O Maire da cidadezita que está ''geminada'' com Abrantes meteu-se em 2010 num monumental escândalo ligado ao anti-semitismo.
Madame Grinspan, Ida de nome próprio, era uma miúda de 10 anos, judia e francesa, coisa que devia fazer muita confusão ao Marechal Petain, o traidor, que fez uma Lei retirando a nacionalidade aos judeus.
De Petain trataram os tribunais, condenando-o à morte e o General usou o seu direito de graça, para converter a pena capital em prisão perpétua . É a única atitude que eu não aplaudo a De Gaulle.
Ida Grinspan foi enviada pelos pais para a região de Parthenay onde estudou escondida entre amigos, a mãe foi caçada pelos nazis em Paris em Julho de 1942, em 1944, 3 polícias franceses prendaram Ida, tinha então 14 anos e entregaram-na aos alemães. O destino foi os campos de concentração no Reich e assistir a quotidianos envios de vítimas da Shoah para as câmaras de gás. Sobreviveu e escreveu este livro a meias com uma das mais ilustres penas da França,
Uma escola da região de Parthenay pediu a Madame Grinspan que escrevesse uma carta para ser lida nas escolas, em 2010, no dia em que se evocavam ''as vítimas e heróis da deportação'' nazi-petainista.
Madame Grinspan escreveu a carta e o Maire local, M. Argenton, na foto acima com Alves Jana e Maria do Céu Albuquerque, proibiu alegadamente a leitura da carta, porque podia ''estigmatizar'' a polícia francesa, que sob ordens do agente nazi e traidor Petain procedeu voluntariamente e sem ordens alemãs à caça dos judeus na zona ocupada e para mostrar serviço entregou-os aos carrascos do Reich.
O Argenton diz que não deu ordens para censurar, mas Madame Lanzi, política local PS e professora de História dos miúdos diz ter provas escritas do contrário e condena com veemência esta atitude, que a ser real, seria vergonhosa.
Madame Grinspan, justamente indignada, afirma: ''c’est terrible, cette mentalité-là. Il faut savoir regarder la vérité en face. Ce que je dis dans ce texte, je le dis à chaque fois que j’interviens dans une école. Je dis simplement ce qui a été".
Tudo isto desencadeou uma violenta polémica e a atitude do político direitista foi condenada por organizações anti-racistas e pelos grandes títulos da imprensa francesa.
Le Point, um grande semanário nacional, da centro-direita, acusou a municipalidade de Parthenay de censura.
comunista, é mais contundente.Fuzila o sarcozista Argenton e o seu adjunto Michel Birault, com o sugestivo pelouro de ''questões patrióticas'', acusando-os de banalizar Petain e Vichy.
Não vou perder mais tempo com o Argenton, mas aproveito para dizer que é um indesejável em Abrantes ou em qualquer local civilizado.
Será certamente bem recebido entre os ayatolas anti-semitas ou nos comícios da Front Nacional. . Que ele esteja ao lado do tipo que censurou no ''Jornal de Abrantes'' o António Castel-Branco é natural.
Finalmente parece que se festeja a geminação abrantina com a terra dum Maire duvidoso.
Não se podiam ter geminado com outra parvónia ?????
E agora vamos ouvir Madame Grinspan
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)