Ora bolas, estavam no seu direito de fazer partilhas.
Parte da biblioteca está no IPT ( vamos ver se há pachorra para fazer a história, foi alojada à borla em instalações deste organismo, catalogada grátis por gente desta instituição e o Bayolo dizia que a dava, mas à última hora retirou o melhor e vendeu-o em leilões, à Torre do Tombo e a alfarrabistas.)
Constituições Sinodais do Arcebispado de Braga
Ora se o Bayolo se desfez deles, porque não podiam os manos fazer o mesmo?
ma
Alegadamente o ex-presidente do IPT e político da extrema-direita José Bayolo Pacheco do Amorim ofereceu a sua biblioteca ao IPT diz o Templário '': (...) Ofereceu todo o seu acervo bibliográfico e de seu pai à biblioteca do IPT, havendo uma sala especial dedicada a esse espólio. Também o principal auditório do IPT tem o seu nome. ''
Templário
Acontece que a 3 e 4 de Julho de 2013 parte da biblioteca do Amorim foi vendida em Lisboa em leilão pela Livraria Luís Burnay.
Acontece que alguma coisa dessa biblioteca tinha interesse abrantino e tomarense e não se percebe como não está..... no IPT.
Passo para o caso abrantino e já agora de Constância a transcrever 2 peças:
(...)22. ALORNA, Marquês de. - 1 Carta autógrafa (8p.; 22cm.)
Nesta extensa carta dirigida ao Intendente da Polícia Diogo Inácio de Pina Manique, o Marquês agradece ao Intendente e a Martinho de Mello a ajuda que lhe deram enviando durante algum tempo o especialista piemontês Mateus Biffignandi para tentar recuperar uma fabrica de seda que Alorna tinha provavelmente na sua Quinta de Vale de Nabais em Almeirim e que havia alugado a um Capitão Mor de Avis que descurou os cuidados a ter com o sirgo. “…
Fico também obrigadíssimo a V. Srª. E ao Sr. Martinho de Mello, pelo socorro que me derão para a restauração d’esta fabrica de seda, que se achava em grande decadência, pelo descuido e falta de exacção do Capitão Mor de Avis, que acaba de ser rendeiro d’esta fazenda. Este homem me deixou sem a semente dos bixos [ovos do bicho da seda] que lhe entreguei, e havendo negligencia em outra pessoa, que se encarregou de a mandar vir de Trás-os-Montes[quase de certeza da criação de José Maria Arnaud que viera com Biffignandi para Portugal por ordem de Pombal para desenvolver a fiação de sedas no país e que se instalara naquela região] já o anno passado não houve aqui essa criação. … A semente que trouxe Matheus Biffignandi, já vinha principiada a avivar: He de crer,que assim estivesse a d’Abrantes [onde houve também uma desenvovida sericicultura provavelmente ligada ao Marquês de Alorna] por ser impossível o seu transporte e n’este termos, a porção que V. Exª me mandou junta com alguma mais que pude colher
por outras partes, apenas poderá servir, para chegarmos a ter na Primavera que vem seis atthe oito arráteis que é a quantidade necessaria correspondente ás nossas amoreiras.” Refere em seguida uma tentadora proposta de sociedade que o italiano lhe havia feito, e que Alorna sabiamente modificou: “…Elle me propôs tomar a si as amoreiras, e as mais coisas pertencentes á fabrica, com a condição de me dar duas terças partes dos lucros, entrando eu com elle de meias nas despezas: Não quis eu estar por este ajuste, por ser para nós demaziadamente vantajozo, e pareceu-me isso sinal certo de se poder desvanecer em poco tempo: Receei que o ditto Matheus não tirando deste contracto as conveniências que esperava, viesse eu e muitas outras pessoas d’este Reino, a perdermos o fructo, que poderíamos tirar das luzes d’este homem:”
Assinada e datada de 30 de Março de 1787.Trata-se do 2º Marquês ( D. João de Almeida Portugal), Oficial Mór da Casa Real, Embaixador em França e casado com D. Leonor de Távora. Por causa deste parentesco esteve preso 18 anos (na Torre de Belém e no Forte da Junqueira) ás ordens do Marquês de Pombal. Era pai da famosa Marquesa de
Alorna (Alcipe)
107. CAMPAS. José.- 2 Cartas autógrafas
Cartas dirigidas ao Dr. Jorge de Faria. Na primeira o pintor envia uma fotografia de um dos seus quadros: “… Juntamente com esta carta envio a V. Exª uma “ pochette” na qual remetto a “photo” do meu quadro:“Na Praia (Ericeira), que figura na Exposição da “ Sociedade N. de Belas-Artes”, cujo “ vernissage” está marcada ainda para esta semana.” Na segunda, depois de “abraçar” o Dr. Jorge de Faria por um banquete de omenagem que a este tinham feito, diz: “…Tenho aqui (n’esta sua casa) as brochuras sobre theatro que prometi oferecer a Vª Exª, e assim muito me
penhorará, marcando-me dia e hora( a que mais lhe convier) para receber a sua honrosa visita, e gostosamente mostrar-lhe algumas das minhas obras e modesta biblioteca.”
Assinadas e datadas de Lisboa 13. IV. 1936 e 10 . VII. 1939. Em papel timbrado do artista. Juntam-se os respectivos envelopes e um cartão de visita'
in catálogo livraria Luis Burnay
José Campas viveu em Constância e foi professor da EICA.
Também anoto que será muito difícil fazer o estudo da indústria da seda no século XVIII em Abrantes, depois deste espólio ter sido disperso.
Enquanto investimos em cultura à razão de 2000 €/oliveira, vão-se vendendo nos alfarrabistas e noutros sítios os documentos e peças referentes à História da Cidade.
Proponho já nova medalha pró IPT e outra pró Pacheco (póstuma).
MN
O Bayolo, in Templário
Morreu José Bayolo Pacheco do Amorim, fundador e caudilho do IPT.
Quanto à actividade política na extrema direita populista, anti-democrática, salazarenta (sem nada a ver com a inteligência política de Oliveira Salazar), basta consultar o blogue Fascismo em Rede
''
Bayolo, no arch-port donde se retirou o horário do enterro.
Miguel Abrantes
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