Cada véspera de 1º de Maio, o Gaspar e o poder autárquico procedem ao rito canónico de canonizarem Eduardo Duarte Ferreira, já tornado Comendador pela Ditadura.
Toda a gente sabe que o homem foi um grande industrial, saiu duma família remediada (o suficiente para mandar estudar o filho mais velho que foi boticário no Rocio d'Abrantes, em Farmácia que ainda leva o seu nome), foi um patrão paternalista e que na política alinhou com o grupo estado-novista de Manuel Fernandes ou seja foi adversário de Henrique Augusto Silva Martins.
Por isso quando explicam que a luta entre o clã do Martins e o clã dos Moura Neves foi uma guerra entre ''industriais'' e ''agrários'', estão a fazer o ridículo, porque com Manuel Fernandes estavam os patrões da MDF e das Fundições do Rossio, os Soares Mendes.
Também me explicam que os herdeiros do Comendador continuaram unidos a saga industrial, quando houve ainda em vida dele uma monumental guerra de partilhas, que andou pelos tribunais.
Terei pachorra para a abordar, hoje?
Com documentos na mão?
Não sei.
Quais foram as relações do Comendador com a PVDE?
Boas ou más? Caso a estudar
Mas o que abordo já é isto:
Diz o Senhor Dr.Martinho Gaspar. sábio e eloquente.
Ora, um homem com relações familiares com Abrantes, fez muito mais inovação que o Duarte Ferreira, empregou muito mais gente, marcou todo o Norte, e ganhou muito mais dinheiro e naturalmente foi muito poderoso.
Foto : CM de Vila Nova de Famalicão
O Narciso Ferreira saiu duma família pobre de rurais minhotos e chegou a ser um dos grandes capitães da indústria lusa. O filho, o Delfim, 1º Conde de Riba d'Ave foi dono do BPA e seguiu a saga. Ambos ( o Narciso e o Duarte Ferreira) montaram um sistema de paternalismo operário à moda do catolicismo social pregado pela Igreja do tempo.
Embora nenhum tenha tido um filho tão rico, como Delfim Ferreira, Conde de Riba d'Ave. O outro filho dele o Raul Ferreira, que tinha uns jardineiros de Casais de Revelhos, morreu na Casa de Saúde de Abrantes. Falei com a viúva do jardineiro, a Soledade, ainda prima da Menina Pintasilgo.
Lembra-se do Patrão Raul?
Lembro-me muito bem.
Já agora a foto do sócio tramagalense do Raúl.
Onde? Nuns coutos de caça abrantinos. A foto é de 1959.
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fotos CM de V.N, de Famalicão, Património Industrial do Vale do Ave; Grémio da Lavoura de Abrantes (Lavrador Bairrão)
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