Quarta-feira, 22.09.21
Jorge Sampaio.
Paz à sua alma!
Falha minha ou não se fala muito, pouco ou nada sobre alguns pormenores da carreira política de Jorge Sampaio?
Spínola teve de afastar Sampaio das Nações Unidas decorria o ano da graça de 1974. Cravinho também levou pela tabela. Motivo? Quem lê os documentos desclassificados entretanto pelo Governo dos EUA e que andam já por aí publicados, há-de saber o que andava por lá a fazer Sampaio. Segundo a versão de Mário Soares o qual enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo "sugerido" pela Grande Loja, nomeou Jorge Sampaio e João Cravinho , estes, "andavam a explicar aos EUA e à URSS o processo do 25 de Abril...". Esta, a versão oficial. Mas há outra, implicitamente verosímil. Sampaio teria os seus contactos com os movimentos de libertação, ou seja, terroristas. Spínola não terá apreciado especialmente estas "facadas nas costas". E, passados uns meses, mandou-os regressar. Mas o "empurrão" de Sampaio para o trágico abandono dos territórios ( a guerra civil veio a matar alguns milhões na sequência da anarquia decorrente da secessão do Estado) ainda está por merecer a atenção e o interesse dos historiadores ( quase todos da esquerda).
Certo, certo, é que, Spínola viu-se forçado a vir reconhecer o direito à auto-deterninação dos povos sem que esse direito alguma vez tivesse sido prevenido e acautelado.
Um desastre que se deve a pessoas como Jorge Sampaio. O programa do MFA não previa a independência das territórios não autónomos.
Jorge Sampaio é o mesmo que verteu lágrimas por Timor e que entregou Macau (mais Cavaco) aos Chineses. Nem a declaração da ONU que reconhecia o direito da população de Macau a ser ouvida, serviu para alguma coisa.
Jorge Sampaio é o mesmo que condecorou a Isabelinha das Brigadas Revolucionárias as quais brincavam ao terrorismo bombista. Parece que foram roubadas cerca de mil espingardas automáticas G3 pela alegada mão da Isabelinha e do Antunes que vieram a servir alegadamente para assaltos a bancos e à repartições da Fazenda pública. Houve condenações. Nada que demovesse o antigo camarada Sampaio na atribuição da Ordem da Liberdade a uma certa senhora.
Jorge Sampaio é o mesmo que pregou uma armadilha a Santana Lopes e num golpe palaciano dissolveu o parlamento, sem que houvesse alguma ténue sombra de irregular funcionamento das instituições. Jorge Sampaio é o mesmo que maltratou o condutor quando este se enganou um dia no caminho para Constância.
Não!
Nunca gostei deste político que se dizia independente dentro do partido.
Paz à sua alma.
Sobre as suas virtudes já sabem pois a comunicação social dos privilegiados da exemplar descolonização muito fala.
Jorge Sampaio é o Presidente da República eleito que só depois de ser eleito revelou o problema muito grave de saúde que tinha.Safou-se então na operação. Estas candidaturas são ordenadas pela Loja... E "eles" não têm alternativa. Desmentem sempre!
Leiam! Leiam! Muito! Questionem. Não acham estranho tanta omissão dos nossos jornalistas? Tanto foco nas "lágrimas"? E... na mouche! Aí anda o Cravinho e a Isabelinha a fazer as ladainhas e de carpideiras.
Respeito o homem.
Mas discordo do político! Lamento!
José Luz (Constância)
PS- Mário Soares era o Ministro dos Negócios Estrangeiros e negociou a entrega dos territórios não autónomos e das populações, nomeadamente, aos ditos movimentos de libertação, onde avultavam os terroristas. Disso se trata nos documentos recentemente desclassificados pelos EUA. Jorge Sampaio foi incumbido duma missão precisamente por Mário Soares, no I Governo provisório, junto dos americanos, dos russos (...), e nós sabemos - porque sabemos ler- que foi aí que se gisou o abandono dos territórios e das populações nas mãos dos ditos movimentos.
A história há-de julgar Jorge Sampaio. Muito mais tarde. A frio.
Sábado, 11.09.21
Vasco Pulido Valente, in De Mal a Pior, D.Quixote, 2016
VPV conhecia o Sampaio desde os remotos anos 60, quando o Advogado passava as tardes na redacção do ''Tempo e o Modo'', que VPV assegurava porque o Director, António Alçada Baptista andava sempre a ver das ''gajas'', segundo o Vasquinho.....(e fazia bem)...
Um militante socialista conta como a distrital socialista do PS boicotou a candidatura de Sampaio a deputado, pelo PS, pelo Distrito, onde foi cabeça-de-lista em 1987. Entre os que boicotavam estavam alguns abrantinos, agora muito chorosos pela perda do ex-Presidente.
Nas memórias Sampaio esquece o fair-play e dedica umas palavras àsperas a essa gente.
No Correio do Ribatejo
Sexta-feira, 10.09.21
Jorge Sampaio – Conheço este antigo Presidente por dentro e por fora desde os vinte anos. Mas nunca o julguei capaz de descer tão baixo.
O segundo volume das memórias desta medíocre criatura, que tem todos os privilégios da praxe (uma grande pensão, gabinete de quatro ou cinco pessoas, escritório, automóvel e motorista), foi para meu espanto e até escândalo financiado pelas seguintes entidades: BPI, Fundação Oriente, Fundação Luso-Americana, Grupo Visabeira (ou seja, um grupo económico privado), Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova, PT e Mota-Engil.
Esta indignidade de um homem em quem milhões votaram é um insulto para o país. E ainda há quem fique perplexo com a corrupção do PS. Previno já que vou ler e escrever sobre as ditas memórias com a maior repugnância.
Vasco Pulido Valente
Quinta-feira, 18.02.21
in Fátima Rodrigues, Antigos Combatentes Africanos das Forças Armadas Portuguesas, A Guerra Colonial como Território de Reconciliação, Tese de Doutoramento na U. Coimbra, 2012
Nino Vieira foi ''agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal a 1 de Julho de 1996.[1]''.
Por Jorge Sampaio
Ou seja deu uma das mais altas condecorações militares portuguesas a um assassino de soldados portugueses.
Tem as mãos limpas?
Ou é conivente e premiou o responsável pela barbárie?
ma
Domingo, 26.03.17
Vasco Pulido Valente, no Observador, com a devida vénia
Lamentamos que o Pingo-Doce, o Casino Estoril, a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, a Cofina, a Casa do Povo de Cebolais de Baixo, as cotadas lusas com sede em Amsterdão e a Mercearia Dias & Lampreia não se tenham associado ao patrocínio. E a EDP do Catroga???
ma
Domingo, 22.11.15
dedicado a Jorge Sampaio que foi Alto-Comisssário da ONU para dialogar com esta marrã e os seus leitões
sn
Terça-feira, 10.11.15
O eng. António Martins é longamente referido nas memórias de Sampaio. É filho do Henrique Augusto da Silva Martins, Presidente da CMA até 1945-1946 e industrial de moagens.Provavelmente foi o gestor público abrantino mais influente de todos.
ma
Terça-feira, 26.05.15
Em 15-10-1957 o António Maria Paulouro, vice-presidente da CM do Fundão, informava a PIDE que D.Fernando de Almeida ''
Quem o diz é Joaquim Candeias Silva, que para variar faz a apologia dos Almeidas neste artigo, e de D.Francisco (apologia merecida), mas que se recusa a fazer a necessária condenação moral e cívica dum colaborador da temível polícia política nazi-fascista.
Estranhou-se depois o Candeias que o Jornal do Fundão não dê informações sobre as suas actividades no âmbito do Museu do Fundão.
Ora não sabe o Candeias que o Paulouro foi depois Director do Jornal do Fundão e se distanciou um bocadinho do regime?
Mas dar, seja em que circunstâncias for, informações à canalha do Barbieri é repugnante e para mim o Paulouro está definido.
Certamente que Delgado e Henrique Galvão fizeram o mesmo, mas redimiram-se de armas na mão, como cabe a heróis da lusitana gesta.
D.Fernando de Almeida foi o homem que primeiro se mexeu para salvar São Domingos de ser profanado por um barracão, o Palácio da Justiça. E para isso convenceu Antunes Varela, catedrático de Coimbra e Ministro da Justiça a salvar S.Domingos a meias com Duarte Castel-Branco e outros.
Por isso cabe aqui esta menção.
Mas a verdade deve ser dita toda, e não a meias, e o Candeias cita como bibliografia neste trabalho, este livro ou opúsculo:
Como se sabe o Candeias é Académico de História, e o Farinha dos Santos também o foi ou é.
Para começar a citação bibliográfica é incorrecta, porque a correcta é esta:
O Farinha dos Santos que em 1985 (!) elogia D.Fernando de Almeida e que escreveu algum manual de Arqueologia, foi de profissão subinspector da PIDE-DGS,
Desenho de Dias Coelho, amigo e colega de Duarte Castel-Branco, assassinado pela PIDE
e confirmou o uso da tortura sobre os presos políticos ( entre os quais esteve Duarte Castel-Branco).
Passo a citar Irene Flunser Pereira: '' o ex-sub-inspector Farinha dos Santos confirmou terem sido «usados interrogatórios prolongados para obrigar os detidos a confessar as suas actividades», «segundo questionários elaborados» por diversos investigadores, entre os quais Rosa Casaco.''
Foto retirada de Estudos Arqueológicos de Oeiras, artigo de João Cardoso, sobre o pide-arqueólogo.
Há mais para contar sobre o competente pide-arqueólogo?
''Referindo-se em Um Político Assume-se (Círculo de Leitores/Temas e Debates, 2011) a um período de prisão sofrido em 1949, Mário Soares
http://pt.electionsmeter.com/sondagens/mario-soares
escreve: “Numa fria madrugada fui interrogado na sede da PIDE por um tal Farinha Santos, meu antigo colega na Faculdade de Letras, que era então agente qualificado da polícia política. Brincando com uma pistola enquanto me interrogava, disse-me: “Se disparar e o matar, nada me acontecerá. Todos dirão que disparei em legítima defesa.” (…)” (p. 54). O “pide” a que Soares se refere era Manuel Luís de Macedo Farinha dos Santos (1923-2001), inscrito em 1942 na licenciatura de Ciências Histórico-Filosóficas da FLUL, que deixaria incompleta para só a terminar em 1958. A carreira de Farinha dos Santos na PIDE, onde atingiu a categoria de subinspector, terá terminado por volta de 1954, quando partiu para a Ásia ao serviço do Ministério do Ultramar. Depois de voltar à vida académica, dedicou-se à arqueologia e iniciou um percurso que o tornou um dos principais nomes da Pré-História portuguesa. Este artigo de João Luís Cardoso em O Arqueólogo Português resume a vida de Farinha dos Santos, professor, autor de Pré-História de Portugal (Verbo, 1972) e responsável pela descoberta e estudo da arte paleolítica da gruta do Escoural. ''
Escreveu Pedro Serra no blogue Tralha Útil
Resta acrescentar quem o convidou para reger as cadeiras de História na Universidade Livre, foi o Prof. Veríssimo Serrão, tinha de ser.
MA
agradecimentos a um ex-funcionário das Finanças de Alter do Chão, que depois (por mérito próprio) chegou a meritíssimo Juiz de Direito, o Dr. Abrantes que me esclareceu sobre o Farinha dos Santos e ainda a um prestigiado octogenário abrantino, muito elogiado por Jorge Sampaio nas suas memórias
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