Não se esperava outra coisa dum homem que nunca ficou calado. Segue com a devida vénia o artigo de Manuel Alegre. Um homem que escreve como um Deus e que sente a angústia dum Portugal ferido de morte. Que estão a fazer a Portugal???
Sete séculos depois ardeu o pinhal de D. Dinis, o das "naus a haver", morreu o verde pinho do rei poeta. Dá vontade de chorar e não consigo ficar calado. É um símbolo triste da falência do Estado, fruto de décadas de desleixo, de incompetência, de amiguismos múltiplos, da submissão do interesse geral a interesses instalados e da capitulação perante lógicas que não são a dos fins superiores do Estado e do país.
Olho o rosto do camponês publicado na primeira página do Público e não consigo ficar calado. É o rosto de séculos de pobreza, o rosto do Portugal esquecido e abandonado pelo próprio Estado democrático, o rosto daquela parte do país que foi deixada para trás quando a agricultura foi vendida a Bruxelas a troco de fundos para auto-estradas que hoje levam a lado nenhum. Um Portugal que já só existe nas páginas de Aquilino e de Torga.
Vi as imagens televisivas, aldeias destruídas, casas a arder, homens e mulheres a defender com as próprias mãos os seus bens ou o pouco e quase nada que lhes resta. Vi outra vez automóveis calcinados, ouvi as notícias dos mortos e não consigo ficar calado. Por que passou a haver cada vez mais incêndios desde que foram extintas as quatro regiões militares e os governadores civis a quem cabia a respectiva prevenção e coordenação? Não sei. Só sei que se fizeram grandes reformas e que os meios de combate aos fogos foram saindo das mãos do Estado, entregues ou partilhados com empresas privadas. Não sou um especialista, mas é preciso corrigir o que não deu bons resultados. Vi o meu país a arder, sei que morreram cem pessoas em quatro meses e não consigo ficar calado.
Talvez a culpa seja minha, porque fui deputado e participei na construção de uma democracia que a páginas tantas se distraiu e não soube resolver problemas estruturais, como o reordenamento do território e das florestas, assim como o combate ao abandono e à desertificação do país. Não se ouviu como se devia ter ouvido o arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles. É certo que por vezes protestei, mesmo contra o meu próprio partido. Mas não foi suficiente. Não consigo calar-me e sinto-me culpado. Já disse que não sou um especialista. Mas acho que os meios de combate aos incêndios devem passar para o Estado. Os meios aéreos para a Força Aérea Portuguesa. E é óbvio que se torna urgente a criação de um corpo nacional de bombeiros profissionais organizado segundo normas e regras de tipo militar, como de certo modo já acontece em Espanha.
Vai ser preciso enfrentar preconceitos e interesses instalados, mas este é um tempo em que é preciso coragem para tomar decisões para que o Estado não se demita de exercer as suas funções de soberania e seja capaz de proteger o território e garantir a segurança dos portugueses.''
ouvir aqui
Alegre ganhou com inteira justiça o mais importante Prémio Luso. Uma vez ganhou um prémio de literatura infantil em Abrantes e houve um bimbo que arranjou uma desculpa para não lhe entregar pessoalmente o galardão...
ma
Que vi eu em Angola?
Um africano crucificado à beira da estrada.....conta Manuel Alegre, da sua campanha colonial na pérola do Império...
Dedica-se o post a um amigo desertor
o Mário Rui Cordeiro
mn
Se há condecoração bem dada, foi a atribuída por Marcelo Rebelo de Sousa a Manuel Alegre.
Como bem disse Marcelo: ''O Presidente da República também aqui deve praticar um ato de justiça. E um ato de justiça traduz-se em dizer que decidiu condecorar Manuel Alegre com a Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago de Espada”, anunciou.
Na opinião do chefe de Estado “Portugal também foi grande e é grande porque Manuel Alegre é português”.
Foto e citação do Observador
Estamos certos que o Senhor Presidente entregará a condecoração ao Poeta pessoalmente.
Cá em Abrantes, quando Manuel Alegre ganhou um Prémio de Literatura Infantil,houve um Presidente da autarquia que teve a falta de educação de não o entregar pessoalmente a um nome maior da Literatura Portuguesa.
ma
“Ela é o único que tem uma filiação partidária, é militante do Partido Socialista, mas ao mesmo tempo ela é verdadeiramente independente. A sua candidatura é uma candidatura autónoma e de cidadania, ao contrário de quem nos pretende dar lições de cidadania, de quem ataca candidatos com filiação partidária, mas está a fazer campanha apoiado por estruturas partidárias, nomeadamente estruturas partidária do Partido Socialista”, acusou Manuel Alegre, em Santo Tirso, no distrito do Porto.
Apoio Maria de Belém “sem batota”, disse Manuel Alegre e recusou candidatos “messiânicos” ou “salvadores”, defendendo que Portugal precisa de um chefe de Estado “que não crie ilusões” sobre o papel do Presidente da República e tenha uma interpretação correcta da Constituição.'' disse o Poeta
há por aí gente a fazer snap, são os que já fizeram rpp
Entretanto João Soares disse que Maria Barroso se estivesse viva, votaria Maria de Belém
Quando Maria Barroso resistia ao gonçalvismo e ao fascismo, onde estava o virginal Névoa?
O Marcelo sei onde estava, o Névoa que não tem passado, não se sabe
Dizem que o Névoa foi da Luar, mas quem vejo ao lado dum dos portugueses mais valentes é Maria Barroso.
Porque não conseguiu o Névoa um doutoramento ''honoris causa'' ao Hermínio, quando dezenas de borra-botas receberam um capelo e a borlazinha?
Quem é que anda a fazer batota no PS ????
mn
PS-Os ataques do Lacão, em Abrantes, a Marcelo são tão absurdos que nem merecem comentários. Como o Sampaio anda armado em D.Sebastião será da névoa e não da nóvoa
créditos: página de Maria de Belém, snap (ou lá o que isso seja), folha oficiosa, assembleia municipal de Lisboa
600 anos depois da partida ....para a Aventura.... Manuel Alegre acaba de publicar (no face) dois poemas que consagrou a Ceuta.....
A Partida
Eram duzentos e quarenta barcos
vinte e sete galés e uma paixão
trinta mil marinheiros e remeiros
e vinte mil soldados sobre as águas.
Eram duzentos e quarenta barcos
para saber o como e o porque.
E a flor de Portugal: El-Rei D. João
D. Duarte D. Pedro D. Henrique.
Eram duzentos e quarenta barcos
apontados ao mar e seus segredos
eram duzentos e quarenta barcos
para lado nenhum e toda a parte.
E a flor de Portugal: El-Rei D. João
D. Duarte D. Pedro D. Henrique.
Eram duzentos e quarenta barcos
vinte e sete galés e uma paixão.
Elegia de Ceuta
“Do grande pranto que os mouros faziam
sobre a perdiçom da sua cidade” - Zurara
Nas ruas ocupadas já não há
mercadores de Etiópia e Alexandria.
Ó cidade de Ceuta quem dirá
tua glória perdida e a nostalgia
do cheiro a menta e ruelas da Casbah?
Da Líbia e de Damasco e de Veneza
vinham panos e pedras preciosas
e os navios chamava-os a beleza
teu perfume de pátios e de rosas
Ó Ceuta da agonia e da tristeza.
Ceuta ocupada e nunca tão amada
quem te conquista em ti se há-de perder.
E veremos Lisboa subjugada
submetida de tanto submeter
por teu lento veneno envenenada.
E havia um cheiro a cravo e especiaria
havia pedras panos prata e ouro
e gente do Mar Roxo e Alexandria.
Por isso choram mercadores e o mouro
reza o rosário da melancolia.
E todos os caminhos vinham dar
à flor secreta da cidade neutra.
Choram por ti as gentes de Gibraltar
a rosa de África tu eras Ceuta.
Que podemos fazer senão chorar?
Se há homem e Poeta moderado & sentimental é Manuel Alegre....
E Ceuta há 600 anos que é civilizada porque as armas de Portugal a roubaram à barbárie islâmica....
bandeira do Ayuntamiento de Ceuta
mn
in JL-Jornal de Letras
o falso Manuel Alegre
Diário de Notícias
enfim, quilharam-se os comunas que queriam dar uma sova no bardo de Argel, quase se quilhava o madeirense....
O Luís Pacheco contou como lhe foi editar o primeiro livro a Santarém e o Herberto, que trabalhava nas bibliotecas-panzer do Azeredo, (..) '' A edição do Poemacto teria sido toda paga pelo Herberto.......se ele a tivesse pago na tipografia de Santarém, onde foi feita....Fiaram-se na hombridade do funcionário da Gulbenkian (bibliotecas itinerantes) que o Herberto era ao tempo, quilharam-se...) (...)
in Puta que os Pariu, a biografia de Luís Pacheco, João Pedro George, Tinta da China, Lisboa, 2012
Pacheco, que dizia que o Herberto era um grande poeta (foi ele que o descobriu) estará hoje no Olimpo da Língua Portuguesa a beber umas minis com o Luís...
E comentarão, e a honra desonrada das bibliotecas-panzer scalabitanas?
Puta que os pariu!-dirá o Luís Pacheco e cravará 20 paus ao Mário Semedo.
MA
já não sei quem pergunta amavelmente quem é o Luís que bebe celestes copos com o pachecal figura, o Pacheco tratava bastantes vezes o Herberto por Luís, porque dizia que Herberto era muito complicado, o poeta chamava-se Herberto Hélder Luís Bernardes de Oliveira.....
O subdirector da revista ''Zahara'' Alves Jana resolveu fazer uma entrevista ao Dr. Eurico Consciência, prestigiado Advogado desta Cidade.
Tendo em conta a asneirática entrevista feita na ''Zahara'' ao ''anti-fascista'' Manuel Dias era de temer o pior.
O Dr.Eurico,com a verve que se lhe reconhece,respondeu às perguntas do tipo. Uma entrevista é também constituída pelas perguntas que não se fizeram.
Porque se teme a resposta.
Por exemplo porque é que o Jana não perguntou ao Dr.Eurico porque é que ele foi expulso do PS?
Foi expulso por não apoiar a candidatura do General Eanes, apoiado pela santa aliança PS-PPD-CDS-MRPP-AOC etc.
O Jana não lhe fez a pergunta, porque se a fizesse, teria de assumir que o mesmo tratamento deveria ter sido aplicado a quem não apoiou a candidatura a Presidente de Manuel Alegre.
E entre eles estava Nelson Carvalho que apoiou um tal Fernando Nobre.
Acontece que para o Dr. Consciência ter sido expulso alguém apresentou queixa contra ele.
Também não convinha perguntar isso?
Acontece ainda que a esposa do entrevistador, enquanto chefa da agremiação,
apresentou queixa contra os socialistas que se candidataram pelo ICA.
Mas não apresentou queixa contra o Carvalho pelas ternas razões que ela conhece.
Como sempre o dr. Consciência não tem papas na língua, define o sogro, o sr. Reboredo, como o ''cacique'' de Meda.
O Jana admite que quem manda numa terra é um cacique, portanto a gazeta oficiosa vai passar a tratar a Céu por ''cacique''.
Naturalmente ainda o Dr. Eurico define o Manuel Dias como subalterno do Dr.Semedo.
Para terminar a entrevista fizeram uma resenha biográfica do entrevistado, num português digno do seminário que o ''biógrafo'' frequentou.
E omitem que o dr. Eurico foi eleito numa lista PSD, suponho como independente, para a Assembleia Municipal, ao lado do dr. Esteves Pereira, contra o PS de Júlio Bento/Nelson Carvalho.
E omitem que nessa candidatura (a do eng.Ruivo da Silva) que foi mandatário dela.
E omitem que apoiou o Dr.Santana-Maia Leonardo na sua candidatura à CMA.
É uma benta entrevista.
MA
Recordação duma tourada em Abrantes (colecção particular)
O ex-Deputado PRD -Armando Fernandes foi subscritor ao lado dum grande Português e Homem de Honra chamado Manuel Alegre (PS) e do nosso querido e estimado amigo dr. Paulo Guedes de Campos ( seu chefe na bancada do PRD), do dr. Magalhães Mota (PRD, ex-PSD, ex-ASDI, ex-U.Nacional), e outros parlamentares do Projeto de Lei 344/IV que visava uma coisa justa e objectiva, a legalização dos touros de morte nas praças lusitanas (actualmente só são legais em Olivença e Barrancos).
Era uma proposta reformista e tímida porque previa algumas limitações ao número de corridas a realizar com faena completa (enquanto ao dr. Fernandes nunca lhe passou pela cabeça apresentar um projecto que limitasse o número de chegas de bois ) mas era um passo em frente.
E diz-se no preâmbulo ''atribuir à morte do touro na arena um carácter irracional e selvático é apenas uma visão cheia de leveza e reveladora de uma total ignorância''.
Apoiado!!!!
Acontece que a edil Albuquerque e os seus muchachos se recusam contra legem a discutir se há património taurino, certamente por terem ''uma visão reveladora de uma total ignorância''.
Tanta que ignora que residem no concelho 2 ex-deputados patrocinadores da lide integral.
Rogamos pois ao nosso amigo Paulo Guedes de Campos que faça na Assembleia de Abrantes umas jornadas culturais para elucidar a edilidade que nesta terra há património taurino.
Suponho que haverá que convidar o Manuel Alegre, neste caso é natural que não se convide o Armando Fernandes, dadas as conhecidas divergências entre o grande Poeta e o aficionado de Lagarelhos
MN
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