Este valoroso paulista é um Zé das Medalhas (inesquecível personagem do Roque Santeiro) levado ao exagero final
Como todos os portugueses já perceberam, a atribuição de comendas, condecorações e medalhas de honra está cada vez mais vocacionada para premiar a camaradagem e as cumplicidades políticas e pessoais do que para premiar o mérito.
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Não espanta, por isso, que a senhora presidente da câmara tenha incluído, na sua proposta de atribuição de medalhas (a primeira deste mandato), o seu antecessor. Como não espanta também a votação praticamente unânime que o mesmo recebeu na Assembleia Municipal.
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Com tanta devoção, mesmo nas bancadas da oposição, forçoso será concluir que há gente que apenas aceita candidatar-se nas listas adversárias porque os socialistas não dispõem de lugares suficientes nas suas listas e não querem, assim, perder a oportunidade de poder venerar, em público (em privado, infelizmente não demonstram tanta veneração), a obra do querido líder abrantino.
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Como toda a gente já percebeu, os vereadores do PSD são os únicos eleitos que fazem ondas no mar calmo e socialista de Abrantes, tendo já, por esse motivo, sido postos de castigo pelo seu próprio partido, saudoso dos tempos em que as propostas dos vereadores da oposição se resumiam em propor para nome de rua o nome do presidente socialista agora homenageado.
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Mas, como diz o povo, «não se pode ter razão e ser maioria».
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E a atribuição da medalha ao anterior presidente da câmara, apesar do esmagador apoio que recolheu na Assembleia Municipal de Abrantes, não é defensável por duas ordens de razões. Por um lado, porque a atribuição deste tipo de medalhas, para merecer credibilidade, apenas deverá ser feita num momento distanciado do exercício do mandato, única forma de se poder fazer uma avaliação objectiva e desapaixonada do mesmo. Por outro lado, porque é necessária uma grande cegueira para poder fazer uma avaliação positiva dos três últimos mandatos socialistas: em primeiro lugar, foram responsáveis pela desorganização urbanística da cidade, pela liquidação do centro histórico e pelo esvaziamento das freguesias; em segundo lugar, estão envolvidos em projectos ruinosos para o concelho e em processos e procedimentos que estão longe de estar esclarecidos.
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Era bom que as pessoas percebessem uma coisa: o arguido tem o direito de recusar-se a prestar declarações que o possam incriminar, mas o político tem o dever de prestar publicamente todos os esclarecimentos relativamente aos actos que praticou no exercício do seu mandato.
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Além disso, bastaria o anterior presidente da câmara ter pertencido à geração de políticos que, nos últimos vinte anos, governou e arruinou o nosso país para estar automaticamente excluída a sua candidatura a qualquer medalha.
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Mais que não seja por respeito ao povo que está agora a sofrer na pele as consequências das suas governações irresponsáveis.
in Reexistir por Abrantes,
MA,
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