Resolveu passado o Carnaval a CMA relançar o MIIA com um jantar medieval sobre o alto patrocínio de D. Francisco de Almeida.
Como é conhecido o mais ilustre dos Almeidas foi Vice-Rei da Índia mas também, a verdade deve ser dita, não chegou aos calcanhares de Afonso de Albuquerque, a quem tratou desaforadamente por meros ciúmes e rivalidades políticas, e esse foi o grande construtor do Império no Índico.
A biografia mais recente de D. Francisco de Almeida é da autoria do historiador e político socialista Candeias da Silva, que se iniciou nos mistérios da História abrantina, sob o patrocínio de Eduardo Campos, com quem colaborou em várias brochuras, e produziu alguns textos importantes para a História de Abrantes e da Beira Baixa.
O que para nós não deixa de ser um mistério é o silêncio do Doutor Candeias Silva acerca da questão do MIIA.
Gosta da arquitectura proposta por Carrilho da Graça ou não?
Lembramo-nos sempre da atitude frontal de Diogo Oleiro, que apesar de ter sido desde os anos 40 um partidário do Estado Novo, não teve pejo em condenar nos Jornais a demolição das casas setecentistas para construir o bunker neo-nazi da Caixa Geral de Depósitos.
E ao exprimir a sua opinião Diogo Oleiro mostrou qual era o compromisso dum Historiador com a cidadania, dizer de sua justiça.
Sofreu alguma vez represálias Diogo Oleiro por escrever o que pensava?
Não, continuou a ser Director do Museu de Santa Maria do Castelo e a pessoa considerada por todos como o maior erudito abrantino.
Só foi desconsiderado num prefácio vergonhoso assinado por Eduardo Campos, na 2 ª edição do livro do Capitão Mourato, chamando-lhe plagiador.
Dizemos 2ª edição porque o livro de Mourato já saíra nos prelos no século XIX, sem indicação do Autor.
Felizmente nas edições posteriores o prefácio desapareceu, mas Eduardo Campos tinha a obrigação de corrigir o dislate e nunca o fez.
A nota do Notícias de Abrantes, sobre o lançamento da obra, (anónima, mas fácil de identificar para quem conhece o estilo beato do prosador seminarístico) é de 17-7-1981, e refere que o livro do Eduardo Campos foi lançado numa sessão em São Domingos, organizada conjuntamente pela ADEPRA e pela CMA, estando na mesa E.Campos, o Presidente da Adepra e o da CMA.
Depois anota-se sibilinamente ''Notada, mais uma vez a ausência do Vereador da Cultura''.
Ou seja do Dr.Humberto Lopes já que o P. da C.M.A era o eng. Bioucas.
Só fazemos esta referência para recordar que foi quando o Dr.Humberto Lopes assumiu a Presidência que o livro do Eduardo Campos foi reeditado sem o infeliz prefácio.
Mas se Eduardo Campos cometeu erros (quem não os comete ?) também teve a valentia de defender que o Arquivo tinha de ficar em São Domingos.
E esperava-se então ouvir a voz do Doutor Candeias e também ficou muda.....
Nós elaboramos esta nota para elogiar o Historiador e a C.M.A pela decisão de celebrar o Vice-Rei e em simultâneo pedir-lhe a sua opinião sobre o projecto de Carrilho da Graça.
É a favor ou contra?
E aproveitamos também para protestar contra a opinião expressa pelo historiador indiano
SANJAY SUBRAHMANYAM, um eminente especialista na História do Índico (ver aqui) , autor de obras indispensáveis ao estudo da época de D.Francisco de Almeida, algumas delas traduzidas para português, mas que é injusto com o Doutor Candeias.
Sanjay ataca Candeias da Silva
E diz isto : The title of viceroy that Almeida assumed after arriving in Asia (his initial title was of capitão-mór) derived from the usage in Aragon. On Almeida and his career, see also the conventional account in Joaquim Candeias Silva, O fundador do "Estado Português da Índia" D. Francisco de Almeida, 1457 (?)–1510 (Lisbon, 1996). '' (ler mais aqui)
Ora bolas, como é que o eminente Sanjay considera a obra de Candeias ''convencional?''
Desde já nos dizemos que é preciso ler urgentemente SANJAY SUBRAHMANYAM para perceber o tempo de D.Francisco.
Mas protestamos vivamente por Sanjay ser tão descortês.
Até parece o Doutor Brigola a sovar o Baptista Pereira, segundo diz a D.Ana.
Pedimos à D.Maria do Céu para não convidar Sanjay para nada.
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DO POR ABRANTES
Nota: a wikipedia na versão inglesa diz isto a propósito de D.Francisco: ''There is also a community of Goan Christians, both in India and Pakistan, who carry the surname Almeidaand are apparently his descendants through marriages/liaisons with native Indian women. ''
Apostamos que anda aqui a mãozinha do Sanjay para se meter com o Conde da Bahía.....
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