Com a devida vénia ao Diário de Aveiro, que recordou o homem que dirigiu a criação da indústria química em Alferrarede
Faleceu o Eng. Fernando Mendes, que teve um papel relevante na indústria química portuguesa
quarta, 12 abril 2017
Faleceu na passada segunda-feira em Lisboa, com 93 anos, o Eng. Fernando Mendes que, na segunda metade do século passado, teve um papel de grande relevo no desenvolvimento da indústria química portuguesa. O Eng. Fernando Pereira da Costa da Silva Mendes nasceu em 1924 no Porto e formou-se em Engenharia Químico-Industrial no Instituto Superior Técnico em 1948, ano em que entrou no Grupo CUF, principal grupo industrial português de então, que ajudou a desenvolver. Teve uma acção muito importante na construção e no arranque da fábrica de ácido sulfúrico da UFA-União Fabril do Azoto, em Alferrarede, no início dos anos cinquenta, e de 1955 a 1966 foi responsável pela Área de Adubos da CUF, no Barreiro. Foi Administrador da Sociedade Portuguesa de Petroquímica, o fabricante do gás de Lisboa, de 1966 a 1969, e Administrador-Delegado da UFA-União Fabril do Azoto de 1969 a 1972. Foi ainda Administrador da petrolífera SONAP, cargo que ocupou até à sua nacionalização em 1975 e subsequente integração na Petrogal. Nesse ano, rumou ao Brasil, tendo gerido o segundo maior fabricante brasileiro de Adubos, a Empresa Adubos Trevo, possuidora de cinco grandes fábricas espalhadas no território. Regressou do Brasil em 1984 para presidir à Administração da Alco-Algodoeira Comercial e Industrial e foi Administrador da Uniteca-União Industrial Têxtil e Química até 1993, ano em que se reformou. Continuou sempre muito interessado nos desenvolvimentos da economia portuguesa, da indústria química e da indústria produtora de bens transaccionáveis. Era viúvo de Elsa Maria Ziskoeven Teixeira Mendes e pai do Eng. Fernando Manuel Teixeira Mendes, de Elsa Maria Teixeira Mendes, de Maria Teresa Teixeira Mendes e de Miguel José Teixeira Mendes. Será celebrada missa de corpo presente, hoje às 14 horas, na Basílica da Estrela, em Lisboa, seguida do funeral para o cemitério da Galiza, no Estoril