Há alguns anos a Construtora do Lena, implicada em Abrantes no caso Júlio Bento e a nível nacional, no caso Sócrates, com o seu ''padrinho'' acusado de corromper outro socialista (os da Lena adoravam socialistas), faziam cá vários investimentos, um deles comprar um Jornal e transformá-lo num pasquim liderado pelo esposo da Chefa e outro comprar uma Virgem de Fátima e oferecê-la ao burlão e falsificador José da Graça. A Virgem, paga pelo dinheiro dos alegados corruptores dum primeiro-ministro, é esta:
Veio substituir outra, legada pelas senhoras da piedosa família Moura Neves que foi a que se tornou responsável por esta péssima intervenção, num monumento nacional que passou por entaipar Deus Pai:
Para fomentarem a superstição mariana, tão denunciada por Sua Excelência Reverendíssima, D. Domingos Frutuoso, Bispo desta Diocese e pelo seu sucessor D.António Ferreira Gomes, com a colaboração de um ou dois cónegos vândalos, destruiram e esconderam belíssimos frescos medievais, únicos no concelho , que estão quase irrecuperáveis.
Diz a técnica que danificaram pinturas antigas, de difícil restauro. Ver minuto 14, 39 do vídeo da DGPC.
Tudo isto deveria fazer reflectir sobre os perigos das intervenções piedosas em monumento nacionais por parte de amadores e de cónegos analfabetos.
A técnica diz que não sabe donde vieram as peças. A Igreja não tem arquivo? Pergunte ao Dr. Luizinho. Havia umas tábuas quase iguais que residiam na retrete do Jornal de Abrantes, na R.Actor Taborda
mn
fotos : excertos do vídeo da DGMN, Virgem da Lena- JAL
Outro dia a Tubucci pediu à CMA relatórios das escavações recentes na Igreja de S,Vicente. Escusaram-se dizendo que não tinham.
Pelo Portal do Arqueéologo sabemos que a srª dr ª Maria Adelaide Costa Pinto, apurou, em 2017, isto:
''A Igreja de São Vicente, provavelmente fundada no século XII, e com a atual construção atribuida ao século XVI e XVII, encontra-se classificada como MN e apresenta uma importância significativa no que respeita ao património arquitetónico.A este igreja terão estado associadas em diferentes épocas, níveis de necrópole, que apesar de referenciadas, não foram até à data objeto de trabalhos arqueológicos. As várias obras que ao longo dos tempos foram realizadas na área envolvente ao monumento, terão alterado e afectado profundamente o subsolo, principalmente no adro principal e zona lateral Oeste. Em finais da década de 50 do século passado toda esta zona sofreu uma terraplanagem significativa, o que permitiu criar o actual adro e abrir a estrada de acesso à residencia paroquial. Os registos fotográficos mostram a demolição dos edifícios contíguos á igreja, o nívelamento do subsolo, quase até ao substrato rochoso. Facilmente se explica, assim a identificação de restos osteológicos muito fragmentados e dispersos, sem qualquer conexão anatómica. Na restante área de acompanhamento, não tendo ocorrido afectação no subsolo, não foram identificados vestígios arqueológicos. Os resultados, ainda que parciais, indicam a existência de níveis de ocupação de cronologia moderna, que podem ainda estar preservados sob o passeio que circunda a ala exterior Este da igreja.''
Conviria acrescentar que em escavações anteriores , que salvo erro foram da Dona Filomena Gaspar, se encontrou isto:
Aquando da abertura de valas para a instalação da luz de iluminação do monumento na zona exterior envolvente (promovidas pela Tutela) foi possível verificar, junto da porta principal da Igreja, 6 enterramentos, sendo 3 de adulto, 2 de criança e de 1 de jovem e duas outras zonas de enterramento no qual restava apenas um crânio em cada uma. Eram sepulturas abertas nos entulhos, dado que esse lado da Igreja (Este) assenta neles, sendo a zona Oeste ocupada por afloramento brando xistoso mas regularizado e sem qualquer enterramento. Eram sepulturas de inumação, com enterramento em decúbito dorsal e orientação S_N, cabeça a Sul, virados pois para o altar. Duas das sepulturas apresentavam como espólio funerário moedas, sendo uma delas bastante ilegível, contudo pelo diâmetro, espessura e reverso, parece tratar-se de reais de D. João III (1521-1557), coincidindo assim com a reconstrução da Igreja. Os corpos eram envoltos em sudário de linho e presos com alfinetes. Um deles levaria medalha de cobre. Corresponde ao número de inventário n.º 8 da entrada Castelo (Zonas envolventes) da freguesia de S. João. II Parte - Estações inventariadas após 1995. Carta Arqueológica de Abrantes.'' (texto Portal do Arqueólogo).
Falta descobrir os apontamentos de Mestre Diogo Oleiro para saber o que se encontrou nas obras dos anos 50.
mn
O esforçado Joaquim Candeias Silva publicou no boletim Zahara, nº 24, 2012, o artigo '' Paróquia de S.João Baptista de Abrantes'', onde dá algumas achegas para a história do templo abrantino.
Foto do amigo Eduardo Castro, com a devida vénia.
Publica uma lista dos párocos dela, bastante exaustiva, mas falta aí um e importante.
O Padre Doutor Fernando Rodrigues, doutorado em Cânones, Reitor de S.João, que aproveitou o seu saber canónico para fazer o que era e continuaria a ser tradicional num bom pároco de S.João.....desancar em S.Vicente, antro de relapsos e contumazes violadores dos direitos lídimos da primazia da paróquia de S.João.
Dirigiu o Reitor Fernando Rodrigues em 6 de Maio de 1487, data gloriosa, que o sr. Bispo devia mandar honrar com uma lápide à porta da Igreja, uma súplica defendendo a histórica primazia de S.João na procissão do Corpus Christi.
mn
bibliografia: Aires Moreira de Sá, Chartularium Universitatis Portugalensis (1288-
Esta foto da DGMN mostra a colecção de vasilhame do Cónego de S.Vicente de Abrantes onde prolifera uma homenagem clerical ao tintol, é vasta a colecção de garrafões, garrafas e outros recipientes.
A foto é de 1947 e atesta o amor do nosso clero à boa pinga. Pena que o Rev.Cónego Freitas só estivesse autorizado pela mana a beber um cálice de Porto. Mas também teria um depósito secreto de garrafões?
ma
com a devida vénia
Francisco Lameira, da U. do Algarve trata neste artigo do que foi o grande retábulo de S.Domingos, convento que uns vândalos quiseram arrasar. O Autor destaca a singularidade desse retábulo.O artigo aborda ainda para o caso abrantino as Igrejas de S.João e S.Vicente. A ler.
O artigo do historiador acaba de ser dado à estampa em 7 de Fevereiro de 2016 pelo Instituto de História de Arte da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNL.
Neste livro, editado pela Tubucci, Associação para a Defesa do Património da Região de Abrantes, em 2014. o historiador Paulo Falcão Tavares analisou e publicou também a imagem desse retábulo e tratou largamente do assunto..
ma
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Trata-se da Horta (antigamente dizia-se Passal) da Paróquia de São Vicente onde se cultivavam as couves e hortaliças do Reverendo Cónego Silva Martins.
O Cónego tinha um sacristão do Sardoal, (ele também era de lá) que se chamava Anacleto.
Depois da missa dizia sempre, ò Anacleto vai sachar a horta e não te esqueças de regar as hortaliças e apanhar as maçãs
O Anacleto rabujava, mas lá metia o barrete na pinha e ia cavar
Um dia tinha ido à procissão de Alvega, porque o padre de lá tinha o sacristão coxo e o Cónego Silva Martins emprestou-lhe o Anacleto
Procissão de Senhora dos Remédios, anos 40, cedido por um amigo
mas ficou muito confundido com tanto povo e perdeu o barrete.....
Voltou a Abrantes e na segunda-feira seguinte, quando tinha de ir arrancar as ervas da horta, viu que não tinha barrete. Zás foi à sacristia e apoderou-se do primeiro chapéu que por lá havia.....
Quando o Cónego depois de tomar a bica na ''Abadia'' com o Dr.Manuel Fernandes, foi à horta ver se o Anacleto estava a sachar ou a dormir debaixo dalguma árvore, viu-o com o chapéu desviado da sacristia
Ah! Grande safado, isso é o meu barrete que me deu o Dom Domingos Frutuoso!!!!
Atrevido! Ignorante! Sacrílego!
Assim terminou a carreira de sacristão do Anacleto.
mn
contado pela D.E.Coelho
fotos da DGMN 1947
a horta foi demolida pelos Monumentos Nacionais
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