O Senhor Doutor Candeias Silva sustenta que D.Lopo de Almeida, que seria o representante (embora por linha ilegítima) da Casa Condal de Abrantes, desapossada desse título por D.João III , estudou na prestigiada Universidade de Alcalá (de Henares), situada na terra onde terá nascido o autor de .
Picasso
Isto vem neste livro
em pequena nota (24)
a páginas 43 onde atribui acerca duma discutível degradação da Casa de Abrantes, ao exilado em Castela, D.João de Almeida, um filho bastardo, D.Lopo de Almeida, o qual ''consta ter sido teólogo e doutor, reitor da Universidade de Alcalá''.
Fazer a história com ''consta'', é perigoso,especialmente quando há vasta bibliografia, sólida e erudita, sobre um homem crucial nas letras espanholas, que levava um nome abrantino.
Foi de facto ilegítimo, mas não se chamava Lopo, chamava-se João e foi legitimado, era filho de mulher nobre, e foi muito rico e honrado, pelas heranças que teve do pai e do tio, D.Estevão que foi Bispo de Cartagena e da confiança da Imperatriz Isabel, mulher de Carlos V.
Não estudou em Alcalá, estudou em Salamanca.
A ''degeneração'' dos Almeidas produziu coisas como esta
e foi sob armas destas que cresceu D.João de Almeida (foto de Jaima, em Múrcia)
Mas o que a nós nos importa, é que foi editado por Francisco de Quevedo e que foi amigo de Fray Luís de León
Também foi um bom poeta
Há muito que pelo menos Jorge de Sena explicou isto....
Tudo isto é uma recensão ao monumental livro de Jorge de Sena, onde em 1974, começou a estudar o assunto.
Leia o artigo completo na Colóquio Letras
Não é o melhor para a biografia do importante poeta de Salamanca, porque há mais pormenorizado, que fica para quando houver pachorra.
João de Almeida, poeta e mecenas, foi amigo de gente importante do seu tempo, e a sua voz chegava à Corte e ao Rei
Protegeu académicos que estavam nas masmorras inquisitoriais, foi lente de Teologia em Salamanca e Reitor e trovou
Encontrou um tradutor à altura em José Bento, o melhor luso para se aventurar à poesia castelhana de seiscentos e está nesta antologia
Lê-lo é o melhor que podemos fazer. E também decifrar o enigma, quem foi Francisco de La Torre?
Quevedo sabia-o, mas ocultou as pistas
a melhor pena do seu tempo, mordaz e implacável, retratado por Velásquez, eis o aventureiro, diplomata, polemista imbatível, espadachim, que prestou um grande serviço salvando D.João de Almeida do esquecimento.
Para terminar o livro do Doutor Candeias é interessante, mas tem lapsos.. É preciso lê-lo com espírito crítico. O livro do Candeias saiu em 2000 e em 1974 já Jorge de Sena nos tinha contado quem era D.João de Almeida.
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