A farmácia Mota Ferraz foi erguida por este homem
era um tramagalense, nascido na então aldeia em 1852. Formou-se em Coimbra em 1878. Em 1879 abriu uma pharmacia na Vila de Abrantes, onde já residia desde 1870. Para construir a farmácia comprou a Ermida do Socorro à Santa Casa e deu cabo dela, erguendo o edifício onde está a botica.
Foi ainda Manuel Motta Ferraz, na política, Vereador pelo Partido Regenerador, naturalmente por convite do cacique regional Avellar Machado (e naturalmente adversário de Solano e do Ramiro Guedes) em 1892, estando por lá até 1908. A ele se deve especialmente a instalação da luz eléctrica na Vila.
Dalguma forma deu cabo da Capela do Socorro (a principal culpa foi dos irresponsáveis da Santa Casa que venderam um templo secular pró camartelo, já havia anacletos nessa época), mas o Ferraz preservou o que pôde, do que achou com valia artística na capela e integrou-o no novo edifício.
O negócio urbanístico do Ferraz teve contornos obscuros e deu polémica.
Mas não é disso que se trata.
Trata-se que na próxima sessão da CMA se vai discutir a saída da Farmácia do centro histórico para o cu de judas ou seja para os arrabaldes manhosos, que a anarquia urbanística bioquista e dos seus herdeiros na CMA (Humberto & Carvalho, CRIA-Comissão de Ruinação da Identidade de Abrantes, LDA) implementaram com fogoso e insano entusiasmo, a dar para a indómita inconsciência.
Já sabemos que a posição histórica da actual edililidade sobre transferências de farmácias, é a postura neo-liberal dum Pilatos fanático do ''laissez-faire, laisser-transférer''', protegendo os farmacêuticos, à custa dos interesses da população.
Há coisas dessas que andam pelos Tribunais como foi o caso da Bemposta.
Também sabemos que o processo de reboleirização da Cidade de Abrantes já se processou e que o Centro histórico, o miolo da maçã urbana (para usar uma metáfora utilizada pelo arq. Nuno Portas no célebre programa ZIP-ZIP, quando ainda não nascera a Sara Morgado) está apodrecido e deserto.
Ao lado da farmácia estava assim.....
As pessoas vivem nas urbanizações que fizeram a fortuna do pato-bravismo (1) e é lógico que que os serviços se queiram deslocar para junto dos clientes.
A Farmácia quer ir para uma zona chamada Olival Basto, é isto, aqui vivem os abrantinos de agora.
O centro histórico, onde montou botica o tramagalense, está às moscas e continuam a matá-lo.
Não são edis, são coveiros.
Vai uma vista da Farmácia, quando o insensato do Henrique Augusto (no intervalo de berrar: Viva Salazar!!!!, que nem um possesso)
terminou com a Feira e o mercado semanal de Abrantes, no local onde se realizava desde a Idade Média. O Rocio da Vila. Estive outro dia em Palermo, noutro dia em Maastricht. Os civilizados holandeses continuavam, como nos tempos medievos, com o mercado na praça central. Os sicilianos também. Expliquem a esta gente que os holandeses são burros....
MN
(1) E não só, veja-se a benta fortuna.....
Créditos: sobre Motta Ferraz, artigo de Mestre Diogo Oleiro, que aliás saiu anónimo.
Foto do tramagalense: idem
Edital da Reunião da CMA de 3-11-2015
Foto da casa do Maestro Santos e Silva: Artur Falcão
Foto da cidade do tratado: http://askan.biz/2015/03/28/the-big-one-maastricht-market-netherlands-2/
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