Sabemos muito pouco sobre a história da Oposição à ditadura em Abrantes. Boa parte do que se foi publicando, saiu neste blogue. Mesmo o que a Zahara publicou sobre o General Marques Godinho, foi em parte daqui retirado.
Aquilo que se publicou no blogue refere-se sobretudo à história da Oposição da campanha do General Delgado para cá (1958) e anda associado a nomes como o dr. Vergílio Godinho, dr.Orlando Pereira, dr.Correia Semedo, dr.José Vasco,
arq. Duarte Castel-Branco, drª Maria Fernanda Corte Real e Silva (que provavelmente teve mais importância entre 1960-1974 que muitos dos citados) e que com o marido passara já pelos cárceres da ditadura, e que com Mário Soares e Salgado Zenha estivera na direcção nacional do MUD Juvenil.
Além disso fora clandestina nas redes do PCP.
Estas ligações propiciaram a que Salgado Zenha convidara o dr. Orlando Pereira para fundar o PS de Abrantes, em 1974, que ele recusou, por manter uma ligação ao PCP.
A história da Oposição nos anos 30 e 40 estava (e está por fazer) embora aqui se tenham evocado alguns nomes, como Fernando Farinha Pereira.
A autora, de créditos firmados na investigação regional, estuda o papel do prestigiado médico da Santa Casa sardoalense, na montagem (ou relançamento porque a informação que temos é que já havia outras redes maçónicas em Abrantes, a que esteve ligado por exemplo Diogo Oleiro) do Grande Oriente na região.
E o nome ao lado do médico que surge é o de Fernando Farinha Pereira
A partir do triângulo 331 do Entroncamento, Farinha Pereira vai ficar responsável por montar a maçonaria em Abrantes.
As actividades maçónicas são em parte a cobertura para se montar uma rede conspirativa, dirigida entre outros pelo dr.João Soares e por militares. Pretendia-se criar um levantamento militar nacional contra a Ditadura.
Cria-se uma rede civil, particularmente activa no Rossio ao Sul do Tejo, inclusive com reuniões no Tramagal, em casa do médico da MDF, Correia da Fonseca, e ainda na do ex-deputado democrático dr. João Damas (Poitou,45)
Que no entanto na época estava já ligado ao grupo estado-novista do dr.Manuel Fernandes e em ampla discórdia com o cacique Henrique Augusto da Silva Martins.
Segundo a autora citada, o homem fundamental na conspiração na zona foi o guarda-livros da Casa Serrano, Manuel Jacinto, natural da Chamusca...., residente na Rua Avellar Machado, no Rossio....,
que terminaria deportado para os Açores (como o médico) e e só foi libertado em 1939.
Sete anos de presídio em Angra do Heroísmo.
Na conspiração estava previsto que o major José Garcia Marques Godinho liderasse o golpe em Infantaria, aboletada em São Domingos. (Poitout,47)
Boa parte das actividades do Jacinto, passaram-se no Rossio . E aí é ainda apontado o nome do dirigente comunista Manuel Alpedrinha, um dos poucos comunistas com filiação maçónica, na mesma loja lisboeta, a Rebeldia que Wheelhouse.
A autora refere ainda a posterior carreira do médico na tentativa de refundação do socialismo português.
Um dos primeiros autores a referenciá-lo foi o Doutor Jorge Santos Carvalho, in
Transcrevemos parcialmente as dessassombradas declarações do dr.João Soares, sobre este caso, no facebook
''Há limites claro, Ana Benavente, amiga, mas insultos, ou purgas, não é a cultura do PS. E tu sabes muito bem que o Manuel dos Santos não é racista. Era o que mais faltava, era que agora, num contexto favorável, com um Governo nosso a governar bem, o PS entrasse num processo de purga interna. Há limites para o absurdo, e para a cultura de intolerância. O PS não é o Hamas (esta é só para ti, Ana, não resisti)" Também ainda no mural do Antonio Dias, respondendo a Joana Lopes, que cita jornais onde se diz que Costa poderia defender expulsão : "Joana Lopes Não acredito que Costa defenda expulsão de Manuel dos Santos. Mas, mesmo que defendesse, eu não concordaria. Essa não é a cultura, e a tradição do PS. Seria um erro grave. Que me lembre só foram expulsos, em "purga" interna organizada pelo Antonio Reis, os trotskistas infiltrados, Aires Rodrigues e Carmelinda Pereira. Eu, não fui ouvido, mas já nessa altura não estive de acordo. E, sobretudo, o Manuel dos Santos, não é racista. Ninguem que o conheça pode ter duvidas sobre isso. A começar, penso, pela propria Luisa Salgueiro. Estranho é que tantos veteranos do PS Porto, companheiros de Manuel dos Santos, não sejam capazes de escrever o que acabei de escrever. O Manuel dos Santos, pode ter sido infeliz e mesmo incorrecto, no que escreveu, mas não é racista. Ponto. E digo, o Manuel dos Santos não é racista, com a mesma convicção com que lhe disse a si Joana, que o Rui Perdigão tinha dirigido um dos carros da fuga de Peniche. Você desmentiu-me. Depois reconheceu que sim. Todos, nos enganamos e cometemos erros. Um partido não se torna mais forte quando "expurga" quem não está de acordo, ou comete um erro (...)
O ex-ministro da Cultura e resistente anti-fascista destaca o artista plástico e blogguer abrantino António Colaço, que se lança numa nova perfomance artística, como revela o Diário de Notícias.
Resolvemos nós destacar um velho e sempre actual texto do António....sobre Luiz Oeesterbeck, o Nobel do Piaui.
Entretanto....o Nobel ......deve ter aproveitado a estadia para se encontrar com a Lurian, que coitadinha se encontra na fossa, porque o Papá foi acusado de novo crime...
Por seu turno, o mimoso poeta Luis de Castro Mendes, que antes do 25-A. animava os CBS- Comités de Base Socialistas, ainda não arranjou tempo para responder ao Deputado António Filipe acerca da bandalheira que a delicada Maria do Céu Antunes, nora do dr.Amândio de Albuquerque, grande benemérito da Bairrada e ex-delegado do MFA nas primeiras eleições livres em Aveiro, autorizou no Real Convento de S.Domingos (designação proposta pelo Candeias Silva na Cronologia centenária).
O poeta Mendes se calhar está a cozinhar um soneto, para responder em verso ao requerimento do deputado comunista....
Resta ler o excelente artigo no DN, do qual se selecciona a frase de Jaime Gama para definir o Colaço : '' místico desterrado em ambiente político trepidante''.
No meio desta cena de mau gosto não se ficou a saber ao certo o que na essência separava o dr. Lamas do ministro.
Como o dr. João Soares muito bem sabe, não tenho por ele qualquer respeito nem como homem, nem como político. Houve pessoas – Teresa Gouveia e José Manuel Fernandes – que, a propósito do “caso Lamas”, descobriram agora a insignificância e a grosseria dessa lamentável personagem. Chegam tarde. Claro que o ministro podia ter chamado discretamente o director do CCB para o demitir, alegando, como está no seu direito, falta de confiança política ou pessoal. Mas João Soares preferiu fazer do incidente um espectáculo público. Ameaçou o dr. Lamas, exibiu os seus poderes (que lhe vêm exclusivamente do cargo) e no fim ainda se foi gabar para a televisão. Não se percebe o motivo de toda esta palhaçada, excepto se pensarmos que ele é no Governo um verbo de encher e que o PS o atura por simples caridade.
Infelizmente, no meio desta cena de mau gosto, não se ficou a saber ao certo o que na essência separava o dr. Lamas do ministro. O dr. Lamas fizera uma obra extraordinária em Sintra, restaurando monumentos, do palácio da Pena ao chalet da condessa de Edla, reabilitando jardins, acabando com os crónicos prejuízos da parte cultural da vila. Mas, transferido para o CCB em 2014, resolveu repetir a receita e transformar a zona entre a Ajuda e Belém no seu segundo parque turístico. Embora publicado na Internet, nem a televisão, nem os jornais, que discutem as mais sufocantes banalidades, discutiram o plano do dr. Lamas. Mesmo o Ministério da Cultura e a CML não se manifestaram. E, quando o sr. Soares desembarcou no Governo, decidiu liquidar a coisa sem uma palavra de explicação.
Isto de mandar no povinho sem sequer o informar não é bonito. Sendo lisboeta, não me apetece muito que entre a Ajuda e Belém apareçam durante o ano inteiro milhares e milhares de turistas, tapando a vista e atravancando as ruas. Mas gostaria de saber o que o dr. Lamas pensa sobre o assunto e já agora o que pensa, se pensa alguma coisa, o sr. Soares. De resto, a mais preliminar consideração pelas pessoas exige que os moradores do sítio sejam previamente consultados. Reconheço que a vontade do país não é a grande preocupação do dr. Costa, mas não custava muito ouvir as pessoas que, em última análise vão, ou não vão, ser vítimas da fantasia urbanística do Ministério da Cultura ou da CML. Dissertações sobre a falta de maneiras do dr. João Soares não nos levam longe.''
devida vénia ao Público
A pena do VPV é arrasadora, esperemos que embirre com outro e dê cabo dele.
Estou alucinado com a indignação provocada pelas recentes declarações de João Soares, bem reveladora da perda do sentido da honra e de referências culturais e de identidade nacional de muitos portugueses.
Se Vasco Pulido Valente e Augusto M. Seabra resolvem recuperar a tradição caceteira do publicismo novecentista, recorrendo ao insulto pessoal para regozijo dos leitores, têm que aceitar com naturalidade que aqueles que sovam se defendam com recurso às mesmas tradições. É claro que seria muito mais elegante se João Soares tivesse ameaçado com umas bengaladas, mas a troca destas por umas bofetadas é perfeitamente aceitável, atendendo a que as bengalas caíram há muito em desuso.
Por outro lado, João Soares presta neste caso uma homenagem aos costumes fadistas e marialvas tão enraizados na Cultura portuguesa e que tiveram e têm cultores de todas as tendências e áreas políticas, tais como os grandes intelectuais Nuno Salvação Barreto, José Carlos Ary dos Santos e Manuel Alegre.
Vamos lá indignar-nos com aquilo que merece a pena e deixemos João Soares resolver os assuntos de honra à antiga portuguesa!
Engº João Silva
NR-Há mais grandes intelectuais, conheci um que fardado partiu a cara ao Henrique Augusto Silva Martins, que era Presidente da CMA. A questão é distribuir paulada efectiva e não ficar pelas ameaças. O João Soares se não passa à acção, fica ao nível do Ramalho Eanes e do Miguel Sousa Tavares, que prometeram partir a cara ao Augusto Cid (o indígena de Alcains) e ao VPV
Vimos requerer ao Sr.Ministro da Cultura que quando passe por um arquitecto que queira construir uma torre de 40 metros de altura no Convento de S.Domingos, que aproveite a maré e lhe dê uns pares de bofetadas. E a um Presidente da Câmara que defenda isso, um pontapé no traseiro!
É a opinião do Sr.Dr.João Soares sobre o que diz o Costa, candidato do regime (incluindo do Ricardo Salgado) a D.Sebastião.
''Calúnia miserável. Falso. Indecente. É, infelizmente, o que posso dizer do ataque de António Costa a António José Seguro, no Correio da Manhã. Ainda por cima redonda e rigorosamente falso. António José Seguro nunca partilhou, nem partilha, consultores com Luís Filipe Menezes. Isto, vindo de quem acusa o adversário de fazer ataques pessoais. Do Correio da Manhã online, agora: "António Costa, candidato às primárias do PS, acusou este sábado à noite o seu adversário eleitoral, António José Seguro, de partilhar os consultores de Luís Filipe Menezes, o ex-autarca de Vila Nova de Gaia que está agora a ser investigado pela Polícia Judiciária do Porto por suspeitas de corrupção. As acusações ao atual secretário-geral do PS surgem no seguimento das declarações de Seguro, esta sexta-feira à noite em entrevista à CMTV, em que este disse que "há um partido invisível, que tem o verdadeiro poder". Também na entrevista à CMTV, António Costa voltou a dizer que Seguro fez a sua campanha com base em ataques pessoais: "Acho que faz mal, mas foi o estilo que escolheu."''
João Soares
foto distribuída pelo dr. João Soares que não tem papas na língua, nem deixou meter água em Lisboa
o dr. Soares acusou o Costa de não dar a cara em Lisboa
o Costa disse que a culpa era do boletim meteorológico
Comprovados os documentos ficou-se a saber que o Costa além de mentiroso, é que era cliente do Sr.João Tocha e que ademais ainda não lhe pagou...
As declarações de João Soares sobre Almeida Santos como o símbolo do ''centrão de negócios'' geraram enorme polémica. O filho de Mário Soares volta à carga:
A tropa fandanga que Soares denuncia em Abrantes chama-se ''sociedade civil''.
Recordarei que para ''alegrar'' as comemorações solenes dum seu aniversário, o PS de Abrantes escolheu nada mais, nada menos para presidir às festas Almeida Santos, o gajo que levou o partido ao pior resultado da sua história .
MA
Como é que se chamava o socialista da sociedade civil que foi pedir aos donos do São Pedro para alugar aquilo ao