Domingo, 12.07.15

maria fernanda graça e silva.jpg

A Comissão para o Livro Negro do Fascismo funcionava no âmbito da Presidência do Governo e era composta entre outros por José Carlos de Vasconcelos, Raul Rego, etc.

Publicou uma séria de estudos e recolha de documentos em edições baratas e cuidadas que são imprescindíveis para estudar a Ditadura.

Foi extinta por Cavaco Silva por razões que ele saberá, quando chegou ao Governo. Economicismo barato.

Numa dessas edições:

Presos Políticos no Regime Fascista IV – 1946-1948, 1985s

foi publicada  a ficha policial da dirigente oposicionista abrantina, Fernanda  Silva, de que aqui já se falou.

Era imprescindível pegar nesses livros e nos arquivos da PIDE-DGS e militares e retratar os abrantinos que estiveram presos por razoes políticas.

Retirou-se, com a devida vénia, a ficha de Fernanda Silva, do blogue Silêncios e Memórias do investigador e Prof. universitário João Esteves

 

Para terminar só dizer que o marido de Fernando Silva, o dr. Orlando Pereira é  um dos únicos ''abrantinos'' (com o General Marques Godinho  e de alguns membros dessa família perseguidos por levarem Santos Costa aos tribunais, devido à morte do General) mencionados por Mário Soares, no '' Le Portugal Bailonnée'', que ainda hoje é a melhor história da Oposição à Ditadura.

 

ma 

 

Orlando Pereira era natural de Alenquer, Fernanda Silva de Beja, Marques Godinho das Galveias, abrantinos para nós são todos os que atrabés duma permanência larga entre nós ajudaram a tecer esta comunidade 



publicado por porabrantes às 19:05 | link do post | comentar

Quinta-feira, 09.07.15

Com a devida vénia do Blogue -Silêncios e Memórias

 

maria fernanda corte real graça e silva.jpg

 

 

''Filha de Emília de Mascarenhas Corte Real Graça e Silva, com raízes numa família abastada, monárquica e conservadora do Algarve, e do republicano Henrique Augusto da Silva, advogado e conservador do registo civil de Beja, nasceu em Setúbal a 1 de Outubro de 1925. 

 
Frequentou o Colégio do Sagrado Coração de Jesus entre a 1ª classe e o 3º ano, quando passou para um liceu estatal, e cursou Direito na Universidade de Lisboa. 
 
Começou cedo a sua militância política, a que não terá sido alheia o republicanismo e antisalazarismo do pai, bem como a perseguição a este movida pelas autoridades do Estado Novo por ter assinado as listas do Movimento de Unidade Democrática e o convívio com oposicionistas comunistas. 
 
Na Faculdade, fez parte do MUNAF, a convite de um colega de Direito; em 1945, com 19 anos, associou-se ao numeroso grupo de estudantes que aderiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas; no ano seguinte, integrou a Comissão Central do MUD Juvenil com, entre outros, António Abreu, Francisco Salgado Zenha, Júlio Pomar, Mário Sacramento, Mário Soares, Octávio Pato e Rui Grácio; e conheceu o futuro marido, Orlando Pereira, estudante do 2.º ano e dirigente estudantil ligado ao Partido Comunista. 
 
Data de então a sua adesão a este, fazendo-se a intervenção no âmbito daquela organização juvenil, onde foi a única mulher a ter lugar na primeira direcção composta por dez homens. 
 
Foi enquanto dirigente do MUD Juvenil que foi presa por duas vezes, o que fez com que não concluísse imediatamente o curso: a primeira, em Évora, juntamente com Júlio Pomar, a 27 de Abril de 1947, foi libertada quatro meses depois; tornou a ser detida, desta vez em Beja, em 24 de Abril de 1948, recolhendo mais uma vez ao Forte de Caxias. 
 
Saiu em liberdade condicional passados três meses, em 29 de Julho. 
 
Julgada inicialmente pelo Tribunal Plenário de Lisboa em 15 de Março de 1949, seria condenada a 40 dias de prisão correccional e suspensão de todos os direitos políticos por três anos. No entanto, a sentença seria agravada para 100 dias de prisão correccional, por acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 19 de Julho de 1950. 
 
Casou neste ano e a partir de 1951 a militância foi-se desvanecendo em resultado de passar a residir com a família em Abrantes, para onde o marido fora tomar conta de um escritório de um advogado amigo.

Participou ativamente na campanha eleitoral da oposição democrática de 1969, tendo discursado no comício realizado pela CDE em Santarém a 4 de Outubro de 1969.

Na sequência da revolução de Abril de 1974 e da nomeação daquele como notário, partiu para Lisboa. Só então concluiu o curso, tantas vezes adiado ora por questões políticas, ora pelo nascimento dos filhos. 
 
Na capital, retomou as ligações partidárias, leccionou no Liceu Passos Manuel a disciplina de Introdução à Política e exerceu, por escasso tempo, a advocacia num escritório particular. 
 
O quarto volume de Presos Políticos no Regime Fascista insere cópia da sua “Biografia Prisional”, incluindo as três habituais fotografias enquanto presa política; e Vanda Gorjão entrevistou-a para o seu trabalho Mulheres em tempos sombrios. Oposição feminina ao Estado Novo, citando-a com frequência. Trata-se, aliás, de uma obra imprescindível para compreender o percurso pessoal, político e profissional de Maria Fernanda Silva, bem como das mulheres oposicionistas da mesma geração. 
 
[João Esteves]''
 
 
Alinhavo umas notas que acrescentarei, pormenorizadas, quando houver tempo. Não é claro o seu afastamento da política entre 1951 e 1975. Fernanda Silva foi de facto a líder do MDP-CDE abrantino entre pelo menos 1973 e as primeiras eleições para a Assembleia Constituinte em 25-4-1975.
E conduziu o MDP local (e também o PCP) numa linha ortodoxamente dura. Maria Fernanda Silva estava longe de qualquer desvario euro-comunista
Nessas eleições o seu marido, o saudoso Dr.Orlando Pereira, candidato pelo MDP no Distrito de Santarém não foi eleito e houve uma estrondosa vitória do PS, encabeçado por Maria Barroso.
E saiu eleito  Manuel Dias, por Abrantes, porque à ultima hora o candidato abrantino previsto, um conhecido Advogado, desistiu.
Cabe ao ilustre causídico contar essa história um dia destes.
ma
 


publicado por porabrantes às 20:59 | link do post | comentar

Quarta-feira, 08.07.15

 

maria fernanda corte real graça e silva.jpg

 [28 de Abril de 1947]

 

Foto da Pide quando a Senhora Dona MARIA FERNANDA CORTE REAL GRAÇA E SILVA foi enjaulada pela Ditadura (a primeira vez)

 

foi ela que falou em Santarém ao lado de Maria Barroso e as duas tinham estado presas

 

e as duas não precisavam de falsificar biografias.

 

a sua história

 

 

respondia por elas!

 

ma

 

naturalmente não falsificarão a história

 

já chega de Silêncios ....recuperemos a Memória

 

devida vénia a João Esteves e ao blogue Silêncios e Memórias

 

 

 

 

 



publicado por porabrantes às 22:51 | link do post | comentar

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