Quinta-feira, 13.09.12

 

 

 

Graças ao nosso amigo Cidadão Abt identificámos o autor do quadro ''misteriosamente'' desaparecido do Hotel Turismo.

 

Graças a um empregado reformado do Hotel, dormi lá na última noite em que ele trabalhou, e teve uma vida ao serviço desta casa de referência da hotelaria abrantina, obrigado por tudo amigo, soubemos que Bonifácio Lázaro Lozano  ofereceu pessoalmente ao

 

 

por estar encantado com a hospitalidade abrantina o quadro que levou sumiço.

 

 

 

 

 

Com a devida vénia reproduzo do blog o Pintor e o seu Quadro de Jorge Costa Reis as imagens e o texto.

 

 



Bonifácio Lázaro Lozano nasce na Nazaré em Fevereiro de 1906, no seio de uma família de empresários do ramo conserveiro. Contudo, logo no ano seguinte, os pais mudam-se para Setúbal. Nessa cidade vive toda a sua infância e juventude e terá sido aí, muito provavelmente, que adquiriu o gosto e a sensibilidade pelos temas marinhos.

Apesar de ter saído da Nazaré com tenra idade, Lázaro Lozano sentiu toda a sua vida uma irresistível atracção pela vila piscatória e pelas suas gentes. Grande parte das suas obras, que hoje integram importantes colecções privadas e públicas por todo o mundo, retractam a sua terra natal, ou melhor, as suas pessoas: o pescador, a peixeira, as viúvas que choram os seus náufragos.

As primeiras lições de arte surgem aos 14 anos, com o professor da Escola Técnica de Artes e Ofícios, José Nolasco.

O ano de 1926 é decisivo para a sua formação como artista. Instala-se em Lisboa e ingressa na Escola de Belas Artes, sob a direcção de Veloso Salgado. Logo no ano seguinte alcança o primeiro prémio da sua carreira artística, o “Prémio Miguel Lupi”.

Em 1929, Bonifácio Lázaro Lozano obtém o título de professor na Escola de Belas Artes de Lisboa. No mesmo ano, é galardoado com a medalha de bronze na XXVI Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), com uma pintura a óleo. Inicia a adopção do expressionismo como solução estilística para as suas representações.

O início da década de 30 encontra o pintor a instalar-se na capital espanhola, onde obtém o diploma da Escola de Belas Artes de Madrid.

Em 1932, Bonifácio Lázaro Lozano casa com Maria Alice, a sua modelo preferida. No ano seguinte, nasce a única filha do artista, Ana Maria.

Em 1934, verifica-se um momento importante na sua carreira. A Real Academia de Belas Artes de S. Francisco, em Madrid, atribui-lhe o Prémio Conde de Cartagena e, com ele, uma bolsa de financiamento para o aprofundamento dos seus estudos. Contrariando todas as correntes bolseiras da época, que destacavam as grandes cidades europeias, Lázaro Lozano escolhe como destino a sua terra natal, a Nazaré.

Quando regressa Madrid, os trabalhos resultantes da sua estada na Nazaré, no âmbito da bolsa de estudo, merecem atenção. Nos anos seguintes, realiza várias exposições em Madrid, Tânger e em Lisboa, onde conquista o segundo lugar no prémio da SNBA.

Durante a primeira metade da década de 40, realiza várias exposições e recebe prémios. Entretanto, recebe nova bolsa para ampliar estudos em Portugal.

De 1942 a 1945 realiza exposições individuais e colectivas em cidades como Lisboa, Madrid, Porto, Barcelona e Caldas da Rainha, ou países como Buenos Aires e Brasil.

Em 1945, participa nas duas primeiras Exposições Gerais de Artes Plásticas (GAP) da SNBA, em Lisboa. Neste mesmo ano, dá-se o falecimento de seu pai.

O ano de 1946 caracteriza-se por novas influências dos pintores renascentista italianos que recebe, através das viagens realizadas com Luciano dos Santos. Muda-se então para Campo de Ourique e inicia um contacto com as paisagens da sua infância. O seu trabalho adopta um carácter mais escultórico.

Entre 1947 e 1953, participa nas várias Exposições de Artes Plásticas da SNBA e realiza duas exposições no Porto, sendo uma delas em conjunto com a filha, Ana Lázaro. Recebe ainda uma medalha de ouro e o 2º Prémio Silva Porto nas exposições da SNBA.

O ano de 1953 traz mudanças estilísticas na sua obra. Inicia uma temática mariana como reflexo da vida e da faina do mar, perdendo o fatalismo incutido inicialmente nas obras dos anos 30, pelo que os seus trabalhos se tornam mais suaves e mais expressionistas. As suas figuras apresentam-se em tamanho mais reduzido. Neste ano, ultrapassa os seus locais frequentes de exposição para se apresentar na Galeria André Weil, em Paris.

Em 1955 muda-se, a pedido da família, para Madrid, continuando no entanto a expor nas cidades portuguesas, nomeadamente nos arredores da capital.

Expõe numa colectiva do SNI e participa noutra realizada na SNBA, em 1956. Neste ano realiza também exposições em São Lourenço (Maputo), Universidade de Leeds (Inglaterra) e no Salão de Cultura-Arte (Berlim), entre outras que realiza nas habituais cidades ibéricas.

Em 1958, ganha uma medalha de honra com a pintura a óleo “Nazaré”, exposta no Salão de Primavera da SNBA, em Lisboa. No ano seguinte expõe na SNBA uma retrospectiva do seu trabalho intitulada “25 anos de pintura em 25 retratos da minha mulher”.

Na década de 60, inicia as suas viagens de Verão pela Europa e Ásia, que só findam em 1979.

Em 1971, inicia composições de instrumentos musicais, tema que desenvolverá até cerca de 1980, com sucesso.

É distinguido, em 1975, com Medalha de Ouro pela sua participação na exposição colectiva na Galeria Leonardo DaVinci, em Roma.

Entre 83/84, Bonifácio Lázaro Lozano compra um apartamento em Oeiras com a finalidade de aí passar algumas temporadas. Nos últimos dez anos de vida, expõe em várias cidades ibéricas: Sevilha, Badajoz, Lisboa, Porto, Estoril, Sintra, Setúbal e Oeiras, recebendo da penúltima a Medalha de Honra da Cidade, e da última a Medalha de Mérito pela Câmara Municipal.

O pintor faleceu a 24 de Abril de 1999, em Madrid. (Fonte: Oeste Online)

 

ww.pontoblogue.com/2008/12/o-pintor-e-o-quadro-6-lazaro-lozano.html

 

 

E agora a pergunta fica isto por aqui?

 

Tenho impressão que não....

 

Para começar irei um dia destes ao Grémio Eça de Queiroz almoçar com este senhor 

 

 

dr. Jorge Moura Neves Fernandes e aproveitarei a deixa para lhe perguntar em que circunstâncias exactas o ''Jornal de Abrantes'' passou para as mãos da Lena.

 

Depois conto....

 

Mas antes disso contarei como a chefa se meteu neste imbróglio e em mais imbróglios ''artísticos''....

 

 

 

É tudo?

 

Por enquanto, é.....

 

Veremos se o Noronha ainda nos dá mais uma peça do ''Caso Godinho'' que anda a afligir certa rádio, certo Moreira, etc

 

Para recuperar a verve, o Noronha foi ler o blogue da floresta.

 

Miguel Abrantes

 

PS-Gamei o título ao livro do Jorge Amado ''O Sumiço da Santa''



publicado por porabrantes às 22:53 | link do post | comentar

ASSINE A PETIÇÃO

posts recentes

O sumiço da santa tela

arquivos

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

tags

25 de abril

abrantaqua

abrantes

alferrarede

alvega

alves jana

ambiente

angola

antónio castel-branco

antónio colaço

antónio costa

aquapólis

armando fernandes

armindo silveira

arqueologia

assembleia municipal

bemposta

bibliografia abrantina

bloco

bloco de esquerda

bombeiros

brasil

cacique

candeias silva

carrilho da graça

cavaco

cdu

celeste simão

central do pego

chefa

chmt

ciganos

cimt

cma

cónego graça

constância

convento de s.domingos

coronavirús

cria

crime

duarte castel-branco

eucaliptos

eurico consciência

fátima

fogos

frança

grupo lena

hospital de abrantes

hotel turismo de abrantes

humberto lopes

igreja

insegurança

ipt

isilda jana

jorge dias

josé sócrates

jota pico

júlio bento

justiça

mação

maria do céu albuquerque

mário soares

mdf

miaa

miia

mirante

mouriscas

nelson carvalho

património

paulo falcão tavares

pcp

pego

pegop

pina da costa

ps

psd

psp

rocio de abrantes

rossio ao sul do tejo

rpp solar

rui serrano

salazar

santa casa

santana-maia leonardo

santarém

sardoal

saúde

segurança

smas

sócrates

solano de abreu

souto

teatro s.pedro

tejo

tomar

touros

tramagal

tribunais

tubucci

valamatos

todas as tags

favoritos

Passeio a pé pelo Adro de...

links
Novembro 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11

17

26
27

28
29


mais sobre mim
blogs SAPO
subscrever feeds