José do Canto foi um rico morgado açoriano, um bibliófilo e camonista insaciável, um apaixonado pelos jardins, um lavrador iluminado que mudou a paisagem de S:Miguel, introduzindo novas plantas e edificando um jardim ( que hoje leva o seu nome) que é a glória da ilha, sabia-se isto tudo, menos que na sua ânsia para aclimatar plantas se dedicou a encomendar bolotas dos sobreiros abrantinos para enviar para a Austrália.
O seu agente em Lisboa, escrevia-lhe em 1877:
'' a cargo do Banco de Lisboa e Açores, encomendava para Abrantes a bolota corticeira que V. Exª me pedio, e quando chegar, depois de ser acondecionada conforme V. Exª indicou, será remettida para Londres ao Sñr. Bruno Silva para a enviar para Australia visto que aqui não ha agencia que se encarregue de lhe dar o dito destino'' (1)
Como se sabe a bolota abrantina não mudou a paisagem micaelense, nem a da Austrália. Foi a peste australiana, o eucalipto, introduzida em Abrantes, por Wiliam Tait, um inglês, com os mesmos gostos de Canto, que mudou a paisagem abrantina. Para pior.
MN
(1)Nestor de Sousa ''Os Cantos nos Jardins paisagísticos da Ilha de S.Miguel, ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 4, nº 1 (2000): 131-312
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