Se bem me lembro esta carta foi publicada no ''Expresso'' pelo jornalista José Pedro Castanheira.
retirado do site Xiconha
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António Velez, deixou um comentário ao post A tela quinhentista da Santa Casa às 21:46, 2016-06-29.
Comentário:
Bem visto. Cada diocese tem o Lelo que merece ! Cá por mim até devia ser um Padre do PS a comentar as declarações de hoje do Ministro das Finanças da Alemanha- o Ródinhas ou lá como lhe chamam na intimidade da UE ; quando diz que precisamos de novo resgate.''
O Lelo cá da diocese era este..., muito amigo do
General Kaulza, infelizmente Monsenhor Carvalheira
não chegou a Bispo, aposto que com Francisco chegava.
O processo dele consta no arquivo da PIDE-DGS, ninguém o mandou dizer que não se tratassassem os pretos como gado.
Um abraço ao Dr.António Velez
ma
Faleceu o Arcebispo Emérito de Braga, Primaz das Hespanhas (título usado pela Sé Bracarense desde o longínquo reino suevo) D. Eurico Dias Nogueira.
Um homem corajoso, frontal, detestado pelo colonialismo, defensor intransigente dos direitos humanos e no caso abrantino um bom amigo do falecido Monsenhor Carvalheira.
Um homem que defendeu o fim da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, como consta nesta entrevista à Agência Eclesia, cuja leitura se recomenda vivamente.
Sobre ele já se escreveu aqui
Não vamos repetir o que já se disse.
D.Eurico, o Bispo, deixa uma vida que responde por ele.
O jurista e Advogado foi este
Há dois pormenores que tenho de acrescentar para dois leitores amigos.
O Dr.Eurico Dias Nogueira era licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e ainda era da Ordem Equestre do Santo Sepulcro. Os moçambicanos recordam-no assim.
RIP
a redacção
Nova Aliança
A Fundação Mário Soares disponibiliza o arquivo do ex-Padre Felicidade Alves, que foi Pároco de Santa Maria de Belém, chefe de fila da tendência católico-progressista nos anos 60 do passado século, afastado por Cerejeira, preso pela PIDE-DGS, excomungado, e que terminou militante do PCP.
Não vou fazer o relato da vida do P.Felicidade cuja biografia é bem conhecida.
Só quero fazer menção do que há de abrantino na correspondência do seu arquivo.
Cartas do padre Carvalheira, missionário em Tete a dar conta da sua chegada e pedindo apoio para uma paróquia pobre. Carta do Padre Carvalheira a solidarizar-se com ele, quando o Cardeal Cerejeira o quer afastar dos Jerónimos.
A descrição arquivística é esta:
Pasta: 07519.092.001Assunto: Carta de um padre missionário remetida de Vila Cabral, Moçambique. Menciona ter ouvido pela rádio a notícia da destituição de Felicidade Alves da paróquia de Belém, e manifesta o desejo de que este não se afastasse do sacerdócio.Remetente: Padre G. CarvalheiraDestinatário: José da Felicidade AlvesData: Sexta, 8 de Novembro de 1968Fundo: DFL - Documentos Felicidade AlvesTipo Documental: CorrespondenciaPágina(s): 1
http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=07514.080.001
E curiosamente uma carta e um cartão subscritas por D.José Mesquitella e esposa, manifestando-lhe a sua solidariedade.
http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=07504.080.001#!2
Nenhum dos mencionados residia então em Abrantes. Moral da história: não havia católicos progressistas nesta cidade. Só apareceram no dia 26 de Abril de 1974.
Monsenhor Carvalheira depois duma dilatada carreira, foi pároco (já reformado) de Rio de Moinhos. Sempre igual a si próprio....sensato e ao Serviço de Deus e dos Homens.
Por curiosidade também há lá uma carta de D.António Ferreira Gomes, o exilado Bispo do Porto, comparando a sua situação de expulso de Portugal com a expulsão do P.Felicidade de Belém.
E ainda cartas de Salgado Zenha, Mário Soares, António Alçada Baptista, Nuno Teotónio Pereira, Luís Moita, etc mas isso já era de esperar....
MN
C.Manhã
D.Eurico Dias Nogueira, Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas (resignatário)
Meu caro Dom Eurico,
Era Lourenço Marques e a ditadura. Tinha sido Wyriamu e a tropa colonial tinha chacinado homens, mulheres e crianças numa aldeia perdida. Com os requintes de sadismo próprios de uma horda de selvagens. Mas a ''horda'' era comandada por oficiais com galões saídos da Academia Militar dum país civilizado. Portugal.
Não eram as milícias de pretos enquadradas pela PIDE, que aliás se bateram com denodo e valentia ao Serviço de Portugal e que depois recrutadas pela secreta sul-africana e pelos rodesianos do herói da RAF, Ian Smith, deram origem à Renamo e que encostaram às cordas a Frelimo. Aqueles a que Samora chamava ''bandidos armados''.
Daquela vez houve parte da Igreja que não se calou e que protestou. Missionários portugueses e estrangeiros denunciaram o crime. Alguns Bispos moçambicanos. . ....
E o Bispo da terra onde se fizera o massacre, onde correra o sangue das vítimas, onde a tropa violara mulheres e matara bebés com uma selvajaria que faria o Marechal Rommel encostar os criminosos a uma parede e fuzilá-los por desonrarem a bandeira alemã, ficou calado. Ambos sabemos como se chama.
O capataz colonial, o comandante-chefe e o Ministro do Ultramar borraram-se e o missionário foi libertado.
Contou-me a história o nosso comum e falecido amigo Monsenhor Carvalheira
Um homem a quem o Cardeal Lustiguer, um judeu, cujos pais morreram nos campos de concentração nazis, fez Monsenhor em Paris.
As suas declarações ao Correio da Manhã são a prova de que o D.Eurico que um dia, nas margens do Índico, foi capaz de meter na ordem uma pandilha de cobardes, assumindo-se como o dr. Eurico, Advogado, continua igual a si próprio.
Metendo na ordem uma pandilha de fariseus.
Deus o abençoe......pelo Serviço que fez à Igreja de Portugal.
Marcello de Noronha
No Mirante, haverá uns meses
uma empregada da Casa de Santa Zita mandou-nos este recorte e pediu-nos a sua publicação em memória de Monsenhor Carvalheira que foi assistente nacional da Casa de Santa Zita.
Dada a minha amizade com o preclaro sacerdote, homem de bem e de cultura, amigo do Cardeal Lustiguer, filho de deportados judeus mortos pela canalha nazi nos Lagger, resistente anti-fascista e anti-colonialista, não o posso recusar.
Laos Deos
Marcello de Noronha, da Obra
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