Nesta carta de Julho de 1907, José Relvas propõe a Bernardino Machado a realização de conferências de agitação e propaganda em várias localidades do Distrito, algumas delas na nossa região e em Abrantes, designadamente
O fidalgo d'Alpiarça de incansável agitador republicano terminaria em frontal inimigo de Bernardino.
Já se publicou nota duma carta dele a Ramiro Guedes onde propõe o golpe militar como único meio para terminar com a ditadura dos democráticos.
ma
Em 21 de Junho de 1907, D.Carlos visita Abrantes, em plena crise política (era a ''ditadura'' de João Franco). Em Fevereiro, tinha havido um grande comício republicano na Praça de Touros. Pelas mesmas datas José Relvas aderia ao PRP e abria o Solar dos Patudos à propaganda republicana. Em 1906, os republicanos tinham tido cerca de 300 votos no concelho, frente a cerca de 800 dos dinásticos. Era Presidente da Câmara, o dr. Bairrão (regenerador). Formara-se o núcleo local dos franquistas, regeneradores-liberais, onde apareciam o solicitador Almeida Frazão, e alguns militares como Jacinto Carneiro e Silva e Abel Hipólito.
O correspondente local do Diário Ilustrado (franquista) é um importante vulto local, muito ligado a João Franco.
D.Carlos vinha visitar as unidades militares e seria hóspede do Conde de Alferrarrede.Com ele, o General Vasconcelos Porto, Ministro da Guerra e ferrenho franquista.
Por isso, Alferrarede teve uma importância especial na visita, o Rei visitou as fábricas que agora se concentravam no arrabalde da cidade, mas teve uma surpresa, quando descia a Ferraria, hoje R. 5 de Outubro ,teve de passar pela casa do influente republicano, António Farinha Pereira
No muro a seguir rubras e garrafais letras proclamam:
Viva a República!
O Vicente Themudo era o dono do Tainho e Pouchão. Da visita ao Sardoal temos foto e descrição no site Sardoal com Memória, que explica a polémica com os jornais republicanos abrantinos e as circunstâncias políticas da visita.
E temos uma extraordinária foto
Ilustração Portuguesa
A visita foi breve a 22 El- Rei demandava Lisboa
Ao mesmo tempo, João Franco desafiava os republicanos e a oposição monárquica (dissidentes do Alpoim, Regeneradores e Progressistas do velho cacique José Luciano) visitando o Porto e o latifundiário dos Patudos, herdeiro duma família que acolhera regiamente na Golegã, os marechais do liberalismo, depois da vitória da Asseiceira, recebia os seus novos amigos no palacete
e incendiava a Praça de Touros de Santarém, enquanto o Rei se assegurava da fidelidade das guarnições abrantinas.
As mulheres de Ribatejo escutando o tribuno. As fotos são da Ilustração Portuguesa e as do comício republicano, do grande fotógrafo Josua Benoliel.
mn
bibliografia : Eduardo Campos- cronologia para os dados eleitorais, Rui Ramos, D.Carlos, para enquadrar o contexto.
Depoimento oral do Dr.José Guedes de Campos
etc
a meias com Ramiro Guedes
'(,,,)julgo que desde que se enveredou por um caminho que desvirtuou completamente o pensamento da Revolução e entrega a República aos piores republicanos e aos mais detestáveis monárquicos, travestis de republicanos democráticos, há só a escolher entre estas duas soluções: ou fazer o vácuo completo em torno dessa quadrilha de embusteiros, (...) ou dar a solidariedade a um movimento militar, organizado com toda a segurança, do ponto de vista do êxito e dos resultados políticos a obter que seriam entregar o Governo da Nação os homens intelectual e moralmente capazes".
imagem roubada ao sr.Raul Garrido
Carta de José Relvas a Ramiro Guedes:
''Julgo que desde que se enveredou por um caminho que desvirtuou completamente o pensamento da Revolução e entrega a República aos piores republicanos e aos mais detestáveis monárquicos, travestis de republicanos democráticos, há só a escolher entre estas duas soluções: ou fazer o vácuo completo em torno dessa quadrilha de embusteiros, (...) ou dar a solidariedade a um movimento militar, organizado com toda a segurança, do ponto de vista do êxito e dos resultados políticos a obter que seriam entregar o Governo da Nação os homens intelectual e moralmente capazes".
nas memórias de José Relvas, organizadas por Carlos Ferrão e João Medina, Vol I, página 47
citado in José Relvas e a Implantação da República
Acho que durante uns dias vou ler as memórias do Relvas. Mas recomendo ler a descrição impiedosa de Teófilo Braga, feita pelo Relvas
mn
ANTT O SÉCULO 1936
A poderosa empresária abrantina não seduziu apenas aquele que seria, nos papéis, porque na letra da lei seria outra coisa (1), o seu 2º marido Balduíno de Seabra, militar, político republicano, deputado às constituintes de 1911, adido militar em Paris com Sidónio
Candeias Silva, Zahara,. 2010
governador civil fascista do Porto, usou do sua influência pessoal, de poderosa empresária, das ligações políticas do Seabra, para que políticos influenciassem os Governos em apoio às suas pretensões. E quem sabe, usou do encanto feminino.
Temos a prova,
TÍTULO: Carta do deputado do Congresso da República José Barbosa
DATAS DE INÍCIO: 1917-07-05
DATAS DE FIM: 1917-07-05
LOCAL DE PRODUÇÃO: Lisboa
RESUMO: Carta do deputado do Congresso da República José Barbosa intercedendo por D. Clemencia Dupin (Casa Dupin), que lhe pretende falar de problemas com o seu negócio devido a proibições da 1ª Guerra..
AUTOR: José Barbosa
TRADICAO DOCUMENTAL: Original
IDIOMA/ESCRITA: Português
(texto do Arquivo do Ministério de Estrangeiros)
Quem era o Barbosa? Era um cabo-verdiano, o único dessas Ilhas que fora eleito (com o Balduíno) nas listas quase únicas de 1911. Era este
O Barbosa era importante
Na foto, ao lado esquerdo, acho que está Machado Santos e do lado direito, o segundo parece ser o latifundiário da Golegã, José Relvas
(...) diz esta excelente página genealógica da sua família. (2)
Era unionista, dos amigos de Brito Camacho, que apoiariam Sidónio, como o Balduíno.
A carta a pedir favores para Dupin & Cª é de 5-7-1917.
Já dissemos que a Casa Dupin cresceu com negócios de guerra.
Em Dezembro de 1917, os unionistas como o Barbosa, os integralistas como o Pequito Rebelo, os militares descontentes, os monárquicos liberais (contrariando ordens expressas de D.Manuel II), os anarquistas da CGT, os católicos, todos unidos, elevam Sidónio, ex-chefe da representação lusa em Berlim, junto do Reich, ao poder.
Restam perguntas: a esta legítima actividade de lobby do Barbosa, corresponderam apoios económicos da Casa Dupin ao Partido Unionista????
É uma pergunta legítima e talvez tenha sido assim, mas no estado da questão não conheço provas. Mas sei que a política está relacionada com o dinheiro das empresas. Perguntem a Jeff Bush.....
mn
(1) Foi bígama Clemência Dupin? Provavelmente.Fica para outro dia
El 25 de septiembre de 2014, recibí una amable carta de D. Rafael Gómez Lozano, el historiador taurino que mantiene en la Red el Blog "Toreros Mexicanos", donde me adjunta un añoso recorte digitalizado de prensa de D. Antonio Martín Maqueda, donde anota: Carlos Relvas "El más famoso caballero portugués": La mayoría de los que ha ejecutado en Portugal proezas con caballos de doma especial, como son los destinados al rejoneo en las plazas de toros, eran lo que aquí se llaman "amadores". Estos es, trabajaban exponiendo la vida del caballo y la suya propia, por el placer de ejecutar el toreo, sin esperar remuneración alguna. El mayor número de ejecutantes de tan peligroso y romántico ejercicio se dio en la época de CARLOS AUGUSTO MASCAENHAS RELVAS DE CAMPOS.
Verdadero "gentleman" este "Carlos Relvas, manejaba el florete y la espada como un maestro de armas. Con las de tiro tampoco desmerecía; era en la caza una de las mejores escopetas de su tiempo. De su bien apuntado objetivo salieron para exposiciones nacionales y extranjeras muchas fotografías que le valieron en España, Italia y Alemania premios y menciones honoríficas. Cultivó la música y la pintura, y llevado de su gran afición al caballo, se presentó y logró destacarse en los hipódromos con sus bien domados y sabiamente conducidos equinos.
Nacido en la hermosa tierra Ribatejana, llamada con razón la Andalucía portuguesa, no es de extrañar en Carlos Relvas aquel ferviente culto, sobre todas sus otras aficiones, a los dos más hermosos animales del Universo: el toro y el caballo. Dicen los cronistas de Carlos Relvas, que reunía unas bellísimas cualidades morales y de carácter, cultivando a los que le trataban, y hasta los que solo conversaban con él, por su delicadeza y sensibilidad extrema, sin que esto quiera decir que en las ocasiones propicias no fuera voluntarioso y temerario "como los caballeros de la Edad Media". Cuéntase varias anécdotas suyas y de su caballo "Pérola", o "Perla". Un día fue a visitar a un amigo enfermo, y como no encontraba sitio donde amarrarlo, optó por dejarlo suelto. Lo acarició y lo puso junto a la pared, y sin más preocupaciones entró a ver al amigo doliente. Como tardara, la gente que pasaba por la calle se paraba para ver el hermoso ejemplar, al mismo tiempo que se extrañaban que estuviera abandonado. Al acercársele cualquier persona, relinchaba, haciendo salir a su dueño a la ventana. Carlos Relvas hablábale y el caballo seguía en su sitio, y quien intentaban acercársele, al ver que tenía dueño, seguía su camino.
Una de tantas veces que principescamente recibía a sus amistades en su palacio de Colegá, ofreció a los invitados, como también era costumbre en él, una corrida de toros (ya que los bailes de salón dejábanse para la noche), en la que el toreaba un par de reses y fueron otras banderilleadas también por los mejores banderilleros portugueses de aquel entonces: Roberto da Fonseca, Vicente Roberto, José Peixinho..., más un toro que un matador español que fue mandado venir para darle muerte a estoque. La corrida resultó buena y sin incidente de especial mención. Pero dos días después Carlos Relvas se vio envuelto en un proceso por infringir las leyes del reino y las de... la Sociedad Protectora de Animales. Por este proceso que se cernía sobre su cabeza le declaró guerra a muerte a la candidatura de Castelo Melhor y trabajó con denuedo por la victoria del candidato contrario, Mariano de Carvalho. Con tanto interés trabajó y puso su capital e influencia, que pagó a la Compañía de Ferrocarriles la dislocación de una máquina que fue desde Entrocamento a Abrantes para buscar a un "votante". Llegó el día de las elecciones, y, contra lo que todo el mundo esperaba, salió triunfante carvalho. El célebre proceso por la muerte de un toro nunca fue discutido ni juzgado.
com a devida vénia a http://www.lostorosdanyquitan.com/tragedias.php?y=1894
Mariano de Carvalho, o candidato eleito graças à locomotiva contratada pelo fidalgo da Golegã, pai de José Relvas
mn
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