Numa análise dos números publicados pela PORDATA, o Jornal Torrejano retrata o Médio Tejo e naturalmente Abrantes.
Os resultados do Médio Tejo são assustadores e revelam que a litorização do país se acentua e que mesmo uma região historicamente industrializada ( o célebre triângulo Torres Novas-Tomar-Abrantes, uma noção inventada pelo planeamento dos últimos tecnocratas do Estado Novo) caminha para a desindustrialização acelarada e para o despovoamento.
A década analisada corresponde, no caso abrantino, ao consulado caciquista da Antunes.
O resultado está a vista, destes concelhos, Abrantes é o mais pobre, porque é o que tem mais pessoas a sobreviver graças ao RSI.
Também é o que perdeu mais população, mais estudantes, o segundo concelho mais envelhecido, o 3º na taxa de mortalidade (apesar de ser um dos que tem um Hospital Distrital! ), e o que tem a taxa de natalidade mais baixa.
Tanto dinheiro e fundos estruturais e municipais gastos para criar empresas e perdemos 721 trabalhadores.
Tectânia, RPP Solar, as miragens conhecidas e as negociatas adjacentes.
Esta gente delapidou e administrou mal, arrastou um concelho que era próspero nas vésperas de 24 de Abril, para a irrevelância.
Para o suicídio demográfico.
ma
artigo no JT de João Carlos Lopes, com a devida vénia
gráfico roubado ao colega Tomar na Rede
No Expresso. E Abrantes é batida por Constância, Barquinha e pela terra dos fenómenos.
No Expresso.
mn
no Jornal Torrejano,a 30/8/ ..... artigo de JCL com a devida vénia
''(...)
Em grande parte das áreas relacionadas com a economia, emprego, segurança social, saúde, administração em geral, etc, os concelhos do antigo distrito de Santarém continuam a integrar a Região de Lisboa e Vale do Tejo. Mas para efeitos de fundos comunitários e, portanto, de planeamento estratégico e política de investimentos estruturantes, quando se pensava que era aí que teria de haver uma visão para um território coerente, os milhões da Europa vão ser mais uma vez dizimados a retalho, segundo as estratégias políticas pessoais e de "família" e, de preferência, a fazer pendant com calendários eleitorais. (...)''
O Autor tem toda a razão ao denunciar a ''manhosice'' engendrada para continuar a ''ordenhar'' a vaca europeia.
mn
O Juiz Conselheiro Francisco José Velozo foi um homem dum saber e duma erudição prodigiosa.
Neste trabalho, que é um capítulo da sua tese de licenciatura, disserta sobre a influência profunda do direito islâmico no sistema penal medievo, vigente no Sul e Centro do País.
E aborda o castigo previsto para o dono dum escravo mouro, que no Médio Tejo, faça das suas.
O dono responde penalmente pelas tropelias que fizer o mouro.
Francisco José Velozo, ''O Homicídio no Direito Muçulmano ''
Tinha de andar com cuidado o dono do escravo, porque a sua cabeça podia rolar, dado que respondia pelos crimes que eventualmente praticasse o muçulmano cativo.
Era assim em Tomar, Torres Novas...Ourém, etc....
Ler teses destas, onde se nota o magistério do grande Mestre que foi Marcello Caetano, é um gosto.
ma
Temos por mau costume ler as teses de doutoramento e às vezes de Mestrado sobre a Abrantes e a região e de as comentar.
Fomos ler esta
O Doutor Oosterbeek fazia parte do júri e publicou esta bonita mensagem sobre ela
Otros destinatarios: docent...@ipt.pt, docent...@ipt.pt, docent...@ipt.pt, docentes_ctesp_web...@ipt.pt, docentestes...@ipt.pt, Funcio...@ipt.pt, funciona...@ipt.pt, quaternary-pr...@googlegroups.com
A ilustre doutorada cita, na bibliografia, Manuel Silvio Alves Conde
E o Doutor Conde, que é o mestre da história medieval do Médio Tejo, diz,nessa obra, que um documento remoto, o Paroquial Suevo, refere Selium que é Tomar. Também acontece que a obra dada por não publicada, foi ...publicada
Também acontece que a Senhora Doutora é professora no IPT...em Tomar..
Podia ser isto um lapso, mas a interpretação que é feita da Idade Média é surpreendente:
p.122
Com que então não havia escravos na Idade Média!
Nem sequer em Abrantes!
Outro dia, no Médio Tejo, o sr. José Gaio evocou o foral afonsino (na edição do Eduardo Campos):
Depois a doutoranda diz que a Igreja se retirou para o campo!
A Igreja na Europa instalou-se desde os tempos dos Romanos nas cidades, nos campos (pagus) estavam os campónios, que tardaram em ser evangelizados (por isso o termo pagãos).
Os grandes Bispos que auxiliaram Afonso Henriques, como o de Braga e Porto, viviam nessas cidades e eram senhores delas!
Também diz que a Arquitectura Gótica '' não é fruto de influências externas'' (p. 122)
Passa depois a elogiar a Herity (onde manda um dos membros do Júri) e disserta sobre as políticas culturais e patrimoniais da CIMT e fala duma abordagem a partir da engenharia geográfica da valorização do património cultural.
Acerca das infrastruturas culturais abrantinas elencas-o desta forma
(pag 318 -anexo)
Acontece que a Biblioteca do Rossio de Abrantes está fechada, o Cinema fechou em meados dos anos 70, o MIAA ainda não passou do papel, a Galeria Municipal de Abrantes fechou há muito como o Cineteatro de Alferrarede. O Núcleo Museológico das Mouriscas parece que está arrecadado pela ADIMO, porque a Escola do Lopes está a cair e o Ecomuseu do Castelo de Bode já não existe!!!
É obra!
Mas teve 18 valores!
Não era melhor a Senhora Doutora ter ido aos locais ou ter consultado a História de Portugal do Prof.Mattoso, vol IV, a ''Monarquia Feudal'' (que não cita) para ter uma visão geral da Idade Média em Portugal????
Não devia o orientador ter chamado a atenção para estes lapsos?
Quanto ao Doutor Luiz Oosterbeek que estava no Júri que disse a estas coisas???
ma
PS-Acho que vou deixar de comentar teses por uns tempos....
Nesta tese de mestrado, a drª Sandra Loureiro estudou a ''Prevenção da violência nas diferentes formas dos ciclos de vida. O papel do Assistente Social nas (EPVA) nas Unidades de Cuidado de Saúde Primários-ARLSVT-IP''.
A tese foi defendida no ISCTE
Em Maio de 2016
Para a fazer teve de contactar os serviços respectivos. Sabem o que diz dos Serviços do Médio Tejo?
''Não respondem -pág X''
A tese é muito interessante.
ma
Segundo o Relatório da APA (2015), Abrantes tem o 3º preço de água, para consumidor doméstico mais caro, de todo o Médio Tejo, depois de Tomar e Ferreira de Zêzere
A estatística refere-se ao subsistema Norte RH 5- Tejo e Ribeiras do Oeste/Pinhal
Encargo para familia média (2,6 individuos por familia) com consumo de 128l/hab.dia= é de 239, 20 /ano
O peso nos orçamentos familiares é de
Outros municípios da zona como o Mação cobram uma média de 171,91€ , Vila de Rei 96,92,
Comentários ao gosto do freguês.
mn
(1) Plano de Gestão da Região Hidrográfica 2016-2020
créditos: APA
nota: o cálculo é uma estimativa da APA
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Alerta Vermelho
O Médio Tejo não é uma região, nem vai ser, porque não tem o mínimo que se exige, que é suporte demográfico"
Dados de 2015: nos concelhos do chamado “Médio Tejo” nasceram 1500 crianças e morreram quase 3500 pessoas, um saldo negativo de cerca de 1800. Cruamente, quer dizer que dentro de 20/30 anos Sertã, Ferreira ou Mação estão em processo de extinção demográfica já irreversível, Alcanena, Constância ou Abrantes não se podem rir muito, Ourém vai definhando gradualmente para Leiria e, sobretudo, o Entroncamento já entrou decisivamente na curva do envelhecimento. Curiosamente, Torres Novas “aguenta-se”, neste declínio do saldo fisiológico, melhor que Tomar e muito melhor que Abrantes.
Globalmente, o Médio Tejo não é uma região, nem vai ser, porque não tem o mínimo que se exige, que é suporte demográfico. É um barco a naufragar, sem apelo nem agravo... E por que razão isto é muito mais grave ainda do que parece, e que já é muito grave? Porque a progressão negativa do saldo fisiológico não é simplesmente aritmética. E, a juntar, temos ainda o saldo migratório, a diferença entre os que saem e os que se fixam em cada concelho (...)
artigo de João Carlos Lopes no Jornal Torrejano, leia tudo
Uma boa reflexão sobre o desastre demográfico
a redacção
COMISSÃO DE UTENTES DA SAÚDE do MÉDIO TEJO
Avenida 8 de Julho, lote 4 r/c - 2350-724 TORRES NOVAS
Tel/Fax: 249 822 883 Email: usaudemt@gmail.com Blog: http://usmt.blogs.sapo.pt
Face: https://www.facebook.com/cusmt.mediotejo
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Membro do MUSP (Movimento de Utentes dos Serviços Públicos)
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Conferência(s) de Imprensa
12 de Janeiro (segunda), 18,30 horas
ABRANTES, TOMAR e TORRES NOVAS
AS POPULAÇÕES PRECISAM E MERECEM
CUIDADOS DE SAÚDE DE PROXIMIDADE E QUALIDADE
Há quem tente empurrar as pessoas para a passividade e a conformação. Mas apesar de alguns até já terem perdido a capacidade de indignação, sabemos do significado humano, social e político da nossa actividade. É preferível que as decisões sejam tomadas pela pressão democrática da luta das populações do que depois de dramas humanos que trazem sempre mais sofrimento.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo e as Comissões de Utentes dos Serviços Públicos dos Concelhos de Abrantes, Tomar e Torres Novas reuniram, na passada semana em Abrantes, Torres Novas e Tomar, com o objectivo de analisar a prestação de cuidados de saúde na Região do Médio Tejo e definir as iniciativas públicas e institucionais que levem a uma alteração de rumo.
As sucessivas reestruturações falhadas do CHMT e dos ACES (hoje só Médio Tejo) transformaram qualquer necessidade de saúde numa “dor de cabeça” para as populações.
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Protestam os utentes e familiares pelas demoras e pelo corrupio constante entre as urgências básicas de Tomar e Torres Novas e a urgência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de percorrer dezenas e dezenas de quilómetros. (Nenhuma das urgências do CHMT tem condições físicas para concentrar as outras duas). Além da urgência, pela sua importância social e clínica, outros serviços não deveriam ter sido concentrados como a Medicina Interna, Cirurgia e Pediatria.
Protestam os profissionais por serem poucos e não terem condições de funcionamento. Protestam as corporações de bombeiros pelo demasiado tempo de espera, o que põe em causa muitas vezes o 2º. Serviço.
Infelizmente esta situação não é exclusiva do Médio Tejo. Problemas com as urgências sucedem um pouco por todo o País. Tememos que a situação se agrave em caso de confirmação do surto gripal.
Dois constrangimentos de raiz contribuem para os recorrentes problemas na urgência do CHMT: a concentração da urgência médico-cirúrgica e o crónico subfinanciamento dos hospitais. Ambas as questões são da responsabilidade do Ministério da Saúde.
Muitas vezes temos feito referências à falta de recursos humanos nos hospitais e centros de saúde. Os responsáveis governamentais assobiam para o lado. Perante escândalos públicos (como no Amadora-Sintra), logo o Ministério da Saúde se apressou a autorizar a contratação de médicos e ordenar o alargamento de horários nos Centros de Saúde. Como sucede por esse País fora, o recurso a empresas de prestação de serviços médicos é uma forma precária de resolver o problema. (O que está a suceder com a prestação das empresas fornecedoras de serviços médicos aos hospitais e centros de saúde é apenas um pequeno exemplo do que aconteceria aos utentes com a municipalização e privatização da prestação de cuidados de saúde.) Os hospitais deveriam ter pessoal suficiente para cobrir as necessidades e não dedicar-se a tapar buracos em ocasiões de maior aperto. Recusamos soluções precárias, mas infelizmente o sector da saúde no Médio Tejo deixou de ser atractivo para os profissionais médicos.
O Governo, em “modo eleitoral” e face à recusa generalizada de utentes e autarcas, retardou a aplicação da Portaria 82/2014. Mas continuamos a recear que mais tarde ou mais cedo tenhamos de fazer frente a encerramentos dos serviços de algumas especialidades.
Apesar do anúncio do aumento de capital no CHMT, tem de se resolver o problema de fundo: acabar com o subfinanciamento crónico das unidades de saúde.
Os dramas sociais que ficam a descoberto nestas épocas de crise. A comprová-lo está o número de internamentos com origem nas urgências, o aumento do número de óbitos nas vagas de frio e calor, a pressão para altas antecipadas perante a necessidade de camas. Neste cenário, a política de saúde tem sido desinvestir em recursos humanos, concentrar serviços e reduzir o número de camas.
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Os responsáveis governamentais e do ACES “Médio Tejo” afirmam não haver intenção de encerrar qualquer unidade de saúde, mas com o prolongar de situações em que não há médico e/ou lá está só ocasionalmente fica-se com a ideia de que aposta na degradação dos serviços e na possível aceitação pelas populações da rotina de procurar outras alternativas para justificar o encerramento das unidades de saúde em causa. Sobre a possibilidade de o Médio Tejo vir a ter Unidades Móveis de Saúde, ninguém consegue dar uma resposta.
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, no distrito de Santarém, tem 29.500 utentes sem médico de família, uma situação que só ficaria resolvida com a colocação de 16 médicos. A diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Sofia Theriaga, revelou à agência Lusa que tem cerca de 29.500 utentes sem médico de família, de um total de 228.000 utentes pertencentes a 11 concelhos, sendo os casos de Abrantes (12.000 utentes a descoberto), Ourém (8.100), Torres Novas (6.300), Sardoal (2.000) e Ferreira do Zêzere (1.100) "os mais complicados". O Ministério da Saúde para “resolver” o problema abriu um concurso nacional para a colocação de 70 médico, MAS SÓ UM (1) para o ACES “Médio Tejo”.
Mas as populações e as estruturas de utentes não se resignam. Por exemplo, na Freguesia do Pedrógão e em Casais de Igreja (Freguesia de Assentis), no Concelho de Torres Novas, já foram recolhidas mais de 500 assinaturas em defesa da colocação de médicos nas respectivas unidades de saúde. Também em Freguesias do Concelho de Abrantes vão ser recolhidas assinaturas para exigir médico nas Extensões de Saúde. Na Freguesia da Sabacheira, perante o anúncio de uma manifestação da população, logo os responsáveis apareceram a prometer médico durante dois dias por semana.
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Transcrevemos o comunicado, como o recebemos e informa-se que está em curso um abaixo-assinado sobre esta questão, mais informação na página da Comissão de Utentes.
mn
fonte acima especificada com a devida vénia. Leiam o relatório
Destes dados oficiais podemos concluir que a taxa de execução no Médio Tejo é exígua (8%) mesmo comparada com a Lezíria (30%) e que ao terem reservado no Médio Tejo como diz o texto ''oficial'' grande parte do maná europeu para a RPP.....ao falhar o projecto esfumou-se o maná e prejudicou-se quem era sério e queria investir....
Esta cultura do elefante branco mata-nos
ma
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