Texto de Suzy de Noronha elaborado num guardanapo de papel Renova depois duma jantarada numa tasca com um Ministro da República Popular de Angola em visita informal a Lisboa.
O preto disse sobre o barão: foi aquele que montou a FNAC em Moçambique. Aquele que o Machel tramou e que o povo de Moçambique dizia que
FNAC =
FOMOS NOVAMENTE ALDRABADOS
PELOS COLONIALIALISTAS......!!!!!!!!

PELO SEU INTERESSE TRANSCREVEMOS A NOTÍCIA PUBLICADA ONTEM PELO CORREIO DA MANHÃ

‘Barão Vermelho’ ganha 1100 euros
Alexandre Alves, presidente da RPP Solar, disse às Finanças que apenas ganha 15 400 euros por ano de uma empresa de recursos humanos
Por:Miguel Alexandre Ganhão/Carlos Ferreira
O empresário Alexandre Alves, presidente do conselho de administração da empresa RPP Solar, a quem o Estado deu 127,9 milhões de euros ao abrigo do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), declara às Finanças um ordenado de 1100 euros por mês. Segundo apurou o CM, em 2009 o ‘Barão Vermelho’ (nome pelo qual ficou conhecido quando era presidente da empresa de ar condicionado FNAC, em virtude das suas ligações ao Partido Comunista e ao Benfica) declarou um rendimento anual de 15 400 euros, o que dividido por 14 meses dá um salário mensal de 1100 euros. Em relação a 2009 o empresário pagou de IRS 154o euros ao Estado. O mesmo rendimento de 15 400 euros anuais foi declarado em relação ao ano de 2008.
A empresa que paga a Alexandre Alves é a Largewall – Serviços e Recursos Humanos Lda., uma sociedade criada pelo próprio em 2005 que tinha por objectivo prestar serviços no âmbito de investimentos imobiliários e que em 2008 sofreu uma alteração no seu objecto, passando a prestar serviços de 'gestão de pessoal e de recursos humanos', a par da prestação de serviços nas áreas dos investimentos e projectos imobiliários, da construção civil e do licenciamento de obras públicas.
A entidade empregadora de Alexandre Alves é detida por outra sociedade, a Valónia – Sociedade Imobiliária, SA, que desde 2006 tem como administradora única Irene da Conceição Pinto de Brito, que é sócia-fundadora, em parceria com Alexandre Alves, da empresa Largewall.
Irene da Conceição Pinto de Brito tem vários negócios celebrados com Alexandre Alves.
Para além da sociedade Largewall, os dois são gerentes da Largebuild – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Lda. e foram até Fevereiro de 2001 gerentes da Q.P.F. – Químicos e Produtos para Fotografia Lda.
SÓCIO DE MAIS DE UMA DEZENA DE EMPRESAS
Alexandre Alves é sócio ou gerente de mais de uma dezena de sociedades. As mais importantes são a RPP – Retail Park Portugal, a RPP Solar e a Largewall, sociedade que lhe paga o ordenado.
No entanto, existem outras tantas em relação às quais o ‘Barão Vermelho’ é ou foi gerente. É o caso da Teilnahme – Investimentos Imobiliários, Lda, que tem por objecto a compra e venda de imóveis para revenda. Neste caso Alexandre Alves é sócio-gerente com uma quota de 2500 euros a par de um outra empresa: a Tropical Property.
Já quanto à sociedade Bigroom – Utilidades, Equipamentos e Investimentos Imobiliários, Alexandre Alves pediu a renúncia das funções de sócio-gerente a 20 de Fevereiro de 2003, tendo o processo de dissolução da sociedade sido iniciado em 2008.
'VÁ AO MP PEDIR PARA ABRIREM UM INQUÉRITO'
Confrontado com a sua declaração de rendimentos, Alexandre Alves disse ao CM: 'Não reajo agora a este tipo de informação, não digo nada', adiantando 'vá ao Ministério Público ou à Polícia Judiciária pedir para abrirem um inquérito'.
No entanto, o administrador do megaprojecto de painéis solares RPP Solar, em Abrantes, admite reagir mais tarde: 'No futuro, se me sentir mal, reajo, porque eu não sou dos mansos. E com notícias encomendadas, como aquelas que têm vindo a publicar, reajo ainda mais.'
'Disseram que o projecto está atrasado, mas eu só recebi a licença de construção no dia 6 de Junho', afirmou Alexandre Alves.
PORMENORES
RPP SOLAR
RPP Solar tem um capital social de 1,5 milhões de euros, mas só está realizado em cerca de trinta por cento.
DOIS ADMINISTRADORES
Os dois administradores que estão à frente da RPP Solar são o próprio Alexandre Alves e Cláudia Susana de Brito.
DOIS MIL EMPREGOS
O projecto Integrado de Energia Solar (PIES) promete criar dois mil empregos em Abrantes. Foi já assinado um protocolo com o Instituto de Emprego. ''
HAVERÁ COMENTÁRIOS. OS NOSSOS, OS DOS LEITORES DO CM E DESTE BLOGUE.
o primeiro é meu, Marcello de Ataíde, supranumerário, felicito a D.Maria do Céu por ajudar os pobrezinhos. A venda a preço simbólico do Curtido é certamente a primeira acção da Rede Social. Nós na Obra somos mais discretos. Antes de distribuir esmolas aos pobrezinhos vemos se eles vão à missaa, tomam banho e não têm amásias.
Saudamos o Cónego Graça pela sua obra de ajuda aos pobres, convidamo-lo a entrar para a nossa piedosa associação (se a D.Maria do Céu também quiser entrar é bem-vinda) e vemos que o seu exemplo de caridoso benfeitor deu frutos em Maria do Céu Albuquerque.
Aleluia! São José Maria seja louvado!!!!!

Regressar a Portugal na TAP tem algumas pequenas vantagens. Uma delas é começar a ler os jornais portugueses (mais ou menos) confortavelmente sentado antes de cá chegar.
E, digam lá o que disserem, ler os jornais na net sucks: ler jornais é ter o papel nas unhas, folheá-lo, esbarrar nas costas da cadeira em que o gajo da frente se recosta, pôr de parte as folhas que só fazem peso, dobrá-lo, desdobrá-lo (que chatice, os dedos já estão sebentos...), cheirá-lo, ler os títulos (isto é só palha, que raio!), voltar atrás para, finalmente, ler o pouco que interessa. Mas, como dizia António Botto, "enfim, gosto!"
E no meio dessa orgia de cheiros e papel amarfanhado, lendo o Correio da Manha (como lhe chama, com muito a-propósito, o meu amigo João Reis) que vejo eu?! (perguntem lá, carago: "que viste tu?"). O que acima reproduzo: "Alexandre Alves aposta no Algarve" e o da manha designa-o como "MAGNATA DOS MEDIA".
Para já, o Algarve que se cuide, pois, se se mantiver a "tradição", vai à falência na certa e o "magnata" fica um pouco mais rico.
Este "rapaz" que o da manha nos apresenta já na meia idade, em pose "desportiva" e com um belo bronzeado (um luxo em pleno Inverno...) entrou muito novinho para a Tepclima (creio que ainda na fase de Tiago & Pereira) como adjunto técnico, ou estagiário, ou por aí, era muito esperto e desenrascado e subiu muito rapidamente na empresa. E subiu por mérito próprio, em grande parte, diga-se de passagem e em abono da verdade.
Com a criação da FNAC (não a dos livros, mas Fábrica Nacional de Ar Condicionado, com o lince, lembram-se?) ganhou asas e projecção até que o negócio começou a correr mal, os japoneses (e não só) atacaram em força e, a partir de certa altura, não houve volta dar-lhe.
A coisa foi ao ponto de os cooperantes terem ficado sem um tusto (a Tepclima, "herdeira" da Tiago & Pereira, foi uma cooperativa até ao fim) .
Só que, não obstante as empresas se irem afundando sem solução à vista, alguns "funcionários" enriqueciam a olhos vistos, ele eram altos casarões na Arrábida, altos carrões, altas vidas, chegando mesmo três deles, gestores de topo, a verem-se incluídos nas listas dos mais ricos de Portugal, com fortunas acima de 1 Milhão de contos. O "nosso" Alexandre Alves era o mais enricado dos três, seguindo-se o Engº Brito e a Dra Ladeiras.
Realmente, a competência de um gestor bem poderia ser avaliada à luz deste critério: mesmo que os negócios da empresa vão a pique e o pecúlio dos cooperantes e accionistas se desvaneça, o gestor consegue, contra ventos e marés, salvaguardar "o seu".
Portanto, o Algarve que se cuide e que se cuidem as empresas em que o Alexandre vai investir os tais 4 Milhões de euros.
Ah! que se cuide também quem cair com os 4 milhões, para financiar o magnata...
Publicação e título por A.Abrantes
Mais outro blogue sobre o grande empresário
Os iogurtes da Fnac e a migração para Luanda
Nem sempre FNAC foi sinónimo de livros e discos com desconto. Há 20 anos, ao ouvirmos a palavra a FNAC, vinham-nos logo à cabeça os acordes da Primavera, de Vivaldi, que serviam da banda sonora à campanha publicitária aos aparelhos de ar condicionado FNAC.
Alexandre Alves, capa da Exame com o cognome “o empresário vermelho” (dupla piscadela de olho às suas ligações ao PCP e SLB), era o líder da Fábrica Nacional de Ar Condicionado (FNAC), a cabeça de um grupo que estendeu os seus tentáculos à área da distribuição em Moçambique.
Em meados dos anos 80, faltava de tudo nas jovens nações africanas nascidas do desmoronamento final do nosso Império colonial e a FNAC espreitou essa oportunidade. Em Moçambique, geria as Lojas Francas, onde era possível comprar tudo, contanto se levasse no bolso moeda forte: rands ou dólares. Lá dentro, os meticais valiam tanto como as notas do Monopólio.
Conheci Alexandre Alves em Maputo, em 1987, estava lá ele a tentar desatar um nó dado pelo gerente das lojas, que a braços com um carregamento de iogurtes no final do prazo de validade, resolveu pô-los em promoção, explicando que a data indicada nas embalagens era uma mera cautela formal e que o produto se mantinha bom para consumir.
Eu até era capaz de aproveitar a promoção, pois concordo com a argumentação e não raro como iogurtes fora de prazo de validade. Mas o Samora Machel não achou graça ao assunto e mandou fechar as lojas francas.
Nos dias seguintes, o desbloqueador de conversa favorito em Maputo era a adivinha: “Sabes o que quer dizer FNAC? Fomos Novamente Aldrabados pelos Colonialistas”.
Já se passaram 20 anos sobre este episódio. Mas apesar do tempo ser o grande curandeiro das feridas abertas por seis séculos de colonização e 13 de guerra colonial, ainda são visíveis as cicatrizes, como o provam as desculpas frouxas apresentadas pelos presidentes de Angola e Moçambique para não virem a Lisboa participar na última cimeira da CPLP.
Provavelmente só quando desaparecerem do poder, em Lisboa, Luanda e Maputo, os membros da geração que esteve em guerra será possível as relações entre Portugal e os Palop seja tão descomplexada e de igual para igual como a que existe com o Brasil.
No entretanto, a coincidência entre a crise portuguesa e o trepidante crescimento angolano (rebocado pela extracção diária de 1,7 milhões de barris de petróleo e anual de dez milhões de quilates de diamantes) desencadeou um movimento de emigração de Lisboa para Luanda.
Angola não tem quadros em quantidade e qualidade suficientes para sustentar o formidável período de expansão que atravessa. A opção natural, por afinidade de língua e cultura, é pescar no reservatório de mão de obra qualificada libertada pela nossa crise.
Mas para o bem dos dois países, e do seu relacionamento futuro, é essencial que os quadros portugueses emigrados tenham um comportamento profissional inatacável – e não se esqueçam do episódio dos iogurtes da Fnac.
Jorge Fiel
www.lavandaria.blogs.sapo.pt
Título de Adérito Abrantes. Publicado por M.Abrantes