Em Santa Maria, em campa rasa, repousa o nobre Marquês, D. Rodrigo, que propôs vender Goa e todo o império asiático aos holandeses calvinistas da VOC, a Companhia que arruinara a hegemonia lusa no Oriente, porque dava pouco dinheiro e muito trabalho.
D.João V recusou a negociata, honra seja ao rei freirático e magnânimo.
Houve um émulo dele, no século XIX, vendeu a metade ocidental de Timor e a ilha das Flores, sem dizer nada a Lisboa.
Quando deram por isso, aquilo já era dos batavos e hoje é indonésio.
ma
O 1º programa do PCP também propunha a venda das colónias, com pretos, indianos, chinas e caçadores de cabeças timorenses incluídos no pacote.
Sobre o assunto: João Vicente Carvalho de Melo, ‘Lord of Conquest, Navigation and Commerce’ Diplomacy and the Imperial Ideal During the Reign of John V, 1707-1750'', tese de doutoramento na Universidade de Swansea, 2012''
Retrato de fidago da Casa do Marquês de Abrantes, sex XVIII, vendido num leilão da empresa Cabral de Moncada, em Fevereiro, por 1150 €.
Com a devida vénia à conceituada empresa.
ma
O Papa Clemente XI a D.Rodrigo, Marquês desta terra e Embaixador na Cúria.
Portugal intervem na última cruzada e as galés de D.João V ajudam a Sereníssima a jugular o Turco, numa batalha na costa grega, no cabo Matapão.
Em Roma, 1729
ma
Ficamos a saber que D.Rodrigo, Marquês de Abrantes, que, em 1733, já tinha vários achaques de saúde e via mal, ia à pesca do atum para Sesimbra e caiu ao mar e andou meia-hora à deriva...
Os atuns eram, para o Conde da Ericeira, autor deste precioso diário, uns peixes ''muito esquisitos'' ....
O diário de D. Francisco Xavier de Meneses é uma fonte essencial para saber a vida quotidiana do reinado de D.João V e por ele também sabemos que o Marquês andava endividado, que a sua famosa colecção de medalhas e moedas estava empenhada ( situação que herdara de seu pai).
Isto diz Ericeira era comum nas casas nobres da época...
Ah....e que no intervalo da pesca e das prelecções académicas costumava vir a Abrantes, onde aliás morreu em Outubro desse ano.
Foto que devia acompanhar um artigo de D.Luís de Lancastre e Távora, Marquês de Abrantes e eminente heraldista, sobre as armas dos seus maiores. A foto é dum túmulo de Santa Maria. AH do Porto, terra de que os Lancastres eram Alcaides-Mor
ma
Foi divulgado pelo publicista Candeias Silva, na última Zahara, estas armas dos Sás, como usadas por D.Rodrigo de Sá e Meneses, 1º Marquês de Abrantes
No texto figura uma data (1718) que parecem corresponder à mercê de D.João V que cria o marquesado.
Ora o Livro do Armeiro-Mor...data de 1509.....Ou seja de 200 anos antes.
As armas do marquesado abrantino foram retratadas por frei Manuel de Santo António e Silva, no ''Tesouro da nobreza de Portugal'' em 1783, da forma reproduzida.
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In A heráldica da casa de Abrantes : Sás e Lencastres alcaides-móres do Porto desde o séc. XIV : selos de armas da Casa de Abrantes, devida vénia à CM Porto.
E D.Rodrigo, todo contente, por ser Marquês de Abrantes, no selo de armas lá tinha a coroa de Marquês.
mn
Na última Zahara, o Candeias Silva lança mais umas achegas para a canonização do Marquês de Abrantes, D.Rodrigo de Sá e Meneses, seu confrade na Academia Portuguesa de História, que o nobre fundou.
Já se teceram aqui loas ao magnífico Marquês que conduziu as esplendorosas Embaixadas do Rei Magnânimo.
Mas foram dirigidas ao político e de algum forma ao mecenas e não ao académico, que pelos vistos deixava bastante a desejar.
Num estudo relativamente recente (2004) , Alicia M. Canto coloca em causa a sabedoria arqueológica do aristocrata, enterrado em Santa Maria do Castelo.
Em ''Los viajes del caballero inglés John Breval a España y Portugal: novedades arqueológicas y epigráficas de 1726'', estuda-se a visita a Portugal do autor britânico Breval, que arrasou o Marquês e as suas veleidades arqueológicas e académicas.
Alicia M.Canto defende as opiniões de Breval contra a sabedoria arqueológica do Sá e Meneses e diz:
(p. 339)
Achamos que o Candeias devia ter lido Charles-Frédéric de Merveilleux, Breval e a autora citada, para mitigar os seus meritórios desejos de incensar o fundador da Academia.
mn
ps-
como se sabe há um novo ornamento na Academia, Santana Lopes
Como se aproxima o Mês de Maria, convém recordar a opinião do grande artista plástico que é o José Abrantes.
mn
Homenagem ao Marquês de Abrantes, D.Luiz Gonzaga de Lencanstre e Távora, eminente historiador e um dos responsáveis pela exposição dos 50 anos da Cidade.
Veja as comunicações no youtube.
D.Luiz foi o maior entendido em Heráldica e temas associados.
Estaria lá o Luís Dias????
Se não esteve devia ter estado.
mn
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