Que resta das 10 bibliotecas que houve em Abrantes no século XIX?
Justino Magalhães, Atlas da Educação,Atlas Reportório dos Municípios da Educação, p. 100 , Inst. da Educação da U. de Lisboa, 2014.
Onde estão os livros das bibliotecas dos conventos?
O Paulo Falcão Tavares tratou a biblioteca de S.Domingos no seu livro sobre o Real Convento e o Eduardo Campos analisou como se venderam ao desbarato e ao peso boa parte dos livros dos conventos. Restam coisas dispersas em bibliotecas públicas e particulares, nacionais e estrangeiras,incluindo no Arquivo Eduardo Campos que não as tem inventariadas e possui uma peça única em Portugal, sem a tratar e a apodrecer.
Vai o Breviário da Sacra Ordem dos Pregadores, uma belíssima edição setecentista que está na Biblioteca Nacional
Era das freiras da Graça
O autor foi Frei Thomas Ripoll, um catalão, que chegou a Geral dos Dominicanos
mn
A Associação de Cozinheiros Portugueses Profissionais recomenda dois conhecidos autores abrantinos como especialistas em gastronomia conventual
O Comendador * Paulo Falcão Tavares pelo seu livro ''O Real Convento de São Domingos'', editado pela Tubucci
e o Professor ** José Bobela de Albuquerque Carreiras pelos seus livros ''Mosteiros Cistercienses'' ( 3 volumes)
A recuperação da história dos nossos velhos conventos, outrora centros de cultura, passou pela actividade da Tubucci e da Associação dos Amigos de Cister, em Abrantes e noutras localidades do país.
mn
* Comenda concedida por SAR o Príncipe de Nápoles, Vitor Emanuelle,
Chefe da Casa Real Italiana,
** IPT
O Dr.Anacleto Fernandes Agudo, de Mógão Cimeiro (Sardoal), é um ilustre esquecido das letras regionais.
Entre outras coisas foi amigo de Teófilo Braga, grande erudito e 1º Presidente da República.
Muita gente precisava de ter à mão este livro dele.
E convinha reeditar o livro, difícil de arranjar e que durante gerações esclareceu dúvidas a muita gente.
O livro inclusive serviu para tirar dúvidas aos Conselheiros do Supremo.
O Dr. Anacleto escreveu vários livros e foi Professor de Liceu, esforçado e dedicado.
Mas a sua obra maior é este livro, tão actual. Utilissimo em tempos que há juízes que servem da Wikipedia para compor sentenças.
Se alguém tiver uma foto do Dr.Anacleto, agradece-se.
mn
PS- Isto dava para outro post '' A casa do Dr.Anacleto'' era a mal-chamada ''Casa dos Almeidas'' diz o Sardoal com Memória. Era um dos donos.
Recomendamos a leitura atenta do novo romance da autora castelhana. A sinopse é esta: '' Para esta obra, a autora altera o tema e o estilo e aventura-se numa história sobre um homem sem escrúpulos, que dedicou a sua vida a destruir reputações em troca de influências.'' diz a Livraria Colombo.
a redacção
O livro ''Longe do Mar'' de Paulo Moura, jornalista free-lancer,é um retrato duma viagem através da EN 2 , da raia transmontana até Faro. É uma narrativa que presta no título uma evidente homenagem ao "On the road'' do Jack Kerouak, e a toda a tradição literária e cinéfila norte-americana que escolheu o caminho de partir, em busca dum imenso país desconhecido.
E ao mesmo tempo é um diagnóstico do que é a realidade do interior do país, através das personagens que o Autor encontra na sua viagem.
Que acontece quando chega à região de Abrantes?
Encontra um crime passional, em que um marido enganado, Álvaro Fausto, industrial de casas de alterne, é alvo dum assassinato encomendado pelo amante da mulher, o ''Sossego'' a uns ciganos.
Os ciganos, mais o Sossego, fazem uma espera ao Fausto, mas a cena complica-se, há tiros de parte a parte, e é finalmente o Sossego, que é negociante de pinhões e vive no Couço, que mata o Fausto.
O crime dá-se nos Foros de Arrão,concelho de Ponte de Sôr, em 1998
O Fausto morre cravejado de balas de uma pistola 6,35 mm, no Hospital de Abrantes.
O assassino que, acaba na cadeia de Elvas e a viúva alegre do Fausto, ainda aparecem a corromper os guardas prisionais, para darem uma queca na cela da cadeia.
Depois a coisa complica-se.
É um retrato do nosso interior, bem aqui ao lado
Para que é vou ler histórias de detectives camones, se o Paulo Moura me conta, em grande nível, a história sangrenta e boçal, dum assassinato nos Foros de Arrão?
Parte disto saiu no Público e o autor aumentou as histórias e a Fundação Francisco Manuel dos Santos, editou o book na colecção ''Retratos''em 2016.
Curiosamente, o Público em 2009, publicou a história integral deste crime passional, mas no jornal os nomes das personagens não são idênticos aos do livro, bem como a designação de alguns locais . No jornal a vítima chama-se Gil Mário e há outras mudanças.
Leiam o livro e podem descobrir como é o nosso verdadeiro Portugal, diferente daquele, que as gazetas, subsidiadas pelas edilidades, descrevem, resumindo-o a fogos estivais, festas pimbas e discursos caciquistas. É duro de roer, mas esse é o nosso verdadeiro país.
mn
devida vénia: ao Paulo Moura (capa e texto transcrito)
Presta este blogue atrasadíssima homenagem a Abreu Lima que foi o autor dum Livro essencial para a História de Abrantes e que faleceu em 2009.
Entre as outras das suas actividades em prol da cultura abrantina destaque-se ''Pelas dimensões cabe aqui realçar que concebeu e montou em 1971 a grandiosa mostra «Pintura dos Mestres do Sardoal e de Abrantes», uma verdadeira retrospectiva sobre a arte pictórica portuguesa do século XVI, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian e Câmara Municipal de Abrantes.''
E falávamos de livros, foi co-autor de : Foral de Abrantes: Leitura dos Documentos Apensos, Bertrand, Lisboa, 1968 [orientação e edição literária e co-autoria com Maria do Carmo Jasmins Pereira];
edição fac-simile do Foral Manuelino de Abrantes, por encomenda da CMA
presidida pelo dr. Agostinho Baptista, para comemorar o cinquentenário da
elevação da Vila de Abrantes a Cidade.
Por curiosidade recorde-se que entre as actividades artísticas de Abreu Lima
esteve a construção da maquete da Cidade de Conacri que serviu para o Exército Português preparar a Operação Mar Verde, que levou à invasão da antiga Guiné Conacri, sob comando de de António de Spínola.
Foi a foto e estas notas ( as assinaladas a azul textualmente) retiradas
do blogue Escavar em Ruínas de Jofre de Lima Monteiro Alves. .
Merece uma visita demorada e aí se poderá conhecer melhor Abreu Lima.
Por Abrantes
Morreu recentemente Monsenhor Carvalheira, o mais importante dignitário eclesiástico do Concelho, tanto pela sua trajectória pessoal, política e religiosa como pela sua vida dividida por Portugal, Moçambique e França e depois o Rossio ao Sul do Tejo, onde morreu.
Devemos-lhe uma justa homenagem, aqui prometida, mas para já chamamos a atenção para o seu perfil publicado na Nova Aliança e para os mais curiosos pelo divulgado pelo Gabinete de Imprensa da nossa Diocese. (ler aqui)
As suas exéquias foram celebradas na Igreja do Rossio ao Sul do Tejo com enorme acompanhamento popular.
E no dia 31 de Dezembro morreu em Cascais o jornalista abrantino Eduardo O. Brito, com 94 anos, provavelmente o decano dos jornalistas portugueses.
Foto Entroncamento Online
Jornalista e ferroviário, apaixonado pelo cinema desde os longínquos anos 20, colaborador em quase todos os títulos históricos da Imprensa nacional, foi sobretudo no Diário Popular que se tornou célebre como o inventor dos '' fenómenos do Entroncamento''.
O Entroncamento online faz uma sentida homenagem a Eduardo Brito, sobretudo numa crónica de Manuel Fernandes Vicente, o homem do Público na região.
O senhor Brito publicara um livro ''Cá pelo pelo burgo'' em 2008, onde reunia as suas crónicas escritas no Jornal ''O Entroncamento'' que no dizer de Manuel Fernandes Vicente constituem a história do Entroncamento.
Brito colaborara também durante largos anos no Jornal de Abrantes, onde as suas crónicas cinematográficas e memorialísticas são um repositório indispensável para traçar a história do cinema e dos costumes em Abrantes, nas primeiras décadas do século.
Gozando duma memória prodigiosa, o Senhor Brito devia ter sido alvo duma série de entrevistas a reunir em Livro que constituiriam uma achega importante para a memória da cidade.
Mesmo assim deve agradecer-se a Fernando Velez, então Chefe de Redacção do Jornal abrantino, o seu regresso ao convívio dos leitores abrantinos.
Marta Ramalho entrevistou-o para o Jornal da Esta em 2006.
Mas mesmo assim ainda o pudemos ler no Jornal de Abrantes depois disso.....
Com a sua morte, boa parte da memória da Velha Abrantes foi bater à porta de São Pedro......
Por Abrantes
POR ABRANTES
O Snr. Traquina teve a ajuda de um nutrido grupo de ex-combatentes para editar o seu livro de memórias sobre a guerra na Guiné.
No blogue LUIS GRAÇA & CAMARADAS DA GUINÉ ESTÁ A LISTA DOS MECENAS E UMA INTERESSANTE NOTA DE LEITURA SOBRE O LIVRO.
Eis a lista dos que ajudaram a publicar o livro:
i'') Ex-Sol João Bento Cosme, sócio gerente da empres Construções e Habitações Lda, com 'sede em Vimeiro, Lourinhã (Telemóvel: 962 715 464);
(ii) Ex-Alf Mil At Inf Luís M. Simão Almeida, hoje advogado, em Lisboa (Telefone: 213 555 996);
(iii) Ex-Fur Mil At Inf Cipriano Augusto S. Monteiro, hoje gerente da Contassis – Contabilidade e Assistência Fiscal, Lda, com sede em Lisboa (Telefone: 213 511 510);
(iv) Ex-1º Cabo Trnms José Manuel de Oliveira Madeiras, sócio-gerente da Estrela da Beira – Sociedade de Comércio e Transformação de Carnes Lda, com sede em Milreu, Vila de Rei. (Telemóvel: 919 980 325);
(v) Ex-1º Cabo Radiotelegrafista António Joaquim Coelho, gerente da AJC – Serrelharia Civil, de Fernão Ferro, Seixal (Telefone: 21 124 047);
(vi) Ex-1º Cabo Mec Auto Rodas Manuel Fernando O. Magalhães., gerente da Auto Magalhães, de Jovim, Gondomar;
Teve ainda o patrocínio da Pensão Primavera, de Vidago (965 479 816); da Quinta do Lago, Alferrarede, Abrantes; e da firma Eusébio Catarino e Filho, Lda, Vale de Vacas, Amêndoa (Tel. 274 877 177).
Na prática, foi uma edição de autor, com o apoio financeiro de vários camaradas da Guiné. Trata-se de uma iniciativa que é digna de registo e merece o nosso aplauso.''
( O Texto é catrapiscado do dito blogue).
E nós também dizemos: OBRIGADO
por abrantes
A D.Alice Brito com as suas alunas nos anos 30. Foto inserida no livro do Sr.Traquina sobre a História do Souto.
Agradecemos naturalmente ao Snr.Traquina ter resgatado para nós as fotos duma escola rural abrantina nos anos 30.
Só quem não sabe o trabalho que dá fazer um trabalho destes, é que critica de forma boçal e invejosa.
POR ABRANTES
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