Que Diogo Soares da Silva de Bívar foi o hospitaleiro anfitrião de Junot em terras abrantinas todos sabemos, mas é menos conhecida a sua vida de exilado e a sua obra brasileira (da qual o título acima é exemplo).
Também são pouco conhecidos os versos que o talentoso trauliteiro (e um dos homens que melhor manejou a nossa língua, grande escritor e extravagante frade) José Agostinho de Macedo dedicou à sua ''execução'':
(...)
Nem tu tornando, como espero, ó Abrantes,
Tubuciana Academia acima
Farás ir outra vez: Bivar honrado,
Se um voto menos te livrou da forca ,
Não podesie evitar que em torno d'ella
(Porque abafava com calor o dia )
Não d'esses vezes três serena volta ,
Co pardo e liso couro ao sol patente, Onde ingénuo igual teu Carrasco dicto Descarregou sonora sapatada Qne o povo de prazer deixava absorto , Pedindo ao ceo qne a gargantilha tua Se atasse nos paus três , onde ondeante Teu mascavado corpanzil ficasse!
(...)

naturalmente no livro do frade não escapa duma sova nenhum liberal...
Ingrato foi D.Miguel, não o fez Bispo, o homem merecia....
MN
o livro está on-line, o retrato do frade foi roubado à Wikipedia, sobre o Bívar o link brasileiro
José Agostinho de Macedo foi um padre contra-revolucionário, ladrão e mais coisas com um talento prodigioso para as letras. Ora era amigo de Bocage, ora estavam envolvidos em polémicas que quando não chegavam às vias de facto, se ficavam por magníficas trocas de insultos em verso.
Como se sabe é provável a estadia abrantina de Bocage que por aqui terá andado de amores com uma familiar de Manuel Constâncio.
Alguém descobre se o Macedo disse missa em Abrantes ou se acompanhou Bocage?
Sobre uma peça de teatro do Vigário Macedo fez Bocage esta crítica objectiva:
Na cena em quadra trágico-invernosa
Zaida se impingiu (fradesco drama!)
Apareceu depois, com sede à fama,
Tragédia mais igual, mais lastimosa:
O autor pranteia em frase aparatosa
Esfaqueado arrais, pimpão d'Alfama;
Corno o protagonista, e puta a dama,
O machão é Simeão, e a mula é Rosa:
Espicha o rabo (eu tremo ao proferi-lo)
Espicha o rabo ali o herói na rua,
Qual Muratão nos areais do Nilo!
Elmiro na tarefa continua,
Já todos pela escolha, e pelo estilo
Rosnam que a nova peça é obra sua.
Os versos de Elmano foram retirados de http://www.arlindo-correia.com/bocage_texto.jpg onde o Sr. Arlindo Correia descreve com humor e galhardia a vida do terrível Macedo!!!!
Miguel Abrantes
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)