Na ''História Cronológica do concelho de Abrantes, da pré-história a 1916,'' de Candeias Silva diz-se sobre o capitão António Maria Baptista
pag 189
O Candeias não cita nenhuma fonte para justificar a alegada ''acção destacada'' do capitão Baptista.
Onde terá ele ido buscar a ''acção destacada''?
Martins Júnior, republicano histórico e testemunha presencial desses momentos, escreveu no ''Presidente Landru''
Parece que o destaque foi um discurso na parada do Quartel, obrigado a isso por Martins Júnior
O Baptista tinha ficado trémulo a aguardar no Convento o resultado a revolta republicana e nada fez, segundo MJ.
Mesmo quando chegaram as notícias da vitória republicana em Lisboa, e o povo de Abrantes, vitoriava a República em frente do Quartel, o prudente Baptista esperava para ver.
O quê?
O que decidiria o Major Abel Hipólito.....
Os de Infantaria estavam cheios de medo dos canhões do Castelo.
Daí a prudência do Baptista, só quando adesivou o Hipólito, é que o Baptista se tornou revolucionário.
Finalmente é o livro do Martins Júnior, uma fonte fiável para a nossa História?
Um dos melhores estudiosos de História contemporânea, o Prof. Adelino Maltez usa-o aqui.
E é a única obra que temos sobre a República em Abrantes (e não só)
ma
O Senhor Comandante Gabriel Lobo Fialho foi um distinto oficial de Marinha, membro da Academia da Marinha, e, para o que nos interessa, Director da Revista da Marinha. Esse cargo tinha sido exercido pelo jornalista abrantino, Maurício de Oliveira, que num artigo, o Comandante Lobo Fialho retratou assim: (...) ''
''Maurício de Oliveira, de seu nome completo Maurício Carlos Paiva de Oliveira, nasceu em Abrantes em 20 de Outubro de 1909, filho de um oficial do exército Agostinho Barreto Rodrigues de Oliveira e de D. Carolina da Purificação Trindade Paiva de Oliveira. Este oficial do exército ascendeu no fim da sua carreira ao generalato como Brigadeiro do Estado Maior.
Maurício de Oliveira logo que acabou o seu curso no Liceu Camões, apenas com 17 anos, ingressou no jornalismo que seria a paixão da sua vida. Começou como repórter do jornal "O Rebate" donde transitou em 1929 para o "Diário de Lisboa" no qual exerceu todas funções desde repórter, a redactor e por fim a Secretário Geral. Passou neste jornal os melhores anos da sua vida, cerca de 36 anos, saindo em 1967 para fundar com outros colegas "A Capital" na sua segunda fase. Em 1971 foi convidado para director do "Jornal do Comércio" onde veio a falecer prematuramente com 62 anos.'' (...)
O Senhor Comandante trabalhou com Maurício de Oliveira e conheceu-o bem.
Candeias Silva diz sobre Mauricio de Oliveira, o que se transcreve, na História Cronológica do Concelho de Abrantess (da pré-história a 1916), edição CMA,2016
O Candeias nomeia Maurício, Director do ''Diário de Lisboa''.
No entanto, segundo o Académico da Marinha, Maurício de Oliveira nunca foi Director do Diário de Lisboa, coisa que qualquer pessoa que tenha sido um atento leitor desse Jornal sabe.
Maurício deixou umas Memórias
Talvez fosse melhor o Doutor Candeias lê-las, ou ler isto, antes de nomear o grande jornalista .........Director de qualquer outra publicação que ele não dirigiu. (1)
Bibliografia:
Maurício de Oliveira |
Grande amigo da Marinha |
pelo Comandante Gabriel Lobo Fialho
ou Memórias de Jornalistas (donde se retirou a foto do livro do abrantino) de Gonçalo Pereira
Créditos: Revista da Marinha
Feito isto vou ler ''A Cambada'' da Vera Lagoa, que o Gonçalo recomenda
mn
(1) Vamos ter de anotar criticamente esta publicação página a página?
Safa!!!!! como dizia o Cavaco
Em 14 de Junho de 2016, o Doutor Candeias Silva, doutorado em História pela Universidade Clássica de Lisboa, membro da Academia Portuguesa de História, duma coisa obscura chamada CHELA e da Associação de Arqueólogos Portugueses lançava um livro, editado pela CMA, com prefácio da cacique, que dá pelo nome de
História Cronológica do Concelho de Abrantes, da PRÉ-HISTÓRIA A 1916
No canto do salão nobre do Palácio Falcão, atrás uma cortina, mirando o tecto,, está o Doutor Arquitecto António de Ataíde Castel-Branco.
Ampliamos a imagem porque o post vai dirigido a ele e tem a ver com a Senhora Sua Avó......
A páginas 181, dispara o Candeias, com um dos maiores disparates que li recentemente
A Senhora Dona Maria Cristina de Ataíde, avó do António, mãe do Professor Duarte de Ataíde Castel-Branco não era filha do Visconde da Abrançalha. Este morreu em 1905, sem descendência.
Por motivos da vida conjugal do Visconde, a mulher dele teve descendência, ainda em vida do titular, duns amores que manteve com um Figueiredo.
A minha amiga D. Maria Cristina era sobrinha-neta de João José Henriques Trigueiros de Aragão de Castro e Ataíde, o cacique abrantino, que o Senhor Dom Luís I fez Visconde, certamente por pressão do Partido Regenerador, do qual o João José foi disciplinado militante, sob ordens de Avellar Machado. O pobre D.Luís era um rei constitucional e fazia o que lhe mandavam.
Exemplo de grande Senhora, com um savoir-faire incomparável, a Senhora Dona Maria Cristina, que em 1953-1954 passou a residir na Quinta da Omnia, no Rossio ao Sul do Tejo, teve a desdita de perder cedo o marido, João Villas-Boas Castel-Branco, mas isso não a impediu de ser uma anfitriã extraordinária e de ser uma das fundadoras da Assistência Social Católica, no Rocio, sob a sábia direcção do P.Luís Ribeiro Catarino.
Os pais da D.Maria Cristina foram o João Ataíde e a D.Maria Beatriz de Ataíde.
Um historiador para escrever, deve documentar-se. Uma Câmara não deve publicar publicações, sem credibilidade científica, onde se atribuem a cidadãs falecidas, ainda há pouco tempo, paternidades falsas. E o Doutor Candeias, que devia favores a Duarte Castel-Branco, tinha a obrigação de não cometer erros destes. (ou outros, o que diz do General Godinho não é rigorosamente verdade).
Francamente, não sei onde arranjei pachorra para escrever isto, mas devia-o à Mãe de Duarte Castel-Branco. Está escrito.
ma
imagens: CMA: blogue do sr. Trigueiros de Aragão (o Visconde regenerador); DGPC (Prof. Duarte Castel-Branco e D.Maria Cristina)
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)