Finalmente descobrimos quando ganhava o militante do PCP e administrador da empresa de matriz abrantina Jota Pimenta, excelentíssimo sr. Lázaro do Carmo Viegas
D. Lisboa de 9 Abril de 1975
Dois contos de réis por mês. Sendo o sr. Lázaro um tipo muito importante, tanto no PCP como na Jota Pimenta, é natural um ordenado jeitoso destes.
O Sr.Lázaro do Carmo Viegas era muito das relações do empresário do Souto, João Pimenta a quem traiu e ajudou a roubar a empresa depois do 25 de Abril, com a
ajuda dos seus camaradas gonçalvistas, acho que já contámos isso. Também era amigo do Octávio Pato, a quem transportava, quando este fazia actividades clandestinas, apresentando presumivelmente o competente relatório à polícia.
Se um informador importante ganhava 2 contos, os informadores da ralé abrantina, andariam pelos 500 escudos. Nomes .... wait and see.
O Lázaro também era das relações do Dom Agostinho de Moura, Bispo de Portalegre....
e das do ''resistente'' Francisco Canais Rocha
Zita Seabra, ''Foi assim'', com a devida vénia
Naturalmente o Canais Rocha apanhou uma medalha de lata de mérito cultural de Torres Novas. Foi para o compensar de não ter sido ministro. As biografias oficiais autárquicas do medalhado omitem que falou à PIDE e mentiu ao PCP, pondo em perigo dezenas de camaradas.
E houve quem tivesse sido expulso do PCP para expiar as culpas do Canais. Um dos expulsos, que não falara, terminou Ministro do PS.
Já sabemos a quem se dão medalhas no Ribatejo. A tropa desta. Ah! O Canais afirmava-se historiador. Porque é que ele nunca escreveu uma biografia do Lázaro do Carmo Viegas?. Talvez ganhasse uma medalha de mérito cultural abrantina....
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Para quem estiver interessado vai alguma bibliografia sobre o membro do Conselho de Administração da Jota Pimenta e militante do PCP, que era em simultâneo informador da Pide-DGS.
D.Agostinho entra em Abrantes, na sua excursão triunfal para tomar posse da Sé de Portalegre (documentário da SIC)
Os dois primeiros livros encontram-se com facilidade em qualquer biblioteca. No primeiro há informação também sobre a ligação de administradores da MDF com a polícia política e o comentário desta, que dado o paternalismo vigente na MDF não havia grandes problemas com subversivos, prova de que estava mal informada.
Interessante a notícia dada na revista para intelectuais ''Vértice'', publicada em Coimbra, mais ou menos conotada com o PCP, como a ''Seara Nova'', do casamento dum membro da família Pimenta.
Será que o Lázaro meteu uma cunha ou a Jota Pimenta era grande anunciante na ''Vértice''?
Também o era na revista ''Continuidade'', órgão oficial da DGS.
(retirado do Porta da oja)
Sobre o Lázaro: entrevista da Irene Flunser Pimentel ao Público: '' As pessoas ofereciam-se?
O Ministério do Interior recebia esse tipo de cartas, depois a PIDE é que dizia: esse homem não interessa nada, nem sequer tem relações com a oposição, ou é um analfabeto ou é um padre. Havia muitos padres, por exemplo, a oferecerem-se. É dessa cultura que eu acho que não se fez ainda o luto em Portugal.
Descobri determinados elementos depois da tese, que coloquei no livro, e confrontei-me com a dúvida de os colocar no livro, mas do ponto de vista da história eu tinha de divulgar. O Verdial toda a gente sabe, o Nuno Álvares Pereira toda a gente sabe, mas por exemplo, nas prisões de 61, do Octávio Pato, Pires Jorge, praticamente fica decepada a direcção do PCP em Portugal e foi através de um informador que se chamava Lázaro Carmo Viegas, que era do aparelho logístico do PCP. Era ele que transportava no seu automóvel os funcionários para as reuniões.''
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