a data é 1939
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o panfleto foi divulgado no face pelo Ribeiro
Segundo este número do jornal socialista de Albacete teria havido uma revolução anti-fascista em Portugal e Abrantes estaria nas mãos dos anti-salazaristas.
Era 29 de Setembro de 1936 e o Dr.Salazar continuava firme no poder.
São obviamente ecos da frustrada revolta da Marinha, em 9 de Setembro desse ano, organizada pela ORA- Organização Revolucionária da Armada.
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El Defensor de Albacete
O Coronel Dias Leite, que foi comandante de Tancos, com família abrantina (era o sogro do malogrado médico, morto na Guerra de Angola, dr. João Augusto Cabral de Andrade), também foi enquanto homem alinhado com Manuel Fernandes um dos oficiais que com o coronel Castel-Branco ( o pai do Arquitecto) que fizeram a inspecção à autarquia, que levou à queda de Henrique Augusto.
Em 1937, o bravo Dias Leite, num Junker 52, varreu a metralha os soviéticos e os seus aliados ''rojos'', designadamente no bombardeamento de Brunete.
Leia a história no blogue pacense Desde mi Campanario
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Qual foi o número de abrantinos ou pessoas relacionadas com Abrantes, que se bateram na Guerra Civil de Espanha?
Logo para começar o Marquês do Faial, D.António de Hosltein Beck, que lutou nos Viriatos.
Parte da lista destes está feita.
Mas pelos republicanos não há nada.
O camarada António dos Santos Piedade, nasceu em Abrantes em 1905 ou 1906. Foi parar a Espanha, era jornaleiro em Gador, Almeria e filiado no PSOE e membro da executiva da UGT, o sindicato socialista. Desde 1932.
Fez parte do corpo armado de Segurança e Assalto desde 1937. A derrota levou-o à cadeia onde morreu.
Julgado em Conselho de Guerrra, em 1939, em Almeria, foi condenado a 30 anos de cadeia. Morreu nas masmorras do franquismo em 1941 em Valladolide.
Talvez haja pachorra para publicar a ficha dele, algum dia.
fonte (porque o trabalho não é nosso) : E. RODRÍGUEZ PADILLA. Gádor durante la República, Guerra Civil y el Primer Franquismo (1931-1945).- Mojácar (Almería): Arráez Editores, 2012, pp. 317 y 318
Cortesia da Fundação Pablo Iglesias, o arquivo do socialismo democrático espanhol.
alguns posts relacionados com a guerra civil, aqui
Franco Nogueira no Correio de Abrantes
e ainda ver D.Clemência Dupin e o apoio do seu grupo económico aos franquistas.
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Era Comissário da Ordem Pública Don Santiago Carrillo, que coitadinho agiu sob direcção directa dos serviços secretos soviéticos. A memória histórica também é isto.
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morta nas enxovias da Frente Popular pelo delito de ser católica
Beatificada pelo Papa Francisco.
A primeira cigana a subir aos altares.
Hoje é 18 de Julho data em que os espanhóis se lançaram num morticínio fratricida.
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O Brigadeiro Dr.Américo Pinto da Rocha, natural da nossa cidade, (25-12-1891) foi feito Grande Oficial da Ordem Militar de Avis em 1951 (já era Comendador). Também foi Oficial da Torre e Espada e foi titular de condecorações estrangeiras, designadamente espanholas pela sua intervenção, naquilo que o homem que o condecorou, com a prestigiada Ordem de Isabel a Católica, chamava a Cruzada.
O homem era um galego, chamado Francisco Franco.
Os arquivos militares e as obras académicas dão-lhe um papel importante na organização duma Missão Médica militar lusa a Espanha.(1)
Era um homem com um peculiar sentido da honra militar. Tendo um tal Mendonça difamado a honra da sua filha, abateu-o a tiro.
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Segundo informações familiares que me foram comunicadas, os motivos que levaram a este acto foi que o dito Mendonça se apaixonara por sua filha Lúcia, que não correspondeu aos seus avanços.
Despeitado, Mendonça teria enviado cartas anónimas a várias pessoas, acusando a dita Lúcia de ter uma ligação ilícita com outro indivíduo
Ao próprio pai, na altura em Madrid, teria enviado uma dessas cartas.
Vendo assim difamada a honra de sua filha, o Brigadeiro Pinto da Rocha veio a Lisboa pedir-lhe satisfações e, tendo Mendonça reconhecido a autoria das cartas e reafirmado abertamente em público as suas aleivosas alegações, matou-o em plena via pública, após o que se foi entregar às autoridade'' (...) (2)
Foi absolvido.
Foi director do Hospital Militar e os relatórios que deixou sobre a Guerra Civil, são uma fonte importante para o seu estudo e para conhecermos o que foi a intervenção lusa.
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(1)-
Tiago Agostinho Arrifano Tadeu,
A missão de estudo portuguesa ao Serviço de Saúde nacionalista durante a
Guerra Civil de Espanha
(Fevereiro- Março de 1939)
(2)-Diogo de Paiva e Pona ,
ALGUNS ELEMENTOS GENEALÓGICOS
sobre a ascendência e a descendência de
PIO JOSÉ BANDEIRA
natural de Lagos
Abril de 2000
foto do Exército Português
António Marques Granja foi o abrantino, de Alferrarede, envolvido no atentado libertário contra Salazar, organizado pelo anarquista e dirigente sindicalista Emídio Santana, em 1937.
Passou largos anos numa penitenciária por lutar pela Liberdade.
Já se falou aqui dele. Estava ligado ao PCP, segundo Santana, mas terá agido à margem das estruturas bolcheviques segundo o dirigente da CGT.
O Pacheco Pereira, na sua biografia de Cunhal, considera que a explicação não é tão linear, e que serviços secretos da República Espanhola (então combatendo a ''Cruzada'' nacionalista) e eventualmente do Komintern podem ter intervido, no apoio à onda de ataques bombistas que pouco antes visara centros de apoio lusos aos militares espanhóis sublevados.
Essa interferência processar-se-ia à margem e sem conhecimento do aparelho do PCP. É uma hipótese que traça Pacheco, mas que não está confirmada.
Em 2013, foi editada esta obra de João Madeira, que ainda não tivemos tempo de ler.
Um episódio do programa da RTP ''Antes da Pide'', de Jacinto Godinho, relatou a história e dele se retirou a imagem da ficha do resistente de Alferrarede.
António Marques Granja, foi depois do General Godinho, o abrantino que mais fez para derrubar o fascismo e que mais caro pagou.
Um homem a quem devemos respeito e que ensinou os doutos revolucionários de cadeirão. À bomba, naturalmente.
ma
créditos: RTP 2, programa citado e Colectivo Libertário de Évora (livro)
A Dona Clemência Dupin foi uma avançada pró seu tempo, como política, uma das primeiras mulheres divorciadas, grande amiga de Oliveira Salazar que a fez a primeira abrantina a ser Procuradora à Câmara Corporativa(a segunda foi Lourdes Pintasilgo).
Também trabalhou na indústria como a segunda (que trabalhou na CUF) mas não como empregada, foi patroa (agora diz-se empresária) de grande sucesso no ramo das serrações com interesses em Portugal e Espanha.
Tudo isto já se sabia e já se tinha publicado aqui a sua foto.
antt- extracto documento
O que não esperava encontrar era a notícia que um seu antigo gerente, duma das várias serrações que tinha, tivesse sido fuzilado (com a família) pelos militantes da Frente Popular.
Quem o matou?
A notícia diz que foram os ''marxistas'', mas essa é a designação propagandística reaccionária para todos os grupos (às vezes inimigos) que entre 1936-39 combateram Franco. Pode ter sido fuzilado por comunistas, anarquistas, socialistas, bandoleiros, tropa regular ou qualquer outra milícia.
Mas que o mataram aparentemente apenas por ser burguês e católico, lá isso mataram:
(...)'' o espanhol D. Salvador Cabanes Torres, que foi um mártir. Católico fervoroso, D. Salvador foi gerente da fábrica de Serração C. Dupin e Companhia, aqui no Bairro da Estação. Era casado com D. Pura Burguete Cabanes Torres, uma senhora que na capelinha do Sr. da Agonia rezava o terço em espanhol com a comunidade do Vimieiro. Os seus três filhos chamavam-se: Jesus, Maria e José.
Este senhor ajudou o meu avô materno, Salvador Rodrigues de Sá, a morrer ainda na flor de idade, quando a vida se lhe apresentava risonha e repleta de felicidade. Apertava a mão do meu avô e na outra segurava o crucifixo dando-lhe força e alento na sua passagem da vida para a morte e dizia: "força xará".
Nicanor, um filho desta terra, e filho também da costureira Srª. Maria dos Anjos chamou-lhe "um simpático cavalheiro que entre nós conta com as melhores simpatias" (27 de Outubro se 1927).
Na sexta-feira, dia 15 de Janeiro de 1929, partiu no comboio correio da manhã, perante uma sentida e derradeira despedida, dos amigos.
De Valência, Espanha, terra da sua naturalidade, mandou 14 lindas estampas alusivas à Vida de Cristo, representando a Via Sacra e medindo cada uma delas, impressas na Alemanha, 0.65*0.39, que ofertou à Igreja Matriz de Santa Comba Dão. Para a Banda Santacombadense enviou as músicas, "La Fiesta Valenciana", "El Falero Serrano", a "Cancion del Soldado" bem como muitos livros para a biblioteca Alves Mateus.
Este senhor D. Salvador e seu filho, D. José Cabanas Torres, foram mártires da Guerra Civil espanhola, pois foram fuzilados em Valência quando os marxistas desencadearam uma luta violenta contra a Igreja e os seus filhos. (1936-1939).
D. Salvador e o seu filho, não se deixaram intimidar pelas ofensas, os insultos, a morte e percorreram o caminho da cruz, para exprimir o maior testemunho aceitando voluntariamente o martírio. Aqui, não se esqueceram das suas mortes e mandaram-lhe rezar uma piedosa missa. A casa onde viveram e que foi feita especialmente para esta família, lá esta na rampa da padaria olhando o casario de Santa Comba, os caminhos de ferro, a paisagem verdejante e as janelas onde D. Pura chamava os seus filhos: Jesus,... Maria ... José ...
Vimieiro
Elsa Silvestre do Amaral''
com a devida vénia ao mui salazarista blogue Vimieiro-Santa Comba
Era para encerrar isto (esgotou-se o Malboro) quando vejo alguma referência da rádio oficial que diz que a milionária Clemência era ''republicana'', certamente como Salazar, porque terminou Procuradora fascista.
Soube ela que lhe fuzilaram os ''rojos'' o ex-empregado? A senhora morre em Abril de 1936 e a guerra civil começa a 18 de Julho. Certamente não soube que lhe fuzilaram o ex-gerente, mas os seus herdeiros terão perdido muita massa com a guerra, dados os seus interesses no país vizinho. A não ser que tenham pensado (como ela) que não há melhor que uma boa guerra para construir uma grande fortuna. Foi especulando durante a 1ª Guerra Mundial que ela ampliou o Império.
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bibliografia: ver tudo o que escreveu Teresa Reynolds de Sousa sobre ela
e isto tem algum interesse para a família do marido
quando houver pachorra: Henrique Galvão visita Palácio Dupin
foto do blogue do Correio das Lembranças, com a devida vénia
O oficial de marinha das Mouriscas, António Marques Esparteiro, foi sequestrado pelos anarquistas e comunistas que em Setembro de 1936 se revoltaram, tomando vários navios de guerra, entre eles o ''Afonso de Albuquerque'' que Esparteiro comandava, com o fim de se juntarem à Marinha Vermelha da República Espanhola que combatia o levantamento nacionalista.
Daily Telegraph
O comandante do ''Afonso de Albuquerque'' deixou um diário de bordo, escrito com letra miudinha'' em que conta a aventura.
'' O sequestro
do comandante
"Ao alvorecer de ontem, sublevaram-se criminosamente a bordo do Afonso de Albuquerque e do Dão algumas praças da Armada, conjuntamente com outros elementos suspeitos, a fim de se juntarem aos marxistas espanhóis", escreve a 9 de Setembro de 1936 o jornal O Século, sobre a revolta comunista da Armada. Também inédito é o diário de bordo do comandante do navio Afonso de Albuquerque, que descreve a revolta dos marinheiros. António Marques Esparteiro escreve numa letra miudinha o episódio do seu sequestro: "Desistiram da ideia de me obrigar a segui-los e deixaram-me fechado no camarote com sentinela à porta. Enquanto estiveram comigo, tentei convencê-los a bem, de desistir daqueles propósitos revolucionários, fazendo-lhes ver que ficariam perdidos."'' in Público de
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
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