Miguel Relvas tem um curriculo colossal. Ainda era aluno interno do Colégio Nuno Alvares já ele se inscrevia na JSD. E não passaram muitos anos sobre essa inscrição para que ele começasse a dominar a orgânica interna do PSD na zona de Tomar/Santarem. E quando se diz dominar quer-se dizer DOMINAR. Expulsou e afastou doutores que, provavelmente, no início não davam nada por ele. Em 1997 o jornal "A Região" publicou uma compilação de vários documentos saídos em diversos orgãos de comunicação social sobre este personagem. Se quiser consultar essa compilação pode vê-la aqui (documento .pdf). Nós na Lei do Funil estamos empenhados em contribuir para a acessibilidade destas gemas informativas que, malhas que o tempo e a tecnologia tecem, nos chegaram apenas sob a forma de imagem. Usando as facilidades proporcionadas por um programa de reconhecimento de caracteres (OCR) tornámos acessíveis a todos, motores de busca inclusivé, os factos mais relevantes do currículo inicial de Miguel Relvas tal como eram conhecidos em 1997 (parte IV)e que, de então para cá, estavam já muito esquecidos... «Para sabermos o curriculum político de Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas, recorremos ao nosso colega "Voz Imparcial", de 30 de Novembro de 1995, páginas l2 e 13. Segundo o jornal, nunca desmentido pelo deputado distrital, "Miguel Relvas inscreveu-se no JSD de Tomar em l982, enquanto aluno interno do extinto Colégio Nuno Álvares, constando na sua ficha a morada do estabelecimento de ensino". Esperto como todos lhe reconhecem ser "rapidamente subiu na estrutura juvenil social democrata". Da concelhia à distrital foi um saltinho. Assim "após a sua eleição para Secretário Distrital, acumulou com outros cargos na direcção distrital do partido e nacional da juventude. Membro do Conselho Nacional e Secretário-Geral da JSD foram alguns dos cargos que ocupou, juntando os cargos do partido, membro do Conselho Nacional, representante da JSD na Comissão Politica Nacional e membro da Comissão permanente distrital de Santarém". Seriam estas funções na Jota, cuja sede ficava mesmo por cima das instalações da agência de turismo Sinestur que o levaram à realização de grande parte das viagens que efectuou no país, em resultado "dessa minha função", segundo referiu ao Expresso, edição de 6 de Julho de 1996. Isto apesar das requisições de viagens que constam da documentação a que o Expresso teve acesso ser da A.R. e não do partido. Prossigamos... Seguindo o itinerário político de Miguel Relvas. No "Congresso da Figueira da Foz, que viria a consagrar Cavaco Silva na liderança nacional do PSD, Miguel Relvas e toda a distrital de Santarém optaram pelo apoio a João Salgueiro". É o mesmo Imparcial que, tipo nota de rodapé, acrescenta "alguns congressistas que o acompanharam nesse evento, recordam-se com sorrisos maliciosos, do seu fervor anti-Cavaco, para tempos depois aparecer como cavaquista convicto". Sempre pela pena do Imparcial e "Após o afastamento do anterior presidente da distrital scalabitana e governador civil, Dr. Pereira da Silva, Miguel Relvas formou uma lista para a qual indicou um dos seus principais aliados no distrito, Eng. Marçal Ruivo da Silva que viria a ser Governador Civil após ter perdido a disputa eleitoral para a presidência de Abrantes". O jornal esclarece que é reconhecido pela maioria dos militantes que o ascendente de Miguel Relvas sobre Eduardo Marçal, "torna-o o verdadeiro líder distrital dominando de forma implacável para com os seus adversários internos toda a estrutura partidária". As habilidades do jovem deputado são reconhecidas pela edição de 30 de Novembro do Imparcial, onde se adianta que "Dentro da estrutura nacional social democrata é conhecida a grande capacidade de Miguel Relvas para conseguir dos mais variados organismos do poder central ou local as nomeações que pretende". 0 jornal elenca seguidamente alguns dos militantes social democratas que bateram com a porta em sinal de protesto quanto aos seus métodos e estratégias pessoais. José Júlio da Silva e o Dr. Júlio de Jesus Bento foram expulsos, enquanto Vasco Pena Monteiro, Dr. Sérgio Pena de Andrade, Dr. Alberto Queiroz e Silva, Dr. António Paiva, Dr. Alberto Rosário Pereira, José Hilário, Dr.ª Isabel Fernandes Silva, a que se devem acrescentar "mais cerca de duas dezenas". Este jornal de Fátima termina o artigo de investigação com a expressão "ter conhecimento de todas estas artimanhas, no mínimo pouco éticas do seu Presidente". Miguel Relvas, é claro» |