A pergunta a que iremos responder pouco a pouco, é a seguinte: Estava Candeias Silva encandeado quando escreveu o artigo sobre os republicanos abrantinos na Zahara?
Estava tão encadeado que não sabe quem matou o General Marques Godinho?
Nem sequer sabe que ele foi morto?
Nem sequer sabe que estava preso quando um sinistro General de aviário deu as ordens que o levaram à morte?
Pretendia Candeias Silva branquear o fascismo, os assassinos de Marques Godinho, porquê?
Se escrevesse um artigo sobre Jesus Cristo também se esquecia que ele foi crucificado pela oligarquia sacerdotal judaica, com a cumplicidade de Pôncio Pilatos?
Diria que Cristo morreu pendurado nuns paus de morte natural?
E se escrevesse sobre os judeus da Europa entre 1939-45, acharia que um era um pormenor irrelevante o Holocausto?
Se fosse assim teríamos de pelo menos delicadamente (se fosse Suzy Levi de Noronha a escrever isto, sairia um pouco mais brusco) chamar-lhe revisionista?
A República fascista matou um (entre tantos) homem honrado. Matou um fidalgo republicano.
Chamava-se Marques Godinho, era de estirpe e condição social e craveira intelectual e bravura física (atestada pelas mais altas condecorações da Pátria ganhas a matar boches) infinitamente superior a qualquer seminarista dos que povoam o PS de Abrantes.
Marques Godinho Presente!!!!
Para Candeias o matador estava ausente.
Há esquecimentos que retratam uma personagem!!!!
Há quem não se esqueça de quem matou Godinho:
''Enquanto advogado, foi o responsável pela petição do primeiro habeas corpus de que há memória em Portugal: a favor do general Marques Godinho e do almirante Mendes Cabeçadas, com base no argumento de que, tratando-se de militares, não podiam estar detidos no Hospital Júlio de Matos, às ordens da Polícia Política. Na sequência deste processo, deu entrada no Aljube onde se cruzou (e conviveu) com o jovem «sorridente, afável e criativo» Mário Soares, e de onde foi libertado, cerca de dois meses depois, sem qualquer explicação. Talvez, na opinião de alguns, uma consequência do facto de Salazar, perante o «aprofundamento do conflito que as facções pretendiam agravar entre Santos Costa e Marcelo Caetano», tivesse considerado que o mais prudente mesmo era ordenar o arquivamento do processo e libertar «o rapazito», no caso, Adriano Moreira, que, ainda segundo ele, teria sido «o único que se portara com dignidade».''
Ler aqui
E um socialista que se preze devia antes de se filiar ler o ''Portugal Amordaçado'' de Mário Soares
Dá trabalho ler 734 páginas, há coisas discutíveis nas teses de Soares, mas quem o leu sabe o que sempre pensou o fundador do PS.
E fica saber quem matou Godinho.
Obrigado, dr. Mário Soares.
Miguel Abrantes
Terminamos a publicação do texto da queixa-crime apresentada contra Santos Costa pela viúva do General Marques Godinho
Hoje é dia de finados e ao iniciarmos os posts evocámos outro militar abrantino, também assassinado em situação dramática em Timor, Maggiolo de Gouveia. Este oficial estava nas antípodas ideológicas de Marques Godinho, mas ambos compartilhavam uma brilhante folha de serviços, uma valentia sem par e morreram por aquilo em que acreditavam.
Os criminosos ficaram impunes.
Ficarão impunes aqueles que querem destruir o património da nossa cidade.????
O exemplo heróico de D.Palmira Godinho ao exigir justiça, faz-nos perguntar há agora um Estado de Direito em Portugal???
Fernando Santos Costa morreu rico e tranquilo, depois do 25 de Abril, gozando de todas as honras devidas a um oficial-general.
Entretanto tipos da arraia-miúda como Rosa Casaco eram perseguidos e acusados de todos os crimes.
No caso da morte do General Godinho a Pide não interferiu.
D.Palmira Godinho e outros familiares, o seu advogado Adriano Moreira conheceram a cadeia pelo ''crime'' de pedirem justiça!!!!!
É de alguns conhecida a intervenção polémica de Marcello Caetano e Adriano Moreira neste caso.
Esperamos ter tempo e pachorra para elucidar alguma coisa.
Para os interessados recomendamos o clássico de Mário Soares, Portugal Baillonée, na sua tradução lusa, Portugal Oprimido.
É um bom começo.
Um dia destes divulgaremos talvez mais documentos e donde retirámos o texto da queixa.
Mas quando vejo homenagear uma criatura da ditadura, a beata da D.Lurdes Pintasilgo e esquecer a D. Palmira Marques Godinho, provavelmente a mais valente das mulheres abrantinas do século XX, só me apetece enviar os pintasilguistas a pé para Fátima para rezarem uma novena para que Salazar e Che Guevara ressuscitem e formem uma Santíssima Trindade com o fantasma da virgem Lurdinhas
Bolas, hoje deu-me para a heresia, pareço o meu amigo Miguel Abrantes.
Laos Deos
Marcello de Noronha
Repescamos uma grande entrevista dada ao Expresso pelo Adriano Moreira que tem alguma temática abrantina. Os entrevistadores foram Ana Soromenho e José Pedro Castanheira.
Adriano Moreira que foi advogado da família do General Marques Godinho fala dessa experiência:
(...)
Deu-se mal com os homens do Exército?
Por acaso até me dou muito bem.
Não foi o caso nem com Santos Costa, nem com Botelho Moniz, nem com Venâncio Deslandes.
Vamos por casos. O de Santos Costa não teve a ver comigo, teve a ver com o Exército. Fui envolvido como advogado. Por indicação do meu chefe de escritório fui tratar do caso de um grupo de militares que estavam presos por uma conspiração contra o ministro da Guerra, Santos Costa. Iam ser julgados, pedi o habeas corpus, e um desses homens, o general Marques Godinho, morreu com uma coisa de coração. Contra o parecer do seu médico, o general fora transferido de prisão e morrera.
E o senhor acusou o ministro Santos Costa de homicídio involuntário.
Foi uma posição profissional. Ele era responsável criminalmente e a Ordem dos Advogados apoiou-me completamente, bem como Marcello Caetano, na altura ministro da Presidência, mas que consultei como meu antigo mestre em Direito.
Por causa disso esteve dois meses preso. Nunca falou das condições da cadeia do Aljube com Salazar?
Não sou queixinhas.
Foi colega de cela de Mário Soares.
E desde aí criámos uma amizade. Ainda hoje somos amicíssimos.
Soares escreveu no livro "Portugal Amordaçado" que o professor foi torturado.
E eu digo no meu livro que, ao fazê-lo, Soares estava a melhorar a minha biografia, porque não é verdade.
(...) Ler a entrevista completa aqui
Adriano Moreira conta a sua versão do caso Godinho, nestas memórias
A sua versão é polémica, mas esperamos ir publicando mais coisas sobre este esquecido (?) dossier!!!!
E relembramos uma coisa esquecida sabem como se chamava o financiador da Abrilada de 1947, onde o General Godinho era o indigitado Chefe da Junta de Libertação Nacional?
Lúcio Tomé Féteira!!!!
Lúcio é o da esquerda e Lôlô (o engenheiro brasuca Ayrton João Cornelsen, responsável pelo projecto do Autódromo do Estoril e por Vilamoura (no Algarve) está à direita (ler mais aqui)
NA FOTO, DA CASA MUSEU JOÃO SOARES, FIGURAM
MENDES CABEÇADAS (a), MARQUES GODINHO (b), VASCO DE CARVALHO (d), CARLOS SELVAGEM (e) E O CIVIL JOÃO SOARES (c), os líderes da frustrada Abrilada de 1947.....
Marcello de Ataíde
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