Em relação a este post referente aos concursos da CMA, estamos em situação de informar que esta forma de actuar foi objecto duma queixa ao MP por parte dos Vereadores Santana-Maia e Belém Coelho.
A queixa foi instruída com documentação e testemunhas indicadas pelos Vereadores sociais-democratas.
A PJ informou que não investigavam concursos camarários, porque todas as autarquias procediam de acordo com os reprováveis processos denunciados.
Num país assim em que reina o compadrio e as autarquias parecem ser agências de emprego partidário e os concursos públicos deixam muito a desejar, a Igualdade que era um dos valores de Abril , é palavra morta.
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ANULAÇÃO E ABERTURA DE CONCURSOS
Requerimento dos vereadores do PSD
Para permitir que dois funcionários, em fim de contrato e sem habilitações minimamente adequadas para as necessidades e competências dos serviços da Divisão de Educação e Acção Social (DEAS), prolongassem o seu vínculo contratual, a senhora presidente não se coibiu de alterar o mapa de pessoal para que a DEAS acolhesse no seu seio as duas licenciaturas dos referidos funcionários, apesar de, como se referiu, as mesmas não serem minimamente adequadas para as necessidades e competências dos serviços.
E tendo os vereadores e deputados municipais votado contra a referida alteração, por considerarem que os recursos humanos devem ser, exclusivamente, recrutados em função das necessidades e competências dos serviços, também não se eximiu senhora presidente de publicamente os criticar e acusar de estarem dessa forma a impedir que os referidos dois funcionários pudessem prolongar o seu vínculo à Câmara Municipal
Não pôde, por isso, deixar de nos causar perplexidade a anulação do concurso de História e por maioria de razão.
Com efeito, não só existe um funcionário licenciado em História nas mesmas circunstâncias dos outros dois da DEAS, ou seja, em fim de contrato e com vários contratos renovados, como ainda dispõe da licenciatura adequada às funções que desempenha e ao lugar do mapa de pessoal a que concorre, ao contrário do que acontece com os dois funcionários da DEAS.
E a justificação apresentada pela senhora presidente para a anulação do concurso é surpreendente: o concurso de história foi anulado por uma questão de prioridades entre arquitectura e história, quando é certo que a carreira de historiador se mantém no mapa de pessoal recentemente alterado, o que significa que a necessidade se mantém.
No entanto, a justificação ainda é mais surpreendente quando se constata que, após a anulação do concurso de História por não ser prioritário contratar um historiador, passou a trabalhar na Câmara, provavelmente ao abrigo da lei da mobilidade, uma historiadora: nem mais nem menos do que a ex-vereadora e actual presidente do secretariado de Abrantes do PS Dr.ª Isilda Jana.
Ora, se o Partido Socialista considerava que a ex-vereadora Dr.ª Isilda Jana fazia assim tanta falta na Câmara, tinha a obrigação de a recandidatar ao cargo, integrando-a na lista da Câmara, porque não é sério fazer crer ao eleitorado que vai haver uma renovação e, depois da vitória, meter a antiga vereadora na Câmara pela “porta do cavalo”, como sói dizer-se, roubando o lugar ao funcionário para quem o executivo a que pertencia a Dr.ª Isilda Jana abriu concurso que agora se anulou em benefício desta.
Para já não falar da prioridade das prioridades que era a contratação de uma arquitecta. E quem é afinal essa arquitecta contratada com que se justifica a destruição da vida e da carreira do funcionário historiador? Nada mais, nada menos do que a filha da histórica deputada municipal socialista Dr.ª Fátima Chambel.
Em política, o que parece é. E o que parece é que o recrutamento de pessoal nesta Câmara é feito no interesse exclusivo da clientela socialista.
Mas a senhora presidente não conte com os vereadores do PSD para serem cúmplices de uma situação que, para além de revelar uma grande falta de pudor, revela uma crueldade e uma violência inauditas.
Porque a anulação do concurso de História nestas circunstâncias e depois das legítimas expectativas criadas a um funcionário que tinha, inclusive, obtido o primeiro lugar na prova escrita, não pode deixar de ter consequências graves para a sua saúde física e mental.
A Câmara não pode brincar desta maneira com a vida das pessoas, abrindo e fechando concursos ao sabor dos caprichos e conveniências do aparelho local do PS.
Pelo exposto e para que possamos denunciar publicamente e nas instâncias próprias uma situação que consideramos absolutamente escandalosa, vimos requerer que nos sejam facultadas as seguintes certidões: acta da tomada de posse do anterior executivo; deliberação da abertura e anulação do concurso de História; contrato de avença da nova arquitecta e contrato da Dr.ª Isilda Jana; acta de tomada de posse dos membros da Assembleia Municipal, do actual executivo e da presente acta.
Requerimento 12-4-10
Santana-Maia Leonardo e António Belém Coelho
(os sublinhados a vermelho são nossos).
Era Abril de 2012 e Pedro Grave, deputado municipal do Bloco de Esquerda perguntava:
E, em vez de se preocuparem em discutir coisas importantes sobre o futuro deste Concelho, as oligarquias partidárias dedicaram-se a ouvir uma palestra do Parra da Silva sobre Ética e Responsabilidade Social.
A deputada Chambel realçou que o que tem que fazer um deputado é estar sentado, caladinho, a ouvir aulinhas de catequese cívica como se uma assembleia política fosse uma aula de OPAN- Organização Política e Administrativa da Nação, dada pelo bom amigo do dr.Lizardo Chambel, chefe da ANP, o sr. dr. Isidro Sequeira Estrela, cujas aulas desta matéria no Liceu de Abrantes, me recordam a muita parra e pouca uva de qualquer discurso político.
Imagino o que diria a fogosa deputada torie que faleceu ontem se isto se passasse nos Comuns.
Isso posso imaginar, mas o que, depois da chatíssima conferência, a Presidenta respondeu sobre o fecho da EPC é digno duma antologia da irresponsabilidade política e do desvario que seria desprezar a importância da permanência em Abrantes duma unidade militar com o relevo da EPC.
A coisa é tão flagrante e grave que transcrevo a acta outra vez:
Um ano depois que virá bramar contra o governo a recandidata?
Ouviu falar e não fez nada?
Falou com quem?
É capaz de nos mostrar cópia de um mero ofício dirigido ao Estado-Maior General do Exército ou ao Ministro da Defesa perguntando o que se passava?
Ou uma carta aos deputados do nosso círculo pedindo que se preocupassem com a manutenção da EPC em Abrantes?
Ou não é capaz de mostrar nada, porque esteve ocupada em visitas como aquela a Itália ( cujos pormenores veremos deliciados um dia destes), moda e bordados, provas gastronómicas e a sua actividade militante na Comissão de Extinção dos Bombeiros de Abrantes, esse insulto à memória de
Aguardamos que demonstre que fez alguma para tentar impedir que o Governo consumasse este atentado contra Abrantes.
Porque se não o fez, não tem perdão!!!
Miguel Abrantes
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