.)
mn
Era 15 de Janeiro 1923. O deputado monárquico Artur Virgínio de Brito Carvalho da Silva increpa o Governo:
(...)Aproveito ainda, Sr. Presidente, a ocasião para protestar contra os factos que se passaram em Abrantes e Oliveira de Azeméis a quando da posse das câmaras municipais, em que teve de intervir a fôrça pública para impedir que os eleitos do povo tomassem conta dos seus lugares.(...)
Que se passara???
Segundo o Eduardo Campos (1): Justo Rosa da Paixão
que fora Presidente anterior da Câmara e era um dos homens do Partido Democrático, é eleito presidente da Assembleia Deliberativa mas recusa-se a dar posse à Vereação com o pretexto de questões sub judice acerca da inelegibilidade dalguns dos candidatos.
O Administrador do Concelho manda 12 GNRs evacuar a sala, face aos protestos dos eleitos da Oposição Monárquica, dos radicais da extrema-direita do Integralismo Lusitano, cujo chefe político era....
Henrique Augusto da Silva Martins.....
Tudo cheira a golpada do delegado dos democráticos, Justo da Paixão.
As eleições tinham sido ganhas pelos democráticos, sendo António Farinha Pereira o mais votado. Além dos candidatos do PRP, houve candidatos liberais e integralistas (dr.David Serras Pereira,França Machado, João Henrique Alves Ferreira e Henrique Augusto Silva Martins.)
Mas havia acusações de fraude eleitoral nas Mouriscas, alegadamente praticada pelos integralistas e este homem assaltara a Câmara, para roubar documentação entregue pelos integralistas.
Pelo qual o Senado da Câmara o declara impossibilitado de ser Vereador. Trata-se do célebre Valente da Pera, que ainda seria militante do PS abrantino, já muito velhinho, depois do 25 de Abril.
Era face a esta confusão, que António Maria da Silva
Presidente do Conselho, é interrogado e promete '' Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar que ouvi com atenção as considerações feitas pelo Sr. Carvalho da Silva, relativamente à posse de algumas Câmaras Municipais, e devo dizer que o Governo vai apurar o que há de verdade a tal respeito, pedindo depois as responsabilidades a quem de direito e nos termos legais.''.
A 22 de Janeiro a crise parece sanada, António Farinha Pereira é eleito Presidente, mas toda a política da época vai ser atribulada, com tiros e agressões inclusive.
Os nomes da Oposição integralista são os nomes do futuro. Excepto David Serras Pereira que morre cedo, os outros irão governar Abrantes nos anos 30 e durante metade da década de quarenta.
Ainda não encontrámos o apuramento de responsabilidades prometido por António Maria da Silva.
mn
(1) Seguimos a Cronologia do Eduardo Campos para o ano 22 e 23. É o único estudo decente que há sobre a época. O resto não é grande coisa. A Cronologia do Eduardo Campos (Cronologia de Abrantes no século XX, Abrantes, 2000) continua a ser a base de dados necessária para começar a esclarecer qualquer questão abrantina desta época. E a nossa dúvida nasceu das acusações lançadas pelo Carvalho da Silva ao ''premier'' da época
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