Alvega 10 de Junho de 1874
Em 10 de Junho de 1874, o jornal regenerador procurava desmentir as notícias veiculadas pela Oposição e pela Imprensa da capital acerca dos tumultos de Alvega, organizados pelos partidários de D.Miguel Pereira Coutinho em resposta à pressão feita pelo Administrador do Concelho e outros vultos, que tentavam pressionar a população a votar em Cunha Belém.
Foi inútil a pressão, como já se disse D.Miguel Pereira Coutinho venceu a eleição.
Eleito Deputado a 14 de Julho de 1874, a 15...... D.Miguel Coutinho estava nas cerimónias fúnebres do falecido deputado abrantino Santos e Silva, seu colega do Partido Progressista Histórico, cujo assento parlamentar era agora seu.
Santos e Silva morria pobre, organizava-se um peditório para a família e filhos
O Cunha Belém não é mencionado entre os que estavam no funeral de
estaria em casa a carpir as mágoas.
Em contrapartida alguns dos mais importantes políticos da época como Fontes Pereira de Melo (então presidente do conselho), Ávila e Bolama, o Duque de Loulé (líder do seu partido) e alguns dos vultos mais importantes da imprensa e da cultura da época como Pinheiro Chagas, Mendes Leal.....acorriam a homenagear o falecido.
ma
fontes: Diário Ilustrado
A História Cronológica do Concelho de Abrantes, de Candeias Silva, é omissa em relação às eleições legislativas de 1874
D.Ilustrado 30-9-1891
Acho que é o Rev. Sá Pereira, aliás o futuro Monsenhor Sá Pereira, natural da terra. Começou a carreira eclesiástica como Capelão da Casa Anadia em Alferrarede e quase chegou a Bispo. Em 31 de Março de 1891 tomou posse dessa Igreja. Era um homem com ligações políticas ao P.Regenerador, por isso Avellar Machado o foi visitar.
A foto é da Revista de Abrantes. O padre, antes de partir para altos voos, paroquiou S.João e foi Capelão da Santa Casa. Foi Comendador da Ordem de Isabel, a Católica ,e el-Rei D.Carlos fê-lo Comendador de N.Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Teve importantes cargos na magistratura canónica e o Papa Leão XIII (que ele conheceu) fê-lo Monsenhor. Tudo o que se refere à carreira do Sá Pereira deve-se a Emídio Salgueiro, na publicação citada.
Já agora, o doente é o conselheiro Lopo Vaz (de Sampaio e Melo), que na época era Ministro de várias pastas e o homem-forte do P.Regenerador, após a morte de Fontes. Fazia bem o deputado de Abrantes em ir à missa....para conservar assento em São Bento.....
Porém as missas de pouco serviram, Lopo Vaz morreria em breve.
wikipedia
mn
Foto da D.Gina -Abrantes cidade florida
Nota: Carta de Pároco da Igreja de Nª Srª da Anunciada da cidade de Setúbal. 1891. Registo de Mercês de D.Luís I
Diário Ilustrado, 24 de Fevereiro de 1866, exactamente no mesmo momento em que José Luciano de Castro assumia o governo, que era do PP-Partido Progressista e se despedia Fontes Pereira de Melo.
Não vou ver se nesse dia contratou a banda e comprou uns foguetes para festejar o evento, mandando-os atirar em frente da casa das Zitas, mansão do Visconde da Abrançalha, presidente da CMA, a quem chamava caridosamente ''analfabeto''.
Começa aqui a sua carreira política oficial que terminará em 5 de Outubro de 1910, quando os republicanos o saneiam da Presidência da Câmara, para que tinha sido eleito em eleições livres.
Eleições mais livres que as que elegeram Solano só se viriam a dar em 25 de Abril de 1975.
Talvez o dr. Rui André desencante no arquivo da Filarmónica o recibo das 6 libras.
Ou pode ser que a Filarmónica fosse do partido progressista, no Sardoal havia uma banda regeneradora e outra progressista.
mn
sobre Solano: Eduardo Campos, Solano de Abreu, vida e obra; Diogo Oleiro-notícia necrológica publicada no Jornal de Abrantes e que foi aqui transcrita, etc
Fontes Pereira de Melo, que foi o mais importante político liberal da Monarquia, antes de aplicar o fontismo à construção de vias férreas e estradas, aplicou o fontismo poético a engatar gajas cá em Abrantes, usando a farda e a pena....
no entanto quando o homem chega a capitão, uma garota, quem sabe de Ipanema, faz o homem versajar, ardoroso, pela musa tropical,
coisa que lhe dura até à velhice, e que permaneceu enquanto despachava no Paço ou nas Cortes, continuando a fazer versos à dama brasuca.
Quem o conta é Alberto Pimentel, no livro, citado admitindo que o Fontes chegou a pensar concretizar coisa séria com alguma abrantina de posses.
Dado que o homem começou cedo a rimar às abrantinas, é justo representá-lo enquanto jovem D.Juan e não como pai da pátria já no outono do seu fulgor lírico.
Alberto Pimentel, Notas sobre o Amor de Perdição, 1905
Para saberem mais coisas dele espreitem aqui, donde se retirou a romântica gravura do dandy
E se nalgum arquivo particular abrantino estão os versos do Fontes a uma trisavó dum leitor?
Finalmente o Fontes enviuvou cedo, mas era um viúvo alegre, apesar dos correligionários o quererem casar à força com a política
Livro de oiro
Viúvo já agora duma senhora cabo-verdiana, que conhecera enquanto desempenhara funções político-militares naquela colónia...
Esta caricatura evoca dalgum modo o galo Fontes
Quererem que o viúvo Fontes só estivesse casado com a política regeneradora era demasiado......um estadista não é de ferro....
MN
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