Em 1642, Naper (o capitão-mor) nomeou contra a opinião da Câmara um meirinho-mor da companhia de ordenanças da Vila.
Mesmo assim os soldados dedicaram-se a roubar os abrantinos, lembrando uma tropa espanhola que aqui estivera mandada por Filipe IV e que os comandantes definiam como ''a pior escória do reino''.
As tropas eram muitas vezes formadas pelo ladrões e outros marginais do piorio, que eram soltos das cadeias e incorporados à força.
O próprio meirinho-mor oprimia os povos pelas ''insolências, roubos e descomposturas '' que fazia, desautorizando os magistrados e oficiais da câmara
Ia-se nisto quando o meirinho-mor foi metido nas enxovias, não por ser autoritário, mas por questão religiosa. Foi o Santo Ofício que o prendeu, chamava-se Diogo Gomes Soares.
Para resolver o assunto, nomearam as autoridades militares João Gil Bocarro.
Seriam idiotas?
Como o apelido indica, o novo meirinho-mor pertencia a uma família abrantina de conversos, que povoara os cárceres inquisitoriais e alguns dos quais tinham passado ao estrangeiro, judaizando abertamente nas esnogas de Hamburgo, Londres e Livorno.
Também um deles, António Bocarro, o historiador do Estado da Índia, tinha denunciado toda a família.
Portanto quando o nomearam estavam a provocar o Santo Ofício, couto dos encadeados pelo oiro de Madrid, para que na próxima devassa o encarcerassem e o metessem a tratos de polé.
Oficiou a Câmara que não queria meirinhos da tropa e o Conde de Cantanhede escreveu ao Desembargo do Paço, dizendo que os da Câmara eram ''gente indómita e trabalhosa e falta de toda a obediência'' e que o meirinho era necessário para dirigir a fortificação do Castelo e da vila, porque senão as obras nunca avançariam.
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