O dr. José Rafael Nascimento teve nos últimos anos um assinalado percurso de intervenção cívica e de defesa do Património. Com um punhado de abrantinos da sua estirpe, outro galo cantaria em Abrantes.
Publica-se com a devida vénia o seu relatório deste percurso:
''O percurso dum cidadão exemplar:
EU, ABRANTES E A MINHA ALDEIA/FREGUESIAS
Da intervenção cívica à intervenção autárquica, uma evolução natural.
''A MINHA ATIVIDADE CÍVICA
Ao vir morar permanentemente para a aldeia dos meus avós maternos, há cerca de 6 anos - Vale de Zebrinho (São Facundo), Abrantes - prossegui aqui a atividade cívica que sempre realizei nas terras onde residi. De facto, a cidadania é um direito e um dever que a cada um pertence e compete realizar, esteja onde estiver, em prol do bem comum.
Por isso, promovi na minha aldeia a requalificação da Fonte de Santo António e dos arranjos exteriores e interiores do Cemitério de Vale de Zebrinho, tendo evitado o mal maior que representava o projeto inicial do urinol implantado à porta deste. Contribuí, também, para a colocação de aparelhos Fitness e para a chegada da Fibra Ótica à minha aldeia.
Neste período, lutei e consegui a colocação de sinalização rodoviária no cruzamento Pego-São Facundo e participei, com a minha mulher Ana, em dois Orçamentos Participativos, tendo conseguido eleger 3 cursos de Primeiros Socorros (Geriátricos e Pediátricos) abrangendo as cinco aldeias, os quais foram já realizados.
A intervenção cívica não se limitou, contudo, à minha aldeia e freguesia. Também colaborei com o movimento de cidadania no Rossio ao Sul do Tejo, tendo sido cofundador e Secretário da Direção da Associação Rossio Con Vida. Entre outras iniciativas, foram várias as palestras que realizámos sobre temas de interesse para a comunidade.
A nível municipal, além de ter assistido regularmente às sessões públicas dos órgãos autárquicos, publicado diversos estudos e reflexões e participado ativamente em sessões culturais e debates diversos, defendi firmemente o saneamento básico na minha aldeia e a valorização do Mercado Municipal. Fui, também, cofundador do Movimento ALTERNATIVAcom e da Associação ABRANTEScom Alternativa.
Criei e administro há dois anos e meio o grupo dos Amigos do Mercado de Abrantes, o qual luta pela não demolição do antigo Mercado, pelo regresso do mercado diário ao seu berço histórico e pela dinamização do Mercado Municipal. Orgulho-me muito de defender esta causa, tendo comigo mais de 2700 Amigos.
Finalmente, disponibilizei-me para ser professor voluntário na Rede de Universidades Seniores em Abrantes e na região, tendo sido convidado para lecionar no Sardoal, o que fiz até ao surgimento da pandemia. Entretanto, fui regulamente publicando no jornal digital Mediotejo e colaborando na rubrica Conta-me Coisas da Rádio Antena Livre.
A minha candidatura aos órgãos autárquicos de Abrantes é, pois, a continuidade natural desta participação ativa, com a consciência de que, tendo mais poder de decisão, poderei fazer mais pelas 5 aldeias da minha União de Freguesias e pelo concelho de Abrantes no seu todo.
Contem comigo, eu contarei sempre convosco.
José Rafael Nascimento
Candidato pelo Movimento ALTERNATIVAcom à Assembleia Municipal de Abrantes e à Assembleia da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós.
(FOTO: Intervenção numa sessão pública da Câmara Municipal de Abrantes, em princípios de 2018)''
Transcreve-se com a devida vénia, o artigo do dr.Vasco Damas, candidato à autarquia pela Alternativa Com. E sublinha-se que tem toda a razão, as palavras ditas, e a forma como as disse, sobre o dr José Rafael Nascimento, são inqualificáveis....
OPINIÃO
por Vasco Damas | 14 de julho de 2021
EM DEFESA DA VERDADE, DA TRANSPARÊNCIA E DA HIGIENE DEMOCRÁTICA
Confesso a minha ingenuidade quando me lancei nesta cruzada em novembro de 2019. Acreditava que estava a contribuir para construir a Alternativa que Abrantes precisava. De facto, Abrantes precisava. De facto, Abrantes precisa, e, apesar de tudo, passado este tempo, tenho a certeza de que Abrantes merece.
Apesar da ingenuidade, estava consciente das dificuldades. Mas volto a confessar que não estava preparado para os obstáculos artificiais, construídos com base na má formação e na baixeza de carácter de algumas personagens da democracia local. As ameaças, as pressões e os condicionamentos, provam a falta de qualidade da têmpera dessas personagens, mas, a verdade mostra-me que cedo me preparei para esta realidade quando afirmei que o grande desafio estava em manter a coerência da minha essência, não me deixando contagiar pelo pior dos outros.
Apesar da minha educação e da forma como tenho mantido a elevação na discussão dos assuntos, há limites que, depois de ultrapassados, não posso continuar a tolerar nem a manter sob silêncio.
O episódio de ontem na reunião da Câmara Municipal de Abrantes, que acabou por ser a repetição requentada de vários episódios anteriores, ultrapassou todos os limites do aceitável quando colocou em causa o bom nome de um elemento da minha equipa. Se há alguém que merece respeito e um agradecimento pelos bons exemplos de cidadania ativa e participativa, é o José Rafael Nascimento. Eu sei que as suas interpelações são incómodas, mas elas são algo perfeitamente normal e aceitável em democracias maduras. Tudo aquilo que Abrantes já provou ainda não ser.
Mas Abrantes não tem culpa. A culpa é daqueles que se dizem democratas, mas que não aceitam a democracia se as coisas não forem feitas à sua maneira. Parece-me que fica tudo dito quando um vereador da oposição(?!), com o alto patrocínio do presidente (com letra minúscula) do município, elege como alvo preferencial um movimento que, apesar de não ter ainda elementos eleitos nos vários órgãos da democracia local, tem feito mais por Abrantes do que aquilo que esse alguém alguma vez fará em cem vidas que tenha para viver. Não porque não queira, mas porque não tem, nem nunca terá, um décimo da qualidade daquilo que o movimento ALTERNATIVAcom já mostrou e já produziu em vinte meses de trabalho.
Vasco Damas
Movimento ALTERNATIVAcom
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Apresenta-se como candidato a Presidente da Assembleia Municipal e a P. da Junta de S.Facundo/Vale das Mós, o dr. José Rafael Nascimento, professor universitário e activista de várias causas cívicas, entre as quais a da defesa do Património, designadamente o velho Mercado Municipal, ex-libris de Abrantes, que o caciquismo quer destruir, seguindo a saga obscurantista da cacique, de que o Valamatos é o legatário.
Nos últimos anos, o dr. José Rafael Nascimento tem animado militantemente a vida política e cultural abrantina, em artigos de imprensa, na rádio, na vida associativa, em intervenções na Assembleia Municipal e nas redes sociais, pondo em questão o autoritarismo barato dos caciques e a política autista daqueles que há 40 anos desertificam o concelho, distribuem tachos e obras aos clientes políticos, arrasam o património, governam-se e impedem o desenvolvimento local, relegando este concelho para a irrelevância, enquanto compram Mercedes de 60.000 € para a chefa.
Trata-se portanto de uma candidatura, com a marca do movimento independente Alternativa.com, destinada a contribuir a mudar Abrantes para melhor.
Desejamos-lhe boa sorte!
Publicamos o post divulgado pelo dr. José Rafael Nascimento, no site do grupo ''Amigos do Mercado e assinamos por baixo:
À BEIRA DO PRECIPÍCIO, PARA DAR UM PASSO EM FRENTE?
O executivo municipal reúne-se esta Sexta-Feira, dia 27 às 09,30h, para aprovar os termos do "Concurso Público Internacional de Conceção para a elaboração do Projeto de Reconversão do Antigo Mercado Municipal de Abrantes em Multiusos". O que querem dizer os eufemismos "conceção" e "reconversão"? Preveem o regresso do mercado diário ao seu berço histórico? Ou estará a autarquia a colocar-se à beira do precipício, para dar um passo em frente?
Considero que este processo está a ser conduzido de modo errado e ilegítimo, atentando contra os interesses de Abrantes e dos abrantinos. Se este concurso público não contemplar o regresso do mercado diário ao edifício que, por direito natural, lhe pertence, de nada servirá e o executivo deverá ser responsabilizado pelo desperdício de dinheiro. Já se percebeu que, onde está, o mercado não funciona nem funcionará. Este erro técnico e político custou-nos (e custar-nos-á durante anos) muito dinheiro e muito atraso.
Por outro lado, mesmo que contemplasse esse regresso, a conceção arquitetónica do multiusos deverá sempre apoiar-se e obedecer a um plano estratégico de marketing prévio que valorize e potencie as valências próprias do Mercado Municipal, garantindo-lhe uma elevada capacidade de atração, animação e negócio. A "carroça" está, portanto, a ser posta "à frente dos bois", o que é um erro crasso. Custa assim tanto perceber o óbvio? Por que se está a complicar o que é simples?
Este executivo municipal foi eleito com base num programa que, por omissão, defendia a demolição do antigo mercado (ainda previsto no PUA). Foi a pressão do grupo dos Amigos do Mercado de Abrantes e das forças políticas da oposição na Assembleia Municipal que evitou esse atentado patrimonial e identitário. Não tem, pois, este executivo legitimidade (nem suporte legal) para fazer deste edifício o que quiser, sem consultar os cidadãos. Trata-se, pura e simplesmente, de abuso de poder.
Peço a todos que acompanhem em direto a Reunião de Câmara desta Sexta-Feira e os desenvolvimentos posteriores, nomeadamente a sessão da Assembleia Municipal prevista para dia 11 de Dezembro. Esta autarquia prepara-se para voltar a errar, adiando mais uma vez o futuro do nosso Mercado, com elevado prejuízo para o desenvolvimento da cidade e do concelho. Não sejamos cúmplices deste vício político, por desinteresse ou pelo silêncio.
Vale a pena enumerar a lista do património edificado que se perdeu nesta terra, por incúria ou cegueira do poder político?
Já se fez várias vezes a lista do que perdemos, e o último imóvel significativo na nossa memória e no tecido urbano que estava condenado era o Mercado Municipal, obra entre outros dum arquitecto importante, António Varela.
A movimentação cívica para o preservar, em grande parte animada pelo grupo informal e apartidário, ‘’Amigos do Mercado’’, animado pelo José Rafael Nascimento, forçou o poder a dar o dito por não dito, embora a decisão de o abater, continue inscrita no PUA.
O edifício continua a degradar-se a olhos vistos, sem se vislumbrar qualquer intenção sequer de lhe lavar a cara, quando se aproxima mais um Inverno.
(foto ''roubada'' ao Coisas de Abrantes do sr. José Vieira)
A disfuncionalidade do ‘’bunker’’ continua à vista e para dar um uso social ao Mercado e reanimar o comércio seria lógico passar o mercado de frescos para o velho Mercado Municipal.
Foi neste sentido, que foi dirigida uma carta aberta pelo José Rafael Nascimento ao Presidente da autarquia, contestando também a anunciada decisão de reconverter o mercado em mais garagens, salas de cinemas e eventualmente um multiúsos, tudo através dum concurso de ideias a organizar sobre a égide da Ordem dos Arquitectos, onde prepondera o ex-Vice, Rui Serrano, que teve intervenção política na construção do Bunker.
A novidade agora reside que o Valamatos tenha vindo responder publicamente à carta que lhe foi enviada e deve assinalar-se o facto, pois representa aparentemente uma mudança de paradigma em relação ao autismo autoritário da cacique.
A carta contudo não adianta novidades, nem sequer anuncia as imprescindíveis obras de conservação, escudando-se na alegada falta de recursos financeiros da autarquia.
Também não explica, nem assume, a responsabilidade política sobre o flop que constitui a construção do parque de estacionamento do Vale da Fontinha, pouco frequentado e a escassa distância do Mercado, nem o absurdo de propor novas salas de cinema que cabiam perfeitamente no S.Pedro que se vai reabilitar.
Termina a missiva dando conselhos paternalistas ao dr.José Rafael Nascimento e pedindo-lhe uma atitude construtiva e fazendo alguma insinuação injusta.
Que atitude construtiva pode pedir quem alinhou na política destrutiva de demolir património significativo e querido dos abrantinos, como o Mercado?
Quem mantém edifícios significativos, adquiridos a peso de ouro, como a antiga Pensão Central, ao lado dos Paços do Concelho, num estado vergonhoso?
Quem parece incapaz de deter promotores imobiliários de vandalizarem património classificado, como é o caso da capela de Santo Amaro e de os punir?
São estes últimos considerandos da carta do Valamatos portanto injustos e parecem denotar a incapacidade de inflectir uma política urbanística errada, baseada em projectos faraónicos e que não assume que preservar a nossa herança patrimonial é culturalmente mais positivo que construir bunkers, que são um hino ao despesismo.
Basta visitar uma série de terras lusas para verificar que os antigos mercados se recuperam e revitalizam e são pólos de desenvolvimento locais.
As boas lições são para serem seguidas e estudadas. Portanto os defensores do Mercado devem continuar a lutar, para impedir um projecto disparatado.
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Publicamos um post do José Rafael Nascimento sobre a criminosa intenção de demolir o mercado de Abrantes, apesar da oposição popular e da maioria das forças políticas e culturais abrantinas
foto de Graça Rodrigues, com a devida vénia
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