O Eng. Joaquim Esperancinha, Presidente do C.A. dos Hospitais do Médio Tejo anuncia que tendo terminado o mandato deste Conselho de Administração não aceitará uma recondução ''por motivos pessoais''.
Reproduz-se o e-mail a que tivemos acesso que ele dirigiu amavelmente aos seus colaboradores:
"De: Joaquim Esperancinha
Enviado: terça-feira, 13 de Maio de 2014 16:39
Para: Utilizadores de Abrantes; Utilizadores de Tomar; Utilizadores de Torres Novas
Assunto: Mensagem
Caros Colaboradores,
Tendo terminado o segundo mandato no Centro Hospitalar do Médio Tejo, em 31.12.2013, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente, quero transmitir-vos que decidi, por razões pessoais, não aceitar o convite de recondução para um terceiro mandato.
Foram dois mandatos intensos, o primeiro, entre 2002 e 2005, orientado à reorganização dos Serviços de Apoio e o segundo orientado à vertente assistencial. O segundo mandato tem, contudo, para mim, um significado muito especial porque as interrogações que se colocavam ao Centro Hospitalar nos primeiros meses de 2012 estão, hoje, quase ultrapassadas.
Há, no entanto, na minha opinião, ainda um caminho a percorrer que passa pela consolidação da reorganização levada a cabo no Centro Hospitalar e pela diferenciação do mesmo, condições fundamentais para que os dois principais pilares de toda esta reorganização, e que foram a melhoria da prestação de cuidados de saúde aos utentes e a sustentabilidade económico-financeira da instituição, possam totalmente ser assegurados.
Todo este trabalho só foi possível pela competência, dedicação e coragem de um Conselho de Administração que tive o privilégio de presidir que, nos momentos mais difíceis, nunca vacilou e foi capaz de levar à prática, com ações no terreno, a estratégia previamente definida, suportada pelo empenho, envolvimento e espírito de sacrifício dos colaboradores que querem o melhor para o seu Centro Hospitalar e sempre confiaram que a estratégia definida pelo Conselho de Administração era adequada para a profunda mudança que era necessária levar a cabo.
Até à designação do novo Conselho de Administração, continuarei a assumir as minhas funções com o mesmo entusiasmo e entrega de sempre na defesa dos superiores interesses do Centro Hospitalar, partindo, nessa altura, com o sentimento do dever cumprido.
A todos quero agradecer, dizendo-vos que jamais poderei esquecer estes anos em que juntos trabalhámos sempre orientados para quem necessita de cuidados de saúde.
A todos os que muito contribuíram para este processo, o meu obrigado, com votos do maior sucesso profissional e pessoal para cada um de vós.
Um abraço amigo,
Joaquim Nabais Esperancinha
Presidente do Conselho de Administração"
redacção
Bruno Graça, vereador da Câmara Municipal de Tomar com responsabilidades na área da saúde, aproveitou a recente reunião do executivo para alertar para a «demissão de três anestesistas» no Centro Hospitalar do Médio Tejo o que, no seu entender, «estará a atrasar as operações programadas».
O eleito da CDU disse que ainda está à espera de respostas por parte de Joaquim Esperancinha, administrador do CHMT, relativamente ao conjunto de questões colocadas por altura do último encontro. Bruno Graça voltou a alertar para a possibilidade de as urgências em Tomar, «de um momento para o outro, deixarem de funcionar»: «O senhor administrador ainda não respondeu por escrito às questões que lhe colocámos, conforme foi solicitado há um mês. As últimas informações que nós temos dizem que três anestesistas, pelo menos, pediram a demissão e o Centro Hospitalar pode estar sem esse serviço em funcionamento, o que estará mesmo a atrasar operações programas. Essa situação põe mesmo em causa os serviços de urgência. Por outro lado, os serviços de urgência continuam a não ter médicos em número suficiente e, portanto, estão a registar-se deficiências muito graves a esse nível, correndo-se o risco das urgências, de um momento para o outro, não estarem a funcionar aqui na Unidade Hospitalar de Tomar. A questão da psiquiatria, por sua vez, continua sem nenhuma solução... foi adiada para Março. Mas este adiamento não quer dizer que a questão tenha sido resolvida da forma que nós pretendemos». Entretanto, o vereador Bruno Graça deu conta da recente reunião realizada em Riachos, concelho de Torres Novas, com a direcção do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo, encontro esse onde ficou a garantia de que não irá fechar qualquer extensão no concelho de Tomar... mas também não irá abrir.
«Não estão a ser atrasadas cirurgias» - Entretanto, a Hertz contactou fonte do Centro Hospitalar do Médio Tejo que, recusando-se a confirmar qualquer demissão de anestesistas, garantiu apenas que «não estão a ser atrasadas cirurgias».
Crónica anunciada de uma descida aos infernos…
Após a operação, como tenho vindo a contar por aqui, a minha tia foi colocada numa residência para séniores onde recebe cuidados continuados com vista à recuperação. Mas a continuada tensão arterial demasiado baixa tem impedido que faça a fisioterapia devida.
Daí que tenha sido enviada, pelo médico da residência, para uma consulta de urgência, ontem,...procurando encontrar as causas desta quebra de tensão que lhe provoca vómitos e desmaios, sempre que se tenta coloca-la sentada na cadeira ou levantá-la para dar alguns passos com andarilho e ajuda das terapeutas.
Actualmente não há como recorrer ao SNS fora da área de residência. Sabendo das complicações aqui pelo Médio Tejo, tentei levá-la a Coimbra, aos HUC, onde tenho bons amigos. Em vão. Tem que ser na área de residência… assim, lá foi para Abrantes logo pela manhã.
Após contacto da residência a avisar-me da decisão, arranquei também para o hospital. A minha tia tinha entrado antes das 10 da manhã e continuava numa sala apertadíssima, numa maca (azar o dela, não havia outra quando chegou) de tamanho reduzido que a impedia de fazer qualquer movimento. Assim esteve até por volta das 14 horas, hora em que perguntei se não era possível dar-lhe alguma coisa de comer, uma vez que ali se encontrava há horas, sem comer nada. Pois, não. Sem ser vista pelo médico, não!
Até há bem pouco tempo, os acompanhantes dos doentes ficavam nas salas de espera. Agora ficam ao seu lado a substituir o pessoal que não existe!
Por isso, quando dei por mim, andava a empurrar macas e cadeiras de rodas, sobretudo de velhotes que ali iam sendo largados pelos bombeiros e que não conseguiam deslocar-se quando eram chamados…
E a tia ia esperando…
Nas pequenas salas, atropelavam-se doentes e acompanhantes numa confusão inaudita! Aquela a que chamam a zona intermédia no hospital de Abrantes, encheu-se sem dar lugar à passagem de nada nem de ninguém… éramos nós, os acompanhantes, que tínhamos que desviar os nossos doentes, para que outros pudessem passar com os seus…
Um exemplo do disparate mais profundo: ao lado da minha tia, um homem, numa maca, gritava de dores. Era de Espite, freguesia do concelho de Ourém que faz fronteira com Leiria. Tinha tido um acidente a 20 kms do hospital de Leiria. Fémur partido, os bombeiros, naturalmente, levaram-no de imediato para Leiria… De lá foi enviado para Abrantes, a 90 Kms e gritava com dores, a pedir por amor de Deus que lhe dessem algo que lhas acalmasse… mas a auxiliar apenas conseguia gritar também a empurrar mais uma cadeira ou uma maca ou a acorrer a alguém que vomitava no corredor, que era só uma. E o incrível é que era mesmo. Uma auxiliar médica e um enfermeiro. Apenas… na tal da zona intermédia. As coisas tinham-se complicado na véspera – fiquei a saber . Depois de terem encerrado a Medicina Interna no Hospital de Tomar, as equipas médicas deste foram juntar-se às de Torres Novas para onde eram encaminhados doentes… na segunda-feira este serviço encerrou em Torres Novas. Os doentes (que costumavam ser distribuídos pelos 3 hospitais) foram todos encaminhados para Abrantes. Mas as equipas médicas ainda não. Assim, apenas a equipa de Abrantes tinha que dar conta do recado e receber toda a gente, desde Espite a Vila de Rei, De Ferreira do Zêzere… dos 15 concelhos que serve com 300 mil habitantes.
Instalou-se o caos… perdiam-se doentes pelos corredores… até sangue para análises obrigando a novas recolhas… os médicos (dois na consulta externa e 3 internistas) tantavam sorrir… mas sentia-se o desespero de quem quer fazer e não pode.
Quando chegou a vez da minha tia ser chamada, outra aventura… para chegar ao exíguo gabinete médico, era preciso passar por uma porta e um corredor ainda mais exíguos onde a maca não passava. Assim, entrei eu para ser consultada na vez dela!!!
O médico teria que vir depois à sala onde ela estava para a ver e quando foi necessário recorrer ao sistema informático, este deixou de funcionar…
A minha tia lá acabou sendo levada para fazer os exames médicos requeridos já ia alta a tarde. Ainda sem comer nada!
Depois, houve que regressar e esperar de novo, agora para ser vista pela medicina interna…
Passava das 22h quando isso aconteceu… houve que receber soro e só no final, se aperceberam (e eu também) que a desgraçada tinha estado todo o dia com a mesma fralda… nem vou contar o seu estado… tive que ajudar a enfermeira a mudá-la, porque, uma vez mais, não havia quem o fizesse!
Seguiu-se outro drama: conseguir transporte. Não recendo pagamento por isso, os bombeiros, após a meia-noite não fazem serviço de transportes de doentes. Tem que haver requisição hospitalar. Mas os médicos não estão autorizados a fazer essas requisições… mas também não podem manter ali os doentes após a alta. Cabe à família desenrascar-se… descobri que na região, os únicos bombeiros a fazer transporte à noite eram os de Constância. Paga-se bem pago e quem não tem dinheiro que vá a pé, mesmo que tenha as pernas partidas… Após mais alguma espera, lá chegaram os bombeiros… a minha tia chegou ao lar às 3 da manhã e eu cheguei a casa às 4… Entre taxas moderadoras e transporte, o dia custou cerca de 150 euros e muita fome!
A destacar, porém, o trabalho incrível dos muito poucos trabalhadores daquela casa. Médicos, enfermeiros e auxiliares (passamos por diversas mudanças de turno), multiplicavam-se de uma forma que só quem está de alma e coração ao serviço do seu semelhante.
A percepção final é que, tal como os doentes, todos eles são vítimas de um sistema infra-humano que nunca imaginei poder ser possível…
Mas o corte vai continuar… como ouvi ontem, acho que vamos ouvir muitos velhos a chorar e a gritar “deixem-me morrer” por não aguentarem as dores e a forma como são tratados. Não pelos profissionais, mas por um sistema que não se compadece de nada nem de ninguém…
enviado pela
com o título :
sublinhados nossos
e ainda 4 comentários:
a) Que se passa com o Hospital de Abrantes?
b) Isto é forma de tratar as pessoas?
c) Realçamos a abnegação e dedicação dos funcionários do nosso Hospital
d) Verificamos que os Bombeiros de Constância, chefiados por um senhor que está empenhado em terminar com os Bombeiros abrantinos, fizeram bom negócio. Justamente aquilo que condenamos, os bombeiros não têm de ser um negócio
mas
SERVIÇO PÚBLICO!!!!!
Por isso e por justiça defendemos os bombeiros de Abrantes
ESTÁ A DECORRER DESDE 23 DE ABRIL UMA RECOLHA DE ASSINATURAS A FAVOR DOS
BOMBEIROS DE ABRANTES
FAÇAM FAVOR DE ASSINAR
a redacção
para isso contactar os delegados locais da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais ou do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais
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Apenas num ano as despesas no Centro Hospitalar quase duplicaram
O Bloco de Esquerda apresentou um requerimento ao governo onde questiona a duplicação, em apenas um ano, do défice do Centro Hospitalar do Médio Tejo (era de 13 milhões de euros em 2008 e passou para 25 milhões em 2009) e da redução da respectiva produção (-9% em 2009 em relação a 2008 e -5% no primeiro trimestre de 2010). Médio Tejo Requerimento do BE sobre o Centro Hospitalar do Médio Tejo |
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Agradecemos ao peticionário Dr.J. N. de Tomar a entrega deste interesante dossier
a Gomes Mor
o templário
Ò licenciado, acalme-se, Jorge Sampaio disse uma vez:
que há vida para além do
miguel abrantes, admirador de certos buracos
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/ma-gestao-causa-buraco-de-47-m-
aqui fala-se da gestão do Sr.Gomes Mor.
um pesquisa mais demorada no Correio da Manhã ou neste blog dará pano para mangas, I supose.....
como diria Stanley ao encontrar em transporte público perdido na selva no meio de pretos......
o dr. Livinsgstone ,
"David Livingstone" Life and Explorations of David Livingstone (1880)/
Assunto a tratar com atenção lá para segunda ou terça, com o desvelo que nos merece um destacado carrilhista
Miguel Abrantes
Tratam-nos da saúde (2) por Miguel Abrantes
O artigo do Mirante sobre a curiosa gestão de Gomes Mor & Associados nos Hospitais do Médio Tejo bem como outras notícias que temos indo publicando , as violentas críticas a essa gestão do Tribunal de Contas, levaram-nos a falar com um dos responsáveis das redes hospitalares.
Disse-nos o senhor: Os comentários e críticas divulgados pelo Mirante são plenamente acertados. Não quero personalizar essas críticas, mas só quero lembrar que enquanto estiveram pessoas como Nelson Baltazar e Luís Moura Neves Fernandes à frente do Hospital de Abrantes as coisas funcionavam bem. O H.D.A. depois Manuel Constâncio era um exemplo de referência a nível nacional. Gostava de destacar também o papel do Dr.Vaz Rico.....
Centro Hospitalar do Médio Tejo apontado como “um mau exemplo” de planeamento
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O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) é apontado nalguns “gabinetes de Lisboa” como um exemplo de mau planeamento e de esbanjamento de recursos no nosso país. As palavras são de Carlos Tomás, engenheiro fundador e presidente da Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde, numa palestra organizada pelo CHMT no dia 20 de Janeiro em Torres Novas.
“Era o que ouvia dizer quando era preciso apontar um exemplo de despesismo, de uma coisa mal feita, mal planeada”, afirmou Carlos Tomás, sublinhando que as suas palavras decorriam do que tem ouvido e que não tem opinião formada sobre essa matéria.
A complementaridade entre os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas em termos de especialidades e valências tem sido difícil de articular e não é acompanhada por um sistema de transportes públicos que facilite a mobilidade dos utentes e familiares.
Outro dos problemas, evidenciado por médicos que intervieram durante o período de debate, diz respeito à distribuição dos clínicos por especialidade. Há áreas, como a neurologia, onde há escassez de recursos, enquanto os anestesistas escalados diariamente no CHMT são em número considerado elevado, tudo devido à dispersão dos serviços por três hospitais em cidades diferentes.
O director clínico aponta no mesmo sentido. “O problema urgente é o da sustentabilidade económica”, porque sem ela fica em causa a qualidade do atendimento.”Quando comparamos a nossa produção com a de outros hospitais de Lisboa e Vale do Tejo não envergonhamos ninguém”. O problema é estrutural e decorre da existência de três unidades de saúde separadas por dezenas de quilómetros, com o que isso representa em termos de despesa.
Para Edgar Pereira, a solução passa por concentrar serviços, lembrando que isso foi feito nalgumas áreas com bons resultados. Embora reconheça que não será uma medida do agrado dos municípios, até porque aumentaria os problemas de mobilidade para os utentes e exporia ainda mais as lacunas existentes..''
Transcrevemos pelo seu interesse esta notícia do Mirante. A gestão do licenciado pegacho é arrasada bem como a dos seus companheiros no CA.
Que saudades de quando o Dr. Luís Moura Neves mandava no Manuel Constâncio....
Estou a imagem as gargalhadas de Nelson Baltazar em Lisboa a ler a notícia.....
in alfaeomegasaude.blogspot.com
Miguel Abrantes, admirador do Dr.Nelson Baltazar
Noticia o Mirante que a ''ERC-A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), considerou improcedente uma queixa apresentada contra O MIRANTE pela administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, que engloba os Hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas. A administração do Centro Hospitalar alegava desrespeito pelas exigências de rigor informativo e pelo princípio da separação entre informação e opinião, num artigo publicado na edição de 3 de Setembro de 2009 sobre a decisão de centralizar num gabinete de comunicação as informações que normalmente eram dadas aos jornalistas pelos responsáveis pelos diversos serviços, atitude que era classificada como “lei da rolha”.
Entre os membros do distinta administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, está o licenciado na curiosa Universidade Internacional abrantina Gomes Mor, tribuno pegacho, membro do PS, e relíquia bioquista na Assembleia Municipal.
Não contentes com implantarem a lei da rolha nos hospitais, foram fazer queixinhas à ERC e ela deu-lhes sopa.
Num post anterior já divulgámos o ilustre autor da foto Sr. Dias dos Reis
O Sr. Dias dos Reis é fotógrafo profissional e quem quiser contactar com ele tem aqui o tel.
O Sr Licenciado Mor hoje não possui direito a foto, porque enquanto a lei da rolha persistir nos Hospitais, nós também metemos uma rolha nas fotos e vídeos do licenciado.
Finalmente rogamos à Dr.Maria do Céu que diz que não há rolha na CMA, que meta uma cunha ao licenciado Mor, para que os hospitais sejam acessíveis aos jornalistas, cumprindo-se assim a Lei.
Miguel Abrantes
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