foi em 1976,por apoiar Otelo Saraiva de Carvalho às Presidenciais
a notícia chegou à Imprensa Internacional, donde se transcreve
A contestação do Advogado abrantino à medida inquisitorial foi um dos mais divertidos e bem escritos documentos políticos que li.
A ver se o publicam.
Hoje o PS está cheio de otelistas reciclados.
Uma série de tipos, como o Sr.Carvalho apoiaram um candidato pouco prestigiado da Direita (que terminou logo a seguir no PSD), chamado Fernando Nobre contra Manuel Alegre e não foram sequer processados.
O Manuel Dias cedeu a loja para montarem a sede do direitista Nobre e também não foi processado.
Finalmente nas resenhas biográficas já publicadas, diz-se que foi membro da AM de Abrantes, como independente.
Mas omite-se que foi eleito nas listas do PSD ao lado dum nome ilustre,
o dr. João Manuel Esteves Pereira, o último Presidente da CMA do Estado Novo.
Um dia disse-me: '' João Manuel Esteves Pereira foi o melhor Presidente da Câmara destes tempos''
Pouco depois, os dois demitiram-se da AM porque não estavam para aturar aquilo. Há uma série de artigos do dr.Consciência, pela época, explicando, sarcástico, que não se deve chamar ''deputados municipais'' aos vogais dessa instituição.
Eurico Consciência foi mandatário da candidatura a Presidente do Eng. Marçal, esmagada nas urnas, devido aos erros abissais deste candidato.
Quanto ao autor da queixa contra o Advogado, o Dr. António Bandos disse-nos uma vez ( o Mário Semedo também estava sentado, no Chave de Ouro, bebericando uma bica e um bagacinho) que ignorava quem era o delator.
ma
foto: Jornal de Alferrarede
Comentava outro dia o Mirante que no distrito havia falta de coveiros e que as autarquias pensavam privatizar o serviço. Em Abrantes não há falta de coveiros, como se prova pelo documento anexo, nem sequer de coveiras em sentido político porque a gestão da D.Céu, a mando da chefa não é mais que uma cavadela quotidiana para enterrar a nossa terra.
Conta ela no seu executivo com a ajuda prestimosa e super-competente da Tia Celeste Simão, porque 2 mulheres sozinhas não bastavam para abrir a cova onde nos querem enterrar.
Pelos vistos as 3 elegantes coveiras necessitavam de mais ajuda e abriram concurso para a admissão de mais pessoal do ramo.
Ganhou o almejado posto não o Sr.Nelson Carvalho com tanta experiência no ramo comercial de coveiro político do concelho, mas o Sr. Hugo Miguel Pacheco Rodrigues.
Devia ser que o concurso só admitia pessoas com grau de conhecimentos limitados nesta funérea área, em que o Sr.Marçal também é um grande especialista, pois foi o coveiro político do PSD de Abrantes, enterrando politicamente o Sr.Dr. Humberto Lopes, ao impedir a sua reeleição, com a atenta colaboração da carpideira da Amoreira, especialista em derramar lágrimas de crocodilo em eventos fúnebres como se viu outro dia no funeral do falecido cacique Botas de Santarém.
Com efeito, o Sr.Nelson Carvalho tem tanta experiência nesta área que me espanta não o terem contratado, enquanto boy, para Director-Geral do Cemitério de Santa Catarina, cuja patente lhe pertence.
Espanta-me ainda, analisando o resultado do concurso, que a igualdade de género aqui não tenha funcionado e se tenha chumbado ilegalmente a Srª D. Maria Helena dos Santos Catita com base numa o), que tem de ser dada por inexistente porque no acto formal de publicação de resultados não se especifica em que consiste e devia ser especificada, porque qualquer acto administrativo tem de ser fundamentado e este não é, neste parte, sendo portanto anulável.
Como as coisas nunca são o que parecem, mas aquilo que está por trás elas, por exemplo a Céu apesar de Presidenta não manda na Câmara mas quem mais ordena é quem está por trás dela, ou seja a rústica chefa, verifica-se que o sábio que alcançou a estimável nota de 15, 96 valores em covais, campas, sepulturas, cinzas, jazigos, flores naturais, música fúnebre, ossos, cadáveres incorruptos e corruptos, talhões para antigos combatentes (como o Armando Fernandes), talhões para pacifistas, múmias, caveiras, etc, o Sr. Hugo Miguel Pacheco Rodrigues o vencedor do concurso, já era assistente operacional na CMA em 2008 (não sei se já operando com caixões) e simultaneamente era também bombeiro na CMA.
web bombeiros municipais
Irá acumular as 2 funções?
Imaginemos que dá o badagaio a um ancião de Lagarelhos, exilado em Abrantes, por excesso de colesterol, galeguice culinária (os galegos nunca usam azeite, temperam a comida com banha, daí serem candidatos ideais a morte precoce por over-dose de banha) e glutonaria ordinária, e o nosso Hugo está abrir a cova para enterrar o gajo, enquanto a viúva e o filho choram muito, nisto toca a sirene dos bombeiros e o Hugo, para cumprir o seu dever cívico, abandona o galego, o padre (os galegos exigem sempre padre no enterro que lhes deite água-benta na pança para se protegerem na outra vida das ‘’meigas’’, que são as bruxas lá das berças.....)
Faria o Hugo o seu dever, porque primeiro é preciso cuidar dos abrantinos vivos e depois enterrar os galegos.
Emigrante de Lagarelhos, morto no Brasil, por over-dose de produtos tóxicos não apropriados à sua avançada idade. Antes mudara de apelido para esconder o seu parentesco com um criminoso. Privara muito com o sr. Inspector Rosa Casaco durante a sua estadia em Terras de Vera Cruz por ambos terem familiares chegados em Abrantes.
Desejamos ao Hugo as melhores felicidades no seu trabalho cemiterial de ajuda ‘’operacional’’ à política de enterrar Abrantes da chefa e remetemos o leitor para os avisos mais que eloquentes que o dr. Santana-Maia e o dr. Belém Coelho têm vindo a fazer sobre a forma atípica e ‘’peculiar’’ como se fazem concursos ‘’públicos’’ nesta terra.
Finalmente felicitamos a Chefa pelo Sr. Hyusmen Halil Halil ter sido liminarmente chumbado ao abrigo da estranha alínea a). É uma boa medida preventiva, com este nome de certeza não era pegacho e além disso podia enterrar os abrantinos virados para Meca.....
Miguel Abrantes com Edite Fernandes (natural de Vinhais mas não da Póvoa dos Galegos) para o contacto com o Sr.Comandante dos Bombeiros que ao verificar que a Edite não tinha bigode, como a generalidade das mulheres de Vinhais, lhe prestou amavelmente os esclarecimentos pedidos.
Em Anexo
Aviso n.º 18709/2011
Procedimento concursal comum de recrutamento para o preenchimento de um posto de trabalho para a carreira e categoria de assistente operacional (funções de coveiro)
Em cumprimento do disposto no n.º 6 do Artigo 36.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22/01, torna-se pública a Lista Unitária de Ordenação Final do Procedimento acima referenciado, aberto por aviso publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 27, de 8 de Fevereiro de 2011, a qual foi homologada por meu despacho datado de 12/08/2011.
Lista Unitária de Ordenação Final
Candidatos aprovados
Hugo Miguel Pacheco Rodrigues - 15,96 valores
Candidatos excluídos
Álvaro Manuel Salgueiro Alves a)
Eduardo Paulo Lopes Aldeias b)
Fábio Mendes Lopes Dias b)
Henrique Gil Fortuna d)
Hyusmen Halil Halil a)
José Alberto Lopes da Silva d)
José Gabriel Serra Rosa b)
Maria dos Anjos de Matos Paiva c)
Maria Helena dos Santos Catita o)
Narcisa da Conceição Rosa Catita d)
Vítor Hugo das Neves Ferreira d)
Motivos de exclusão:
a) Por não apresentarem fotocópia legível do certificado de habilitações, ou documento idóneo, conforme indicado no ponto 7.4 do aviso publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 27, de 8 de Fevereiro de 2011;
b) Por não possuírem o nível habilitacional de grau de complexidade funcional 1, estipulado na Ref. 6, do n2 6.1 do aviso publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 27, de 8 de Fevereiro de 2011;
c) Por não terem comparecido a prova escrita de conhecimentos;
d) Por terem obtido classificação inferior a 9,5 valores na prova escrita de conhecimentos.
12/08/2011. - A Presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque.
305095746
in Diário da República
Verificamos com desgosto que o grande investimento da CMA, o Aquapólis é um deserto.
Haverá solução?
Será por causa de haver um lago estagnado de águas fecais?
Não, as praias de Goa de onde acaba de telefonar a prima da Suzy de Noronha, a Ana, estão cheias de turistas apesar dos esgotos de Pangim e das outras localidades despejarem alegremente merda luso-indiana nas areias decoradas com coqueiros.
Vimos respeitosamente sugerir à Dona Chefa que mande a Céu importar de Goa 10 destas vacas sagrdas para as pôr a pastar no Aquapólis, como forma de chamar turistas.
No novo Parque de Campismo pode ser instalada a vacaria.
No caso de autarcas com falta de experiência no tratamento de gado bovino, lembramos que o Sr.Manuel Dias, ex-vereador do PCP, era o homem que tratava das vacas na Escola Manuel Fernandes.
No caso de não saberem onde ele mora, pedimos para telefonarem ao eng.Marçal, que poderá informar, dado que o Dias vive numas casas que eram propriedade da falida empresa Apolinário Marçal e foram à praça quando aquilo foi para o buraco.
Miguel Abrantes
Avisamos a Senhora Ministra porque vimos no Jornal de Notícias que 7 PJs incomodaram o Sr.Catarino, vai a fotografia para melhor identificação,
foto J.Notícias
indo inclusive bisbilhotar em sua casa, ora é sabido de todo o Distrito que o Sr. David Catarino é um homem de bem, ex-autarca, grande apoiante de Passos Coelho, ex-dirigente do Turismo de Fátima e opositor político dum tal Fonseca que roubou ao PSD o Altar do Mundo ou seja Fátima.
O Sr.Catarino fez parte como o nosso amigo José Eduardo Marçal da Comissão de Honra de apoio a Passos Coelho a nível do Distrito de Santarém.
Havia várias Comissões mas é notório que um Cidadão que faz parte duma Comissão de Honra Distrital é uma pessoa honrada caso contrário não fazia parte dela.
Temos informação de que nessa Comissão também estava o eng. técnico Hermínio Martinho por ser pessoa honrada e não deixámos que em qualquer Comissão de Honra houvesse naturais de Lagarelhos, por ser a terra natal do Armando.....
Vara.....
tendo por isso prejudicado sociais-democratas inocentes.......
Além do mais num momento crucial em que a Pátria necessita de auxílio divino, precisando pois da intercessão de Nossa Senhora de
Fátima e das divisas ou euros deixados pelos emigrantes e turistas nas arcas do Santuário e do nome da terra já estar infamado por se venderem lá camisolas do Cristiano Ronaldo (que tem um filho sem estar casado pela Igreja), como acertadamente anunciou o ex-militante social-democata Sr.João Pico ou por ser dirigida pelo Fonseca e não pelas famílias piedosas tradicionais, é de má política andar a pôr em causa o nome de Fátima.
Além do mais quando a PJ veio a Abrantes, entre outras coisas, devido ao súbito enriquecimento do Sr.Eng.Júlio Bento, não foi vasculhada nem a casa do Dr.Nelson Carvalho nem sequer o seminário onde estudou ou o café onde costuma tomar a bica.
Há assim um agravo comparativo no tratamento dum homem honrado, grande social-democrata, e no de Nelson Carvalho.
Pedimos à Srª Ministra que ponha cobro a esta situação e mande a PJ incomodar pilha-galinhas, ciganos, emigrantes ilegais, casas de passe e deixe de
Um grupo de católicos apoiantes de Passos Coelho
Recebemos com pedido de publicação este manifesto dirigido a Sua Excelência a Ministra da Justiça, Drª Paula Teixeira da Cruz, que publicamos com o maior gosto.
Marcello de Noronha, da Obra
créditos da Capelinha das Aparições: réplica construída no Brasil, em Caxias do Sul pela conceituada empresa Soprano, prova da projecção de Fátima nas economias emergentes como o Brasil
Publicamos de seguida um documento revelador: a convocatória de 16 de Abril da seita marçalista, naturalmente assinada por Pedro Marques, homem da confiança do filho do dr. Ruivo da Silva, desde os alegres tempos em que a Construtora Apolinário Marçal ainda não dera o estouro ....
Como se pode ver no texto anexo a ''Assembleia de Secção'' é convocada apenas para ''análise da situação política''.
Como se sabe, Santana-Maia não é membro desta secção.
Se lhe queriam montar um julgamento popular à maneira abandalhada do gonçalvismo mais primário, o mínimo que havia a fazer, era especificar na ordem de trabalhos o que se ia discutir e chamar o ''acusado'' para que se pudesse defender.
Até aos tribunais plenários do fascismo, ouviam os acusados, apesar da pena já estar ditada.
Naturalmente não fizeram isso, prova das convicções ''éticas'' desta tropa alaranjada.
Um julgamento popular é uma caricatura de justiça e por isso só merece ser representado através dum cartoon
julgamento popular à brasileira in café com história
Ditada a sentença, para satisfazer o cacique, comunica-se a coisa em primeira mão à rádio da Voz da Dona, em vez de notificar o Vereador da pena aplicada.
Com isto estão definidos, se não o estavam já antes.....
Devo continuar a falar da coisa ou recordar a máxima de Óscar Wilde citada por Santana Maia?
Concluindo por agora, porque o assunto tem pano para mangas, essa corja (obrigado, Camilo) trabalha para a Maria do Céu Albuquerque ou seja para a marionete que está nas mãos da Chefa....
Miguel Abrantes
As autoridades municipais resolveram montar um bodo não aos......
trabalho que está delegado na Igreja Católica e noutras corporações religiosas......
canstockphoto.com.br
para isso levaram os senhores jornalistas a visitarem
as obras municipais.....
''a mais importante obra de Nelson Carvalho:
mudar o pelourinho da Raimundo Soares para a Ferraria....''
Não consultei o itinerário da excursão promovida pela Presidente,
mas um jornalista
disse-me que não tinham ido ver......
as obras da RPP.....
-
Porque seria?
Já se esqueceram deste aparato?
Ou anda a Presidente com falta de memória como o eng. Marçal?
Terei de concluir que a ex-simpatizante de Pedro Marques adquiriu
os maus hábitos dessa tribo.....
miguel abrantes, da Loja Raul Rego e da Petição
''Salvem São Domingos''
Créditos RPP : www.skyscrapercity.co
Em consequência da ponte abrilista, foi suspensa a nossa secção de folhetim
Ao seu herói e nosso amigo
Sr. Eng. Marçal e todos os leitores que não param de nos chatear com e-mails dizendo:
Queremos o folhetim!!!!
Aqui vai o 4º fascículo, com a promessa que isto ameaça tornar-se numa
fotonovela como esta:
/unipmarques.files.wordpress.com
Se bem estão lembrados o ex-inspector da PJ e actual Presidente da CMS
tinha desancado a lista de João Moura para a distrital, numa prosa que misturava a salutar ironia do Eça com uns pózinhos de matraca camiliana
in o Mirante
Sendo um autarca para todo o serviço, respondendo em qualquer momento aos pedidos do povo de Santarém, Moita ainda tem tempo para a TV e para escrever livros como o magnífico
(esperamos que o eng. já o tenha lido)
Dizia na carta citada, Moita:
''Dizem-me que conseguiu com a sua grande capacidade doutrinária convencer um presidente de câmara a deixar de apoiar a outra candidatura a troco de um lugar de eurodeputado. O homem terá percebido a profundidade da sua doutrina e, de imediato, trocou de posto de combate. ''
A isto respondeu com uma prosa um bocadinho mais banal, o social-democrata de Ourém João Moura:
notícias de Ourém
Dr. Francisco Moita Flores
Ilustre Presidente da Câmara Municipal de Santarém
O meu prezado amigo enviou-me uma carta, através da comunicação social. É – tem sido – um hábito seu, que cultiva e que respeito.
Confesso-me surpreendido com o seu memorando. Não, que não considere legitimo o seu desagrado com este projecto político, que tenho a honra de liderar, mas por nada me levar a suspeitar que tal o poderia exasperar. Lembra-me a minha memória que foi o Dr. Moita Flores, uma das vozes a criticar e motivar a mudança no distrito Santarém. Talvez esteja errado, talvez tenha ouvido mal. Perdoe a minha dureza de ouvido se tal se confirmar.
Compreenda que a prosa não é minha especialidade e por tal, não me levará a mal tender uma resposta mundícia, à designada, “A carta dirigida por Moita Flores, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, a João Moura, candidato à Comissão Política Distrital do PSD”, enviada hoje, pela Direcção de Campanha de Vasco Cunha a muitos militantes do distrito de Santarém, tornando-a pública. Sei agora a consideração e respeito que nutre pela minha pessoa, pois inclusivamente muitos a receberam primeiro que eu, mas adiante.
A carta do Dr. Moita Flores é um mau contributo para a discussão de ideias e projectos que o PSD do distrito de Santarém deve e tem de fazer. Porque este apoiante da outra candidatura decidiu pessoalizar o seu ataque, não contribuindo com uma única ideia positiva e construtiva para o futuro do distrito de Santarém. Os militantes do PSD não esperam este tipo de atitudes, estão saturados desta forma de fazer política, estão cansados da retórica moral de quem não é, para todos os efeitos, militante filiado no partido, apesar de se não dispensar de ir opinando sobre a sua vida interna com certa regularidade.
Na sua prosa habitual de conto literário para adaptação a mais uma série televisiva, o Dr. Moita Flores é fiel ao seu estilo: vem com mais um dos seus "discursos pachorrentos, lacrimantes e aquém da lógica factual", denotando uma falsa superioridade intelectual.
Reconheço no Dr. Moita Flores um homem culto, respeitado e frontal. Porém, a sua meteórica chegada ao campo da política, associada à presença constante nas televisões para comentários de criminologia, tê-lo-á feito alimentar expectativas superiores às que são possíveis de realizar. O Dr. Moita Flores cometeu aqui um erro: confundiu visibilidade e exposição com referência e liderança.
Insatisfeito por se terem gorado as suas diligências junto do líder nacional para que uma sua colaboradora pudesse fazer parte da Comissão Política Nacional, vem agora despejar a sua fúria em cima de companheiros do PSD que não conhece, pela simples razão de que não foi por eles ouvido ou os ouviu, não sendo possível generalizar um grupo de militantes, de modo grosseiro, catalogando-os todos com o mesmo rótulo. Tomou a nuvem por Juno.
Ora o Dr. Moita Flores, ao que fez parecer na qualidade de juiz da indignação e da birra, deverá à boa moda do Ribatejo, de que se diz e muito bem, fervoroso defensor e adepto, pedir contas a quem de direito.
Será a mim que quer pedir contas?
Santo homem, que mal lhe fiz eu?
Que mal lhe fez o projecto político que represento?
Algum ódio de juventude, por quem?
O Dr. Moita Flores cometeu outro erro, que não consegue nem pode provar: não foi feito convite nenhum para lugar de eurodeputado a troco de apoio algum. Houve o convite feito a um Presidente de Câmara prestigiado para aceitar ser candidato a Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, o que este aceitou e muito nos honrou. Esse convite foi-lhe efectuado pelo Engº José Eduardo Marçal, candidato a Presidente da Mesa da Assembleia Distrital. Esta sua frase, infundada, caluniosa, ofende um colega seu Presidente de Câmara Municipal, na sua dignidade pessoal e institucional, na sua honra, por admitir que este se deixou vender e trocou convicções por conveniências.
Para o Dr. Moita Flores, parece que há o PSD bom e o PSD mau. Para ele, quem apoia Miguel Relvas, Vasco Cunha e Mário Albuquerque é genuíno e bem intencionado; ao contrário, quem apoia José Eduardo Marçal, João Moura e Rui Paulo Calarrão é mal intencionado, foi comprado ou possui má consciência. A vida não é assim e o Dr. Moita Flores deveria ter a obrigação de o saber.
A tentativa de menorizar os candidatos de uma lista que se propõe aos órgãos distritais de um partido onde o Dr. Moita Flores não milita não surte os seus efeitos: não ofende quem quer, ofende quem pode e o Dr. Moita Flores, pura a simplesmente, não pode.
De Natal em Natal se constrói o futuro e está o Dr. Moita Flores muito bem informado, ou melhor, bem mal informado do que se passa em casa alheia. E pasme por esse seu triste paragrafo, não me merecer sequer grande comentário. A verdade está registada, e esse não foi sequer um dia de véspera. Foi um dia de grande actividade politica; o acto eleitoral com maior mobilização na história da JSD distrital e que merece ser respeitado.
O Dr. Moita Flores é um poço de contradições. Na campanha das eleições directas assumiu o apoio frontal ao Dr. Luís Filipe Menezes, tendo sido seu empenhado apoiante. Ouvimo-lo atentamente em dois jantares: em Fátima, mais restrito e em Santarém, aberto aos apoiantes e à comunicação social.
No jantar de Fátima, o Dr. Moita Flores criticou o comportamento dos barões, falsos barões, condes e viscondes do PSD e, em particular referindo-se a Santarém, disse que era tempo de acabarmos com aqueles que fazem parte do bloco central de interesses e conveniências, que estão interessados em que o PSD desça até resultados eleitorais baixos, embora mantendo-se com acesso aos negócios de Estado e que, à mesa do Gambrinus ou do Hotel Ritz têm acesso a esses grandes negócios, deles beneficiando. Disse mesmo que esses dirigentes usufruem também de passaporte diplomático para manterem os seus negócios na América do Sul. Só faltou dizer os nomes das pessoas a quem se dirigia. Agora, insatisfeito por se terem gorado os seus intentos, despeja a sua fúria sobre aqueles que estavam consigo ao lado do Dr. Luís Filipe Menezes. Sabe o Dr. Moita Flores que eu sei, que estaria do lado da luta pela mudança no PSD do distrito de Santarém, se o cabeça de lista à Comissão Política Distrital fosse o nome por si indicado.
O Dr. Moita Flores tem vindo a dar a entender que não se quer recandidatar à Câmara Municipal de Santarém. Já o dizia antes das eleições directas, em Julho do corrente ano, criticando na altura os dirigentes nacionais e distritais do PSD, estes últimos agora apoiados por si. Qualquer que seja a sua vontade, aceitá-la-emos. Contudo, não aceitaremos que nos use como desculpa, pelo facto de, como acredito, irmos vencer as eleições. Não é por nós nos candidatarmos e podermos vencer as eleições que o Dr. Moita Flores deixará de ser recandidato à Câmara Municipal de Santarém. Se isso suceder será por sua livre opção.
Não guardamos rancor nem mágoa ao Dr. Moita Flores. Connosco, se o Dr. Moita Flores quiser ser candidato a novo mandato, terá o nosso apoio institucional. Se não o quiser ser, teremos de começar a trabalhar o quanto antes na busca de uma solução equilibrada que permita manter a maioria de governação social democrata no concelho de Santarém.
Para terminar, só para que saiba, o preço do bilhete de comboio do Entroncamento para Santa Apolónia é o mesmo que de Santa Apolónia para o Entroncamento e o preço do quilo de arroz depende da marca e do tipo de arroz. Mas se quiser pergunte a qualquer português da classe média, desses que têm de fazer contas aos cêntimos da carteira, que ele dar-lhe-á a resposta de que precisa.
Naturalmente, acreditamos que a posição do Dr. Moita Flores é racional e que o facto de ainda há menos de um mês criticar aqueles que agora apoia e apoiar aqueles que agora critica é o resultado de uma coerente forma pessoal de ser e estar na política embora, com rigor, não consigamos encontrar nessa coerência nenhum dos valores que norteiam o PSD e a social democracia. Será, por certo, outra qualquer coerência.
A carta do Dr. Moita Flores é um mau exemplo da forma como se deve estar na política, porque cria ruído, não traz propostas, não lança desafios programáticos, antes preferindo a via do ataque e do falso moralismo. Quem não se sente não é filho de boa gente e eu sinto e, francamente, não consinto que se passe além dos limites da elegância e da boa educação.
As suas ofensas e desconsiderações intelectuais, faça o Dr. Moita Flores o favor de as levar para outra banda, pois por aqui dispenso-as bem. Tenho em casa barulho que chegue para aturar com prazer.
A polémica termina aqui. Não a alimentarei. Porque esta tipo de atitudes não prestigia o PSD, não prestigia os políticos, não prestigia a política. Não voltarei a este assunto mas, em face do teor da carta e pelos motivos que já expliquei, esta resposta era necessária.
Por fim, agradeço que não faça desta candidatura uma Tragédia…, não há por estas bandas nenhuma Genoveva nem teia de incesto.
Aceite um abraço com igual amizade, sem falso servilismo, do
João Moura
O Mirante, 30-10-2007
Não vou entrar nas quezílias da família social-democrata.
Vou entrar, só para começar, na ''nobreza'' social-democrata.
Diz o Moura que haveria ''barões, falsos barões, condes e viscondes do PSD'' (atribuindo a frase a Moita Flores).
Pode o meu amigo José Eduardo Marçal informar-me da sua graduação nobiliárquica no PSD, para eu o poder passar a tratar de acordo com o seu estatuto?
Será barão ou visconde?
Verifico com mágoa que não há Marqueses nem Duques no PSD. Se quiserem uma cunha para o Senhor Dom Duarte é só avisarem.
O Duque é generoso e já fez o Nobre, Cavaleiro da Ordem de Vila Viçosa!
el-Rei, O Senhor Dom Duarte III acompanhado pela mulher ( O Duque não tem estatuto social para ter ''esposa''....tem mulher)
Necessita algum PSD dum alvará régio?
Não peçam é a D.Duarte que o Buiça seja Barão, o Rei não pode dar títulos a familiares de regicidas.
História de Portugal do Matoso, ed 1944
Voltando ao Sr. Engenheiro e meu caro amigo,
Diz V.Exa. que não intervêm no PSD desde há 15 anos.
Diz Moita Flores que alguém aliciou um Presidente da Câmara, acenando-lhe com um pingue cargo de eurodeputado, em troca de apoio político.
Diz João Moura : ''ouve o convite feito a um Presidente de Câmara prestigiado para aceitar ser candidato a Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, o que este aceitou e muito nos honrou. Esse convite foi-lhe efectuado pelo Engº José Eduardo Marçal, candidato a Presidente da Mesa da Assembleia Distrital. Esta sua frase, infundada, caluniosa, ofende um colega seu Presidente de Câmara Municipal, na sua dignidade pessoal e institucional, na sua honra, por admitir que este se deixou vender e trocou convicções por conveniências''
Aqui alguém mente.
Suponho a que honra do meu amigo, foi posta em causa.
Para lavar a honra há no caso dos aristocratas o duelo. No caso do Zé Eduardo não ser aristocrata laranja ( aristocracia cujo catálogo foi acima descrito) resta-lhe os tribunais.
Não tenho notícia de nenhum processo nem contra Moita Flores nem contra o Moura....
Portanto agradeço um esclarecimento, a não ser que o meu Amigo continue com a falta de memória que demonstrou na sua prosa publicada na gazeta de Santarém.
Para a combater recomendo um pouco de exercício intelectual......
cafebox.com.br
Com os cumprimento do Marcello de Noronha e o apoio do famigerado maçon Abrantes
PS
Moita Flores esmaga os amigos do Moura
Como vimos no capítulo anterior o neto de Apolinário Marçal e candidato laranja humilhantemente batido na corrida à CMA de Abrantes por um tipo com a mediocridade política de Nelson Carvalho, eng.Marçal, sustentou num artigo do Ribatejo aqui reproduzido, que não tinha participado nos últimos 15 anos nos destinos da agremiação laranja a quem a Pátria deve tantos favores.
Tivemos a bondade devida à minha formação cristã de vir avivar a memória do Sr. Engenheiro e meu caro amigo. O Abrantes que se encarregou do trabalho de revistar a biblioteca do Grande Oriente, foi o documentalista. A ele, deve o benemérito e íntegro varão social-democrata o prazer de poder ler a excelente prosa do Dr. Moita Flores.
foto DNotícias
Nesta carta, o Presidente da Câmara de Santarém reduz a lista em que o eng.Marçal foi candidato a um alto cargo da burocracia partidária às suas proporções.
Ou seja ao rídiculo mais absoluto.
A carta foi retirada do Mirante.
JS OURÉM
|
''Excelso Candidato à Presidência da Comissão Distrital
João Moura
Do PSD Santarém
Acabo de ler o seu manifesto à presidência da distrital do PSD de Santarém e pasmo. Bom, diria mais, arrasou-me. Pérola igual há muito que não me passava por estes olhos cansados de ler lugares comuns, ou fórmulas repetidas do género ‘Emita-se Licença’, ‘Autorizo’, ‘Indefiro’, expressões da pobreza literária que habita os quotidianos de qualquer autarca. É, por isso, que no meio desta crueldade que hesita entre um verbo imperativo e um pouco mais rebuscado ‘proceda-se em conformidade e nos termos legais’, a prosa do seu Manifesto seja um momento de alegria, um oásis, neste deserto de palavras escritas que cruzam os meus quotidianos.
A sua prosa fez um prodígio. Remeteu-me directamente, com saudade infinita, para Eça de Queirós e não posso deixar de reconhecer que, se o magnífico escritor apanhasse o seu texto à mão, chamava-lhe um figo. E de si, seguramente, faria um dos deputados que ele magistralmente criou. O seu Manifesto não é um texto político. É prosa cuja beleza inconfundível só encontro nas eloquentes palavras do manhoso Conde d’Abranhos. Ainda bem que o meu caro escreveu este texto cem anos depois da morte do insigne escritor e com referências bem actuais para ninguém ousar admitir o plágio. Mas é seguramente um herdeiro. Não só da vitória de Luís Filipe Menezes mas também de Eça. Digo bem, um herdeiro!, do que mais vazio e inócuo o nosso Abranhos pariu.Essa grande figura do Estado que não se ficou por deputado, chegou a ministro e a ministro da marinha, muito embora não gostasse do mar, embora o sogro, juiz de maus fígados, só o tratasse por pascácio!
O Manifesto é, portanto, um ponto doutrinário do não dizer nada. Não é uma vírgula, não é uma interrogação. É um ponto. E dramáticamente um ponto final. Não acrescenta nada aos discursos do liberalismo retórico que empanturravam de gozo Eça de Queirós e seus amigos de tertúlia. Redondo, redondinho, sem programa nem sentido, igual, preguiçosamente igual a todos os discursos que lhe ouvi, e devo confessar a minha infelicidade por apenas o ter ouvido duas vezes, à pressa, entre duas colheradas de arroz doce. Nem o oportunismo é novidade. O facto de procurar alinhar a sua candidatura com a candidatura de Luís Filipe Menezes é de aplaudir. Alguém com ambições no terreno político deve sempre surgir do lado dos vencedores, pelos vencedores e, se possível, amesquinhando os vencidos. E aqui, o meu caro amigo, excedeu-se. Querendo atazanar os vencidos, atazanou também muitos dos seus companheiros que consigo partilharam a jornada eleitoral de Menezes. E o ponto é este. Percebi que se V.Exª ganhar a Comissão Distrital estarei impedido de me recandidatar à Câmara Municipal de Santarém. É certo que me ajuda. Não me puxa o pé para essa decisão. Mas mesmo que por razões que agora não me ocorrem, decidisse essa nova candidatura, como podia fazê-lo, sabendo que o meu caro, condiciona qualquer cidadão, por si apoiado, a saber de cor e salteado ‘o valor de um quilo de arroz ou o preço do bilhete do comboio entre o Entroncamento e Santa Apolónia’? Aliás, nem fica margem para dúvidas, pois em enérgico bold, assume que quem sabe estes preços são ‘os melhores, mais capazes, com mais talento, com provas dadas de trabalho efectivo no terreno’, gente que faz, que faz acontecer, gente com provas dadas nas suas vidas de trabalho’.
A prosa é magnífica, bons atributos, e como deve ser de bom tom sem especificar o que é ‘ser mais capaz’, qual é o ‘talento’, o que é que essa ‘gente faz’, e sobretudo ao entrar no domínio da ontologia ‘faz acontecer’, nem quais são as ‘provas dadas nas suas vidas de trabalho’. Eu não estou seguramente neste grupo. Pela simples e despudorada razão, pela ignorância política e ética de não saber o preço do tal bilhete de comboio. E confesso já, perdido de culpas e penitências, que desconheço por completo o preço do quilo de arroz. Estou definitivamente entre os incapazes, sem talento, incapaz das provas de trabalho que o meu caro tem dado sobejamente.
Por outro lado, pelo que vejo e me vão contando, V.Exª é não só o legítimo herdeiro de Luís Filipe Menezes, mas também o depositário do velho mas sempre presente espírito dos políticos da Regeneração, que eu estimo e aprecio para as minhas ficções, mas que Guerra Junqueiro, um poeta atravessado, e que lhe digo desde já não subscrever, considerava tão iguais, tão vazios,tão nulos como as duas metades do mesmo zero. Os seus adversários criticam-no porque terá ganho uma eleições a que se candidatou por tê-las agendado para um noite de Natal, com estadias pagas no hotel aos seus correlegionários, e assim, no pérfido linguajar dos seus oponentes, garantir uma vitória incontestável. Não alinho nessa má língua. Confesso que considero brilhante fazer coincidir a sua vitória com a noite em que nasceu o Menino. A carga simbólica é por demais evidente, aproximaram-no de uma espiritualidade profunda, infelizmente arredada dos seus companheiros que à mesma hora se alambazavam de bacalhau e outras iguarias, ignorando o acto eleitoral tão natalício que V.Exª no seu empenho bíblico acabara de organizar. Também não alinho nessa má língua a que os jornais do fim de semana deram estampa. Andará, segundo eles, o meu amigo a pagar quotas em massa com distribuição abundante de sistemas de pagamento. Recordo-me de ter denunciado práticas iguais durante a campanha de Luís Filipe Menezes e, na altura, declarei que essa manipulação de batota e caciquismo era um caso de polícia e não de política. E V. Exª aplaudiu-me, que eu vi. Ora chegou ao poder, pelo menos desse poder reclama-se herdeiro, e lá está a proceder de igual forma. Fica-lhe bem e julgo que, mais uma vez, tenho de me penitenciar. Tem razão! Quem não conhece o valor do quilo de arroz, não pode conhecer os mistérios da alta política e esta manda que depois agarrar os cornos do poder, tudo aquilo que se aplaudiu é para fazer ao contrário. Alta Política! A minha admiração por V.Exª sobe em cada dia de campanha que passa. Dizem-me que conseguiu com a sua grande capacidade doutrinária convencer um presidente de câmara a deixar de apoiar a outra candidatura a troco de um lugar de eurodeputado. O homem terá percebido a profundidade da sua doutrina e, de imediato, trocou de posto de combate. V.Exª e meu distinto amigo, tenha piedade de mim e ajude-me a descobrir o panteão de divindades que habitam tão brilhante universo ideológico, pois seguramente serei o seu mais devoto apoiante. Dispenso lugares de ministros, secretários, eurodeputados, deputados, presidentes de câmara e outras prebendas que exigem o brilhantismo imposto por V.Exª. Mas para que eu deixe esta autarquia e para que me suceda um PSD feito à sua imagem e semelhança, peço-lhe, imploro-lhe que me ensine o destino da metafísica política. Afinal de contas, quanto custa um quilo de arroz? Sobre a viagem de comboio entre o Entroncamento e Lisboa não vejo necessidade da sua resposta. Não quero subir tão alto.Mas o quilinho de arroz dava-me jeito.
Creia-me um seu humilde servo
Francisco Moita Flores
in o Mirante, Outubro de 2007
Os meus cumprimentos
Marcello de Noronha, com a plebeia assistência do Dr.Miguel Abrantes.
(continuará)
Não perca um dia destes o 4º fascículo
Chateia-me criticar um peticionário. Mas quando tem de ser, é.
Já elogiámos o eng. Ruivo da Silva, que por algum motivo que ele conhece, gosta muito de usar o apelido materno ''Marçal'' em vez do paterno ''Ruivo da Silva''.
Deve ser moda cavaquista, o Presidente faz o mesmo. Chama-se Silva por parte do Sr.Teodoro e ficou Cavaco para honrar a Mãe.
Não é a primeira vez, nem será a última, que se critique aqui um senhor peticionário.
Já criticámos os srs drs. Belém e Santana-Maia Leonardo, embora os elogios (merecidos) tenham sido muito superiores às críticas.
Passo a publicar a coluna do eng.Marçal no semanário Ribatejo duma destas semanas:
O recorte é manhoso como o artigo. As nossas desculpas mas a qualidade do recorte tem por timbre neste blogue acompanhar a qualidade do publicado.
E esta é mázinha.
Como o Sr. Eng Marçal por vociferar contra a blogosfera.
Vociferar contra a blogsfera é um acto vão, do mesmo género que berrar contra as leis do mercado enunciadas por Adam Smith.
Não é por uma pessoa se indignar pelo facto de que haja oferta e procura, que as leis do mercado vão à vida.
Elas existem e ditam a sorte dos países e das empresas.
A Construtora Apolinário Marçal foi vítima dos deuses implacáveis que regem o mercado e não vi o Sr. Eng Marçal escrever uma coluna crucificando Adam Smith.
Smith não teve semana santa
A catalinária contra a blogosfera não é naturalmente dirigida contra nós, porque o Sr.Eng. Marçal deu-nos a honra de colaborar neste blogue e conhece-nos.
Suponho que é para gente que se acoita sob pseudónimos e tem atacado o Engenheiro.
Eu que leio muitos blogues acho que o visado é o Pico do Zêzere, onde entre outros colabora sob o pseudónimo de Jota Pico um padre nonagenário chamado na blogosfera pelo sugestivo nome de Vigário do Pinhal.
É esse que tem atacado a figura do eng. Marçal tanto enquanto ex-empresário, como homem de bem.
Passo a reproduzir:
O Dr.Fráguas tem um dos melhores blogues sobre tribunais portugueses. Se querem saber como funciona a justiça cá na terra, façam favor de dar um salto a este blogue.
Onde consta o C.V do Dr.Fráguas a quem o seu jeito de falar português e não jurisdês, já lhe causou alguns amargos de boca.
Em 1990, licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa (Universidade Clássica).
O Dr. Fráguas é também colaborador do Mirante onde às vezes conta histórias do Direito abrantino. Nós temos a pouco saudável mania de transcrever sentenças (e transcreveremos mais) porque não temos a saudável simplicidade do Dr.Fráguas para contar julgamentos em palavras que o leitor médio perceba.
A partir de agora vamos passar a roubar alguma crónica ao Doutor e a metê-la neste espaço. É que a vida profissional da redacção não nos permite sempre ser tão assíduos como gostaríamos. Inserimos também o link do blogue citado para os nossos leitores lá darem um salto.
''Especialistas
O caso passou-se em Abrantes.
Um terreno, onde anteriormente funcionavam uns estaleiros de madeira, foi colocada à venda pelo tribunal.
Ainda era naqueles tempos em que se faziam hastas públicas. No hall, o funcionário anunciava o preço base. Os interessados iam oferecendo as suas propostas. Decorrida uma hora, o imóvel era adjudicada àquele que tivesse realizado o lance mais elevado.
Este sistema veio a ser abolido.
Actualmente, as propostas são apresentadas em cartas fechadas. Estas são abertas simultaneamente pelo juiz.
Ora naquela tal serração de Abrantes havia oito trabalhadores.
É mais uma situação complicada em que a empresa entra numa situação difícil. Famílias inteiras vêm a vida sofrer um enorme revés.
Os empregados souberam que uma outra firma tinha comprado o terreno, através da venda judicial.
Decidiram, então, colocar um processo em tribunal.
Agiram de forma curiosa.
À antiga empresa, exigiam uma indemnização pelos salários não pagos. O que é inteiramente lógico. Evidentemente, o tribunal deu-lhes razão. Condenou essa tal ré.
Mas os trabalhadores decidiram também processar a compradora. Pretendiam ser integrados e começar a desempenhar funções novamente no seu local de trabalho. Ou, então, pelo menos, uma indemnização por perderem o seu posto.
Aqui é que a matéria era mais problemática.
A firma que adquiriu o terreno tinha um outro ponto de vista.
Segundo eles, tinham apenas comprado um imóvel. O negócio não abrangia a serração propriamente dita.
O tribunal decidiu, reconhecendo que, realmente, as coisas se tinham passado assim.
É evidente que custa ver que vai por água abaixo a esperança de oito pessoas, que pretendiam voltar a trabalhar e a auferir o seu ganha-pão.
No entanto, as coisas são objectivamente assim.
De outra forma, provavelmente também não haveria muitos interessados na venda judicial.
Um outro caso ocorrido na mesma cidade teve um desfecho diferente. Foi na década de 90.
Envolvia uma cervejaria, situada numa das artérias mais conhecidas.
Os empregados tinham contratos a prazo. Mas que eram sucessivamente renovados.
A entidade patronal era uma sociedade. Esta era arrendatária do espaço onde se achava instalado o estabelecimento. O imóvel pertencia a uma outra firma.
Ora o que é que sucedeu?
O contrato de arrendamento foi cancelado, por acordo entre as duas empresas: a senhoria e a arrendatária.
Logo a seguir, vem uma outra firma alugar a cervejaria.
Os empregados foram dispensados.
Aqui cheirava mesmo a esturro.
Portanto, a sentença foi a preceito.
Evidentemente, tinha existido uma rescisão do contrato de trabalho. Eram contratos a prazo, evidentemente.
Mas o despedimento era ilegal. Não houvera prévio processo disciplinar.
Os trabalhadores foram indemnizados.
Estas matérias laborais são sempre muito delicadas.
Felizmente, em praticamente todos os pontos do país, existem tribunais do trabalho. São órgãos especializados no assunto.
Também Portugal já se encontra completamente coberto de tribunais administrativos e fiscais.
Compreende-se bem porquê.
São matérias altamente especializadas.
Há advogados que conhecem muito bem todos os meandros das leis sobre impostos e processos contra o Estado.
Por isso, é importante que as sentenças sejam proferidas por juízes que se dedicam, em exclusivo, a estes assuntos.
No entanto, o mesmo não sucede com os Tribunais de Família e Menores.
Há pouquíssimos no País.
Designadamente, eu ainda estou por perceber uma coisa.
Não compreendo a razão pela qual não existe um Tribunal de Família em Santarém.
* Juiz
(hjfraguas@hotmail.com)
in Mirante
12-5-2005
Nota: sabemos perfeitamente quem foram os empresários envolvidos na triste história do café-cervejaria. No entanto respeitamos a discrição do Dr.Fráguas e não adiantamos nomes. Os curiosos usando o google podem descobrir a sentença. Quanto aos beneméritos envolvidos na história merecem certamente uma lápide
Edite Fernandes
Entretanto, um aviso : Apesar da petição ser transversal, este blogue tem uma posição editorial anti-cavaquista primária e não publica textos de apologia cavaquista. Tais textos devem dirigidos à atenção dum dos homens mais honrados de Portugal, o sr. dr. Oliveira e Costa, ex-patrão do BPN.
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