No excelente blogue A memória dos Descobrimentos na faiança portuguesa está este magnífico post abrantino, um bom motivo para visitar a Igreja de São Vicente, monumento nacional, propriedade do Estado, convém sempre recordar isto à Reverendíssima Comissão Fabriqueira por causa das moscas que pousam sobre as escrituras de justificação.....
Reproduz-se com a devida vénia, o Autor é Mercador Veneziano
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Nº68: Azulejos Naus Portuguesas (Igreja São Vicente - Abrantes)
Conjunto de dois azulejos inseridos na decoração interior da igreja de São Vicente em Abrantes.
Exemplares decorados em tons policromados, com desenho baseado em naus portuguesas com Cruz de Cristo nas suas velas. Pequenas aves a rodearem as embarcações.
Aqui fica um pouco mais de informação sobre a igreja:"A primitiva igreja de São Vicente foi fundada em 1149, depois da tomada do castelo da vila de Abrantes por D. Afonso Henriques, sendo o seu orago dedicado ao mártir lisboeta. Em 1179, depois de um cerco do exército mouro que arrasou a vila, o templo, que era sede de paróquia, seria reconstruído. Em 1565 o Bispo da Guarda, D. João de Portugal, convocava Sínodo Provincial, e como quatro anos depois a primitiva igreja se encontrava em ruínas, D. Sebastião ordenou ao Corregedor de Tomar que procedesse à sua reedificação. A obra da nova igreja seria iniciada em 1569, empregando oficiais dos estaleiros do Convento de Cristo de Tomar, como foram os casos de Francisco Lopes e Pedro Antunes, responsáveis pela edificação das capelas laterais. Em 1595 a obra ficaria a cargo do arquitecto militar Mateus Fernandes, que possivelmente só terminaria o projecto do novo templo em 1605, data em que a sede de paróquia, que desde 1569 transitara, primeiro, para a ermida de Santa Catarina, hoje com a invocação de São Lourenço, e depois para a ermida de Santa Iria, voltava para São Vicente e a nova igreja abria ao culto"(SERRÃO, Vítor, 2002, p. 193).
Pelas informações fornecidas no parágrafo acima, julgo que seja plausível que os azulejos analisados possam pertencer ao início do século XVII.
A história do empobrecimento e posterior enriquecimento da Igreja de São Vicente está por fazer. Graças à papelada que se compra nos alfarrabistas chegou-nos às nossas desorganizadas mãos o foro à Igreja de São Vicente dum quintal do Senhor Anacleto e de mais bens imóveis foreiros à paróquia
o Padre Semedo que era bom homem queria que o dr.Salazar lhe devolvesse os foros que a República jacobina confiscara ao clero, pela mão abrantina do humorista dos ''Perfis'', Justo da Paixão e o Botas disse que não.
Se bem nos lembramos o P.Semedo, beirão da zona de Castelo Branco, foi o antecessor do Cónego Freitas.
Este bonito palacete arruinado, foto dos finais dos anos oitenta, decorado com as águias do Benfica, esteve para ser a casa do Sr.Fernando Simão. Vivia ele na Quinta da Gonçalinha, em Alferrarede e pensava mudar-se para Abrantes (como se mudou) e pensou comprar o casarão e restaurá-lo, devendo ser o Arquitecto, Duarte Castel-Branco, que já fizera a casa do sr.Nuno Simão em Alferrarede.
O negócio e portanto o projecto não se fez porque as normas de protecção ao Património (o imóvel está na zona de protecção da Igreja de S.João, monumento nacional agora de propriedade particular) eram no Estado Novo muito duras e obrigavam a exigências que o cliente do Arquitecto não estava disposto a assumir.
Com a democracia, a rebaldaria liberalizadora propiciou que haja na zona de protecção doutro Monumento Nacional, São Vicente, uma antena para telemóveis em cima do Teatro São Pedro, que quiseram classificar como Imóvel de Interesse Público, com antena incluída.
Às vezes acho que o salazarismo autárquico era mais sério que o facilitismo actual
MN
Agradece-se a colaboração do Arq. Duarte Castel-Branco
A Herity, estranha organização, parece que é uma ''seita'' italiana que se dedica a ''certificar'' monumentos.
Através dum contrato com a CIMT, cuja Presidente é Maria do Céu Albuquerque ''certificou'' alguns monumentos abrantinos, entre eles a Igreja de São Vicente nesta cidade, monumento nacional e propriedade do Estado da qual o Cónego José da Graça é na prática mero inquilino.
Correio do Ribatejo
A Herity chumbou o estado de conservação da Igreja, sendo as obras de conservação normais (e não as estruturais) responsabilidade da Fábrica da paróquia respectiva.
A Herity afixou esta placa com consentimento do Cónego à porta da Igreja.
Tanta incompetência escusava de ser objecto de tamanho desvelo municipal
Quanto ao cartaz que ficou à porta não está mal, só reflecte o grau de incúria da Comissão Fabriqueira a manter o imóvel.
PS-Resta que o rico (1) reverendo José Graça foi activista destacadíssimo. no processo MIAA. Não poderia ter arranjado lá umas massas para arranjar a Igreja??????
Protocolo de Colaboração/Convenção da Certificação Herity de vinte e dois bens culturais no Médio Tejo Certificação de vinte e dois bens culturais do Médio Tejo, localizados em onze concelhos do Médio Tejo (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha) através do Sistema de Avaliação Global Herity
artesanato pegacho, o preferido da chefa, foto tirada da net, exposição do clube de campo
Disse aqui e no Reexistir por Abrantes outro dia o arq. António Castel-Branco que as igrejas abrantinas estavam em bom estado de conservação.
Há quanto tempo não vai à missa o Arquitecto?
Porque estão num estado de conservação medíocre, com problemas graves, segundo nos salta à vista e consta de documentos oficiais que consultámos e que divulgaremos.
De quem é a culpa?
Do Graça e dos restantes membros do Conselho Económico que nadam em dinheiro e só fazem disparates e não conservam o património.
Exagero?
Para que serviu o acto de caridade de encomendar uma nova Igreja ao Albano Santos, para a E. da Barata, que não saiu do papel?
Fez a Igreja o Albano à borla?
Se pedirmos e vamos pedir ao C.Económico que nos informe quais foram os honorários do Albano e que impostos foram pagos sobre esses honorários, que sucederá?
Esse dinheiro tinha sido mais bem gasto em conservar as Igrejas, que são certamente Monumento Nacional, mas cuja manutenção quotidiana cabe às Paróquias e não ao Estado!!!!
A Igreja acima reproduzida pode incendiar-se em qualquer momento, é natural, é feita de fósforos.
E as Igrejas de S.Vicente e S.João que medidas preventivas tomou o Graça para as defender?
Quantos extintores
existem lá???
Confiar na Divina Providência é como fiar-se na Virgem e não correr. Porque nos anos 30 ou 40 (cito de cor a data, pode ter sido nos anos 20) um enorme incêndio devastou S.Vicente, perdendo-se boa parte do património artístico desse templo.
Vimos recomendar ao Conselho Económico e Social de São Vicente, onde se destaca a figura evangélica do jurista Baptista e superiormente dirigido pelo Presbítero Graça, bibliografia apostólica para estarem actualizados
Aplicando estes sábios e piedosos conselhos conseguirão implementar o Reino de Deus ou seja isto:
Com os cumprimentos do Supremo Arquitecto do Universo e saudações maçónicas
O Grande Capítulo da Loja Raul Rego do antigo e aceite rito escocês
(recebemos este comunicado desta prestigiosa Loja maçónica que é uma das instituições de referência da Cidade. Vamos celebrar com ela um protocolo de colaboração para defender Abrantes)