Passou, na RTP, um documentário muito interessante do Paulo Seabra sobre Azeredo Perdigão.
Nele aborda-se o casamento de Madalena Farinha, depois mulher do Presidente da Gulbenkian com o matemático abrantino Prof. João Farinha, que precocemente morreu em Paris, onde era bolseiro, depois de ter sido preso político, bem como os problemas com a PIDE da mulher.
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imagem rtp
devida vénia Paulo Seabra
O Silêncios e Memórias destaca o comunista abrantino Doutor João Lopes Farinha casado como já viu aqui com Madalena Biscaia, depois Madalena Azeredo Perdigão pelo seu casamento com o Dr.Azeredo Perdigão.
(...)João José Lopes Farinha (Abrantes, 05/07/1910 – Paris, 19/10/1957), que se tinha evidenciado desde o final da década de 20, quando estudante de matemáticas da Universidade de Coimbra, e durante os anos 30 como antifascista ativo e militante comunista, com ligações à Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas. (...) Foi preso pela Inspeção de Coimbra em 02/09/1936, foi transferido para Caxias em 25/10/1936 e saiu em liberdade em 7 de Dezembro por ter sido despronunciado pelo Tribunal Militar Especial. Foi novamente detido em 10/12/1936, sendo libertado em 08/03/1937. No entanto, durante a década de 40, aderiu ao salazarismo e retratou-se em carta de 16 de maio de 1949 enviada ao Diretor da polícia política, confirmando a PIDE de Coimbra, em missiva de 21 de maio de 1949, que estava completamente modificado e que “a sua esposa se tem mantido também, desde 1945, completamente alheia a assuntos políticos”. Em fevereiro de 1950 foi contratado para o desempenho das funções de 2º assistente além do quadro na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra e faleceu em 1957, vítima de um enfarto de miocárdio, quando se encontrava em Paris com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para fazer o doutoramento em Ciências Matemáticas. (...)
devida vénia ao Prof. João Esteves do Silêncios e Memórias
O Pacheco Pereira data por meados dos anos 30 a primeira célula do PCP a funcionar em Abrantes. Mas acho que o João Farinha fez a sua vida entre a Figueira da Foz (terra da Madalena), Coimbra, a cadeia e Paris.
O Doutor João Farinha era aparentado com o cacique democrático António Farinha Pereira, que foi várias vezes Presidente da CMA antes do 28 de Maio. Falaremos dele outro dia, mais.
ma
Mandaram-nos uns e-mails perguntando quem era o docente da Universidade de Coimbra que foi o primeiro marido da Senhora Dona Madalena Biscaia. Eis o seu percurso:
O artigo é do eng. João Quintela de Brito, ilustre cientista abrantino, falecido o ano passado, sem que nenhum jornal abrantino o recordasse.
As obras dispersas de Lopes Farinha foram reunidas, por um grupo de colegas seus, da Universidade neste livro:
uma morte precoce e algum problema político relacionado com militância oposicionista condicionaram a sua carreira académica.
Lopes Farinha deixou viúva a Senhora Dona Madalena Biscaia Farinha, que depois se casaria em segundas núpcias, com o Dr.Azeredo Perdigão. Sobre o seu importante papel nas actividades artísticas patrocinadas pela Fundação Gulbenkian e sob o seu saneamento no ''PREC'' graças à actividade de um bando de energúmenos, algum dos quais anda por aí, pode consultar este blog.
Quando houve alguma intervenção da Fundação nesta cidade foi proposto à Tia Madalena fazer uma série de actividades festivas em homenagem ao abrantino que fora seu primeiro marido pela autarquia. Coisa recusada pela viúva porque o falecido nunca aceitaria homenagens da ''situação''.
MN
PS- O Jana justificou a sua escrita no ''Correio de Abrantes'' porque seria um jornal quase anti-salazarista.... como se pode ver por alguns artigos aqui publicados. Era Director, nesta época, o Sr.Ferreira, militante integralista lusitano e acérrimo defensor de Salazar...que era...também boa pessoa mas não gostava da facção do Dr.Manuel Fernandes...porque era da linha de Henrique Augusto da Silva Martins. Como se sabe a União Nacional esteve dividida quase até aos anos 60...
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